SE RESPEITE!
Se você está inserida/o no rol daquelas pessoas que se humilham constantemente para obter um gesto de carinho, quando a pessoa amada nos quer pela metade, com limitações e dúvidas, se negando a possibilidade de viver um amor livre e saudável, preste atenção nessas reflexões! A partir de agora, se respeite, deixe de ser parcial, de querer sempre justificar o desamor, embelezando o feio para curar o mal, escondendo a poeira embaixo do tapete. Saiba que o amor nunca é ignorante, pois se o outro não sabe se ama, na verdade não ama. É como se o outro estivesse fazendo um favor, entende, logo, não tampe o sol com a peneira, procure ver os defeitos do outro, não minta para você, sempre afirmando que sua relação é sadia, portanto, nada de evasivas. Há coisas no amor que são graves, insuportáveis e inegociáveis. Assim você estará em condições de poder tomar a decisão acertada, tendo iniciado a gestação da revolução afetiva, funcional, saudável e feliz, a qual lhe proporcionará saúde mental e física, gerando soluções para a independência afetiva. Mas, se você insiste, afirmando que a relação já tem muitos anos, pense um pouco no que diz o russo Tchekhov, um dos maiores contistas de todos os tempos: “(...) a durabilidade da união entre dois seres não necessariamente indica amor ou felicidade, pois pode estar fundamentada em qualquer outro sentimento, como interesse, medo, pesar e, inclusive, ódio.” O amor nunca poderá se expressar como num jogo de indiretas e enigmas, onde ficamos reféns para saber quando, onde e como vão nos amar. Numa relação saudável, não há muito que traduzir, pois se fala a mesma língua, mas, mesmo assim, se você está convicta de partir para a reconquista do outro, ainda que esteja chovendo no molhado, lembre-se que para a reconquista acontecer deve existir alguém disposto a ser reconquistado, então, nada de assédio e perseguição obsessiva! Concluindo, pois o assunto é vasto, cuidado com sua mente dependente, com os subterfúgios e enganos que ela utiliza para salvar um amor perdido, pois ela é cega por natureza, nessas horas não queira usar anestesia, visto que as grandes revoluções sempre exigem a atenção desperta. Mais uma coisinha, que o autorespeito sempre seja seu guia, pois sempre será uma luz na escuridão. Que possamos refletir nas palavras do poeta mexicano Jaime Sabines:”Espero me curar de ti em alguns dias. Devo deixar de te fumar, de te beber, de te pensar. É possível. Seguindo as prescrições da moral em voga. Receito a mim mesmo, tempo, abstinência e solidão.”
Pensemos nisso!
Por César Rocha
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