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Outras vidas de Emmanuel



Emmanuel: Espírito colaborador de Francisco Cândido Xavier, tem em seu nome dois “m”, encontra grafado o nome do espírito, no original francês "L'évangile selon le spiritisme", em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O egoísmo".
O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas brasileiros, pelas psicografias. Segundo ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito.
Descreve Chico: "Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz”.
Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de suas vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da orgulhosa "Gens Cornelia" e, também sacerdote, tendo vivido inclusive no Brasil.
De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário: Há dois mil anos.
Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu mundo e por ele batalha.
Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama.
Para ela, nos anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea da minhalma / Flor de luz da minha vida / Sublime estrela caída / Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: "És meu tesouro infinito / Juro-te eterna aliança / Porque eu sou tua esperança / Como és todo o meu amor!".
Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, comete um erro e escolhe a segunda.
Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra mediúnica: "Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos".
Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.
Cinquenta anos depois, no ano de 131, seu retorno ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado.
Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte.
Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império.
Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.
Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos ideais de liberdade. Nesta época tinha muito fervor a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a multidão.
O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se formava sobre as ruínas do velho.
Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe concedida à morte lenta, no cárcere.
Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória e discernimento.
Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um adolescente de mais ou menos 14 anos.
Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso.
Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de Salamanca, Espanha, aos 17 anos.
Aos 21, está na faculdade de Cânones da Universidade, onde frequenta as aulas de direito canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541.
Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso.

O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra "Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga" descrevendo: "Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais moradores.
Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu".
No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.
E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: "Eu vos dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até esta hora".
E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e mA título de curiosidade, encontramos registros que o deputado Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em programa televisivo da TV Tupi de São Paulo, na noite de 27 para 28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da Nóbrega, como E. Manuel.
Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e pronunciado com acentuação oxítona.


Nota do Site Espiritismo Verdadeiro

Pesquisa de: João Batista Cabral com relatos de Psicografias de Emmanuel e com Chico Xavier, sendo uma pesquisa considerada não oficial pois abrange mistérios de Deus e do mundos dos espíritos.

João Batista Cabral
 
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Espiritualidade e Câncer




 
 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, existe uma expectativa de que, neste ano de 2.000, 113.959 pessoas morrerão de câncer no Brasil.
Dessas, 61.522 serão homens e 52.437, mulheres. Portanto, 53,98% de homens para 46,02% de mulheres.
Muitas são as variáveis que proporcionam essa diferença, com maior predomínio de homens, como vítimas do câncer. Contudo, não se pode negligenciar o ato de que há também, entre homens e mulheres, uma diferença no que diz respeito à espiritualidade. Por questões culturais, as mulheres estão mais propensas a se envolverem com questões da transcendentalidade do que o homem. E conforme estudos que vêm se processando nos últimos tempos, esse será também um elemento a contribuir para com o maior índice de câncer em pessoas do sexo masculino.
Em épocas passadas a diferença entre a incidência de câncer entre homens e mulheres, era bem maior naqueles do que nessas. Mudanças de hábitos de vida, especialmente colocando as mulheres em nível de igual ou quase igual competitividade com o homem nas áreas de trabalho, com conseqüente aumento do stress, associada à aquisição de vícios como o tabagismo por parte de grande número de mulheres, contribuiu significativamente para a convergência desses números.
Mas, reafirmamos, não se pode deixar de lado a variável espiritualidade na manutenção de um significativo diferencial entre os dois grupos.
 
Mas como a espiritualidade interfere na ocorrência ou na prevenção do câncer?
 
SHEKELLE e colaboradores, em trabalho publicado na revista “Psychosomatic Medicine” de abril de 1981 afirma que DEPRESSÃO e SENTIMENTO de DESESPERANÇA estão fortemente relacionados com o aparecimento de CÂNCER, por interferirem no sistema imunitário.
James PAGET, que descreveu uma das formas mais comuns do câncer da mama, já afirmava a mesma coisa em 1870.
E SHEKELLE ainda demonstra que pesquisas feitas com animais submetidos a sucessivos e inevitáveis choques elétricos, produziam neles o aparecimento de tumores, em decorrência do stress provocado pelos estímulos dolorosos.
Levando em conta o que ERICH FROMM dizia: “A mente é a benção e a maldição do Ser Humano”, podemos deduzir que nele, mais dos que em animais-cobaias, a possibilidade do aparecimento de tumores em conseqüência de stress se torna muito mais provável. Afinal, só o Ser Humano questiona “POR QUE SOFRO?” e isso amplia significativamente os efeitos do stress.
EVERSON, na mesma publicação, porém já em 1996, confirmou as pesquisas de SHEKELLE afirmando que a DESESPERANÇA é mais forte do que a DEPRESSÃO, na ocorrência de suicídio.
Ora, o câncer pode ser considerado, em diversos casos, como uma forma de suicídio. Uma forma a que demos o nome de SUICÍDIO ENDÓGENO uma vez que a pessoa, incapaz por qualquer razão, física, moral ou psicológica, de se matar diretamente cria, a nível de consciente profundo, bloqueios de seus mecanismos de defesa, ou estabelece situações onde doenças ou acidente possam lhe acontecer, tirando a sua vida.
STEPHANIE SIMONTON, esposa e colaboradora de Carl SIMONTON afirma, no livro “Com a a vida de novo” que “cada um de nós tem a sua participação na saúde e na doença, a todo momento, através de nossas convicções, nossos sentimentos e nossas atitudes em relação à nossa vida.”
Foi exatamente a partir dessas reflexões que criaram o chamado “método SIMONTON”, para o tratamento de paciente cancerosos e que entende a doença como um problema dizendo respeito à pessoa como um todo: corpo, emoções e mente.
Segundo suas observações o câncer costuma surgir como uma indicação de problemas e stress, que aconteceram de 6 a 18 meses antes do aparecimento da doença. Reagindo a eles com desesperança e desistência, o a pessoa abriu suas defesas, permitindo a proliferação das células cancerosas em seu organismo.
Mas, o que é o câncer? Muitas pessoas acreditam que se trata de um poderoso invasor que vem de fora e nos domina inexoravelmente. Contudo isso não é verdade. O câncer é, na realidade, um conjunto de células fracas e confusas que se multiplicam quando os sistemas naturais de defesa do organismo ficam inativos. A isso se dá o nome de TEORIA DA VIGILÂNCIA IMUNOLÓGICA.
Para o tratamento dessa doença, assim como de muitas outras, a sofisticada tecnologia médica atual passa uma idéia de poder absoluto, ao mesmo tempo que denota um certo desprezo ou descrença nos nossos próprios recursos naturais de combate às doenças. Fica esquecido que numa enfermidade há uma forte interação entre o enfermo, sua família, a sociedade em que ele se insere e os profissionais de saúde, especialmente o médico.
Privilegiam-se os exames complementares, especialmente os mais sofisticados – e mais caros! – em detrimento do ouvir e do tocar, para melhor examinar a pessoa enferma. ‘A terapêutica mais simples, porém eficaz, dá-se preferência aos tratamentos com alta tecnologia, medicamentos caríssimos e aparelhagens futurísticas. Sem que com isso se alcance, na prática e na realidade, resultados muito melhores do que quando se age com humanismo e simplicidade.
Afinal, toda a tecnologia moderna é bastante ameaçadora em suas formas e em seus efeitos colaterais. Uma sala de tomografia com seus enormes equipamentos, os aparelhos cheios de luzes e bips, assim como o aspecto muitas vezes deplorável de quem se submete a alguns tratamentos radioterápicos ou quimioterápicos, provocam suspeição, medo e até rejeição.
Por tudo isso, há que se repensar a relação médico-paciente – hoje bastante distante e fria – e a própria concepção do que é um Ser Humano. Para isso, vamos ampliar um pouco o pensamento do casal SIMONTON.
O Ser Humano é bem mais que corpo, emoções e mente, como afirmava em seu primeiro livro. Ele é CORPO (SOMA), MENTE (PSIQUÊ) e ESPÍRITO (PNEUMA).
No que diz respeito ‘a mente, ela nos lembra um iceberg. Aquele enorme bloco de gelo que flutua sobre as água, expondo apenas uma pequena parte de seu todo. Uma outra parte, permanece visível através da transparência da água. Mas seu maior volume está submerso, inalcansável aos nossos olhos e portanto impossível de ser delimitado em sua profundidade. Entendemos o consciente com três partes: a que aparece nitidamente e que á conhecida simplesmente como “consciente”. A ela damos o nome de “consciente exterior”. Nela se situam nossa memória imediata, nossos pensamentos reflexivos, nossas sensações e emoções. É a ponta aparente do iceberg. A segunda parte, chamada de “sub-consciente”, preferimos chamar de “consciente interior” já que a palavra “sub” nos passa uma idéia de inferioridade, o que não é real com essa parte importante de nossa mente.
Nela se situam a nossa memória elaborada e nossa intuição. E, por não ter limites precisos com o consciente exterior, também se torna responsável por sentimentos e emoções. É a parte do iceberg que vemos através das águas e que se perde numa espécie de degradée para o fundo do mar. E, finalmente, também sem limites precisos com a parte intermediária, temos o que é chamado de “inconsciente”, mas que preferimos chamar de “consciente profundo” já que o nome clássico sugere mais um estado de desmaio, de letargia. Paradoxalmente é exatamente essa parte de nossa mente, aquela que nunca está dormindo mas permanece em constante e incansável prontidão com seus recursos, enormes e ainda muito pouco conhecidos. Nele se encontra nossa memória total, capaz de arquivar todas as informações que recebemos desse o momento em que fomos gerados no ventre de nossa mãe.
Exatamente por isso, em momentos especiais de nossa vida algumas dessas informações afloram para os níveis mais superficiais de nosso consciente, produzindo reações físicas e psíquicas mais ou menos desejáveis.
Também nessa parte profunda de nosso consciente está arquivada a nossa memória genética, que trazemos de nossos ancestrais e que enseja as chamadas “terapias de vida passada”, confundindo as experiências que trazemos das gerações que nos antecederam em linhagem familiar, com pseudo vidas vividas por nós mesmos, jamais provadas dentro de uma metodologia científica correta e não sectária.
Tais terapias podem funcionar exatamente pela possibilidade de trazer essas informações genéticas arquivadas em nosso consciente profundo e que podem ser motivadoras de comportamentos capazes de gerar doenças psíquicas e até mesmo físicas. Mas sem que se possa generalizar ou hipertrofiar seus efeitos, muitas vezes frutos da má-fé comercial, da imprudência ou da irresponsabilidade profissional.
Isso posto, vemos que não é perdida a característica “trinitária” do Ser Humano, substituindo-se o que se chama de “emoções”, que consideramos parte da mente, pelo espírito (pneuma), não contemplado quando se fala em corpo, emoções e mente.
Partido dessa conceituação, mais que MEDICINA PSICO-SOMÁTICA temos de caminhar para a MEDICINA PNEUMO-PSICO-SOMÁTICA, para encontrarmos o caminho pleno da cura e, mais ainda, da prevenção das doenças. Especialmente do CÂNCER.
Aqui cabe uma observação: a essa visão integral do Ser Humano, dá-se também o nome de visão Holística. E à medicina, o nome de medicina Holística. Contudo tem havido muita deturpação do sentido do “holismo”, associando-o a visões fechadas e sectárias. Para se evitar tais confusões, adotamos o nome proposto de Medicina pneumo-psico-somática. Ou, se quisermos simplificar, Medicina Integral. Que não é nem deve ser uma “especialidade”, mas uma filosofia que permeie todas as práticas de saúde, seja a medicina, seja a enfermagem, a odontologia, a psicologia, etc.etc.
Nessa visão integral do Ser Humano acrescenta-se a ESPIRITUALIDADE na abordagem do enfermo. Mas, o que é ESPIRITUALIDADE?

GAMINO e EASTERLING, num trabalho publicado em “The Forum” jornal oficial da ADEC - ASSOCIATION FOR DEATH EDUCATION AND COUNCELING, de março-abril de 2.000, mostraram, num estudo metodologicamente rigoroso de 85 pessoas vivenciando uma condição de luto, que a ESPIRITUALIUDADE INTRÍNSECA atenuava sensivelmente o sofrimento da perda. Enquanto que a exclusiva freqüência a uma Igreja, seja ela qual for, não atenuava nada.
Anteriormente, em 1967, havia surgido na Inglaterra, com os trabalhos da doutora CICELY SAUNDERS, um conceito novo, denominado HOSPICE que trouxe muitas mudanças na cultura médica, especialmente no que dizia respeito ao tratamento dos pacientes terminais: alivio da dor, relacionamento com a família do enfermo, autonomia do enfermo e maior preocupação com problemas éticos.

No que diz respeito a dor, salientamos a DOR ESPIRITUAL. A qual é, geralmente, a grande geradora de DESESPERANÇA.

QUEM NÃO CRÊ, NÃO ESPERA! E QUEM NÃO ESPERA, MORRE!

Por tudo isso, torna-se fundamental que se entenda a espiritualidade. Que não é o mesmo que RELIGIOSIDADE, apesar de estarem estreitamente relacionadas pois a religiosidade é um dos aspectos importantes e uma conseqüência da espiritualidade.
Espiritualidade é um termo surgido na Renascença (Séc. XV) mas cujas idéias básicas tiveram origem com os ensinamentos de PLATÃO, no século IV A.C.
Esse grande filósofo defendia a idéia de que o Ser humano era um dualismo CORPO-ALMA, com prevalência absoluta da alma sobre o corpo. Exatamente por isso era indispensável que o Ser Humano se dedicasse às coisas do espírito, deixando de lado qualquer preocupação com o seu corpo. Que nada mais era do que uma prisão da alma.
Esse pensamento, que teve forte influência na humanidade, especialmente no cristianismo primitivo, evoluiu para a idéia do Ser Humano como um todo, formado à imagem da Trindade Divina (conceito que encontramos em diversas correntes religiosas, antigas e atuais). Somos então CORPO, MENTE e ESPÍRITO, porém inseparáveis. Quando morremos, não somos nós que morremos, mas nossa expressão biológica a que denominamos corpo e que vive em permanente estado de morte e renascimento. Observando uma foto nossa, de quando tínhamos 5 anos de idade, vamos constatar que aquele corpo já morreu há muito tempo. Outros corpos foram progressivamente substituindo aqueles que iam morrendo. E durante todo esse processo, nossa “individualidade” permanecia imortal, apenas amadurecendo com o passar dos anos. Quando morrermos, nosso corpo e nossa mente se espiritualizarão, deixando essa realidade temporo-espacial que é a única conhecida por nós, passando à dimensão que denominamos “eternidade”, na qual inexiste o tempo e o espaço. E por isso mesmo se torna inefável, totalmente inalcansável pelo nosso raciocínio uma vez que tanto ele como todos os idiomas sobre a Terra, são limitados às idéias de espaço e de tempo.
Incapazes portanto de entender ou explicitar o que é, na realidade, o não-espaço e não-tempo do qual só conseguimos falar através de metáforas, utilizando figuras e idéias de nossa própria realidade. S.TOMÁS DE AQUINO, o grande filósofo e teólogo afirmava: “Não existe corpo sem espírito, nem espírito sem corpo”. Nessa vida, temos um espírito “corporificado”. Ao morrermos, passaremos a ter um corpo “espiritualizado”. E as moléculas que compõem o nosso corpo material, permanecerão dispersos nessa realidade pois a ela e somente a ela pertencem. Mas a nossa individualidade permanecerá imortal na eternidade.
Espiritualidade Intrínseca é pois o mergulho infindável no transcendental. E para isso se exige humildade, coragem e decisão.
Pelo medo, criamos um “Deus quebra-galhos”. Mergulhando no transcendental, descobriremos o verdadeiro Deus na sua plenitude. Que todas as religiões, em todos os tempos e lugares, descobriram e Lhe deram nomes diversos. Mas sempre buscando - e ainda buscam – religar (religião) o Ser Humano com Deus.
E isso exige constante aprofundamento. Gostar de música, não é o mesmo que conhecer música. Quem conhece usufrui muito mais do que quem apenas gosta.
Nesse momento podemos nos questionar: Que Deus é o nosso?
O ritualismo vazio é estressante: Não “responde”. Só desespera pois quase nunca alcançamos, pelos ritos vazios, as coisas que queremos. E que queremos exatamente por termos uma religiosidade sem espiritualidade!
A espiritualidade intrínseca nos liberta da desesperança enquanto a religiosidade sem espiritualidade nos causa medo, terror e ainda gera desesperança.
E a desesperança gera o câncer. Está mais do que provado!
Concluindo, queremos relembrar dois fatos descritos no texto mais lido do mundo, a Bíblia: Cristo ao curar um enfermo dizia: “Tua fé te salvou!” Isso nos mostra uma estreita relação entre a doença e a espiritualidade.
O outro fato, esta já no Antigo Testamento: Abraão e Sarah eram idosos e estéreis. Pela fé, nasceu-lhes Isaac, que deveria confirmar a promessa que Deus havia feito a Abraão por reconhecer nele a sua fé: “Sua descendência será maior que o número de estrelas no céu.
Mas algum tempo depois, novamente é colocada em prova, a fé de Abraão. E ele se dispõe a sacrificar seu filho Isaac, nascido em condições tão excepcionais. Novamente Abraão demonstra que tinha espiritualidade e não um artificial ritualismo religioso. Por isso mesmo Isaac foi poupado e cumpriu-se a promessa de Deus sobre a sua numerosa descendência.

Isso é ESPIRITUALIDADE. E ela impede as doenças, ou então as cura.
NÃO É MILAGRE. É REALIDADE!

Por: Dr. Evaldo A. D’Assumpção (É Cirurgião Plástico e Tanatologista. Membro da Academia Mineira de Medicina, Presidente da Sociedade de Tanatologia de MG; Membro da Comissão de Ética da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica MG


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O Espiritismo na sua expressão mais simples


Jorge Brito
150 anos de edição e tradução
 
Em 15 de janeiro de 1862, era lançada em Paris, pela Livraria Ledoyen e pelo escritório da Revista Espírita, a edição príncipe de 36 páginas, in-18, de Le Spiritisme à sa plus simple expression, exposé sommaire de l’enseignement des esprits et de leurs
manifestations. O Espiritismo em sua mais simples expressão, exposição sumária do ensinamento dos Espíritos e de suas manifestações, obra escrita por Allan Kardec para popularizar o Espiritismo na França, a preço acessível, sem prejuízo das obras básicas.
Custava 15 centavos de franco e os 10 mil exemplares esgotaram-se em três meses. A segunda edição, com o texto definitivo, sairia em maio daquele ano.
Várias outras edições se sucederam, com destaque para a de 1923 pela Livraria de Ciências Psicológicas, de Paul Leymarie, que teve uma tiragem única de 150 mil exemplares.1

O opúsculo está dividido em três capítulos: “Histórico do Espiritismo”, “Resumo do Ensino dos Espíritos” e “Máximas Extraídas dos Ensinos dos Espíritos” e tem como objetivo “dar, num panorama muito sucinto, um histórico do Espiritismo e uma ideia suficiente da Doutrina dos Espíritos, a fim de que se lhe possa compreender o objetivo moral e filosófico”.2

Um fato que merece destaque: das obras de Allan Kardec é a primeira traduzida para o português por Alexandre Canu,3 autorizado pelo próprio autor, a qual foi editada em Paris no ano de 1862 por Va. J. P.Aillaud, Monlon e Cia., livreiros de suas majestades o imperador do Brasil e o rei de Portugal, e impressa na Tip. Rignoux, rua Monsieur-le-Prince,3, sendo esta a terceira edição, logo após a primeira, francesa, e a segunda, em alemão, pelo professor belga Constantin Delhez. O tradutor destaca no Prólogo a importância do Espiritismo e a sua admiração pelo Codificador:
Ainda que pouco versado no estilo português, porém movido da importância do assunto assombroso de que aqui se trata, e que está hoje maravilhando o mundo inteiro, e também da necessidade de espalhá-lo, quanto antes, por toda a parte, não duvidei de traduzir esta obrazinha elementar, já vertida em muitas línguas, a fim de levá-la ao conhecimento dos povos que falam a língua portuguesa, e pô-los em estado de se esclarecerem numa descoberta tão espantosa, por meio das obras especiais do homem eminente que foi o primeiro propagador, e ainda hoje o maior vulgarizador desta ciência sublime, que há certamente de transformar em pouco tempo a humanidade; descansando eu, quanto à tradução, na indulgência daqueles que, nas cousas desta ordem, antes consideram o fundo que a forma. Um trecho do extrato do Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, de 23 de setembro de 1863, transcrito pela Revista Espírita, de julho de 1864 (FEB, 2009, p. 289-290, tradução de Evandro Noleto Bezerra), dá conta da presença da tradução de Canu, no Brasil:
Constatamos com satisfação que a ideia espírita faz sensíveis progressos no Rio de Janeiro, onde conta expressivo número de representantes, fervorosos e devotados. A pequena brochura O Espiritismo na sua expressão mais simples, publicada em português, muito contribuiu para ali espalhar os verdadeiros princípios da doutrina.
É, também, o primeiro dos livros espíritas do mestre lionês em versão portuguesa integral, anônima, impressa no Brasil em 1866, mais precisamente, na capital de São Paulo, pela Typographia Litteraria, rua do Imperador, 94, com o título: O Espiritismo reduzido a sua mais simples expressão, traduzido do francês, com 36 páginas.

Naquele mesmo ano, Luís Olímpio Teles de Menezes traduziu apenas parte de uma obra de Kardec, ou seja, a “Introdução” de O Livro dos Espíritos, que foi impressa na Tipografia de Camillo de Lellis Masson & C., em Salvador, Bahia.
A Livraria Garnier, no seu Catálogo das Obras Fundamentais da Doutrina Espírita, de 1874, informa que O Espiritismo em sua mais simples expressão foi “já há muito traduzido em português” e, em 1875, registra: “vertido para o português”, tamanho in-4, custando mil réis a brochura de uma provável nova tradução, que ainda não teve nenhum exemplar localizado.
A Federação Espírita Brasileira editou, pela primeira vez, em 1904, O Espiritismo em sua mais simples expressão, a Biografia [parcial] de Allan Kardec, de Henry Sausse, ambos sem nome de tradutor, e a Memória Histórica, formando os três juntos o livro, de 102 páginas, Memória Histórica do Espiritismo, Alguns Dados, Publicação Comemorativa do Centenário de Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, impresso pela Tip. Besnard Fréres, rua do Hospício, 1.133, Rio de Janeiro. Com recursos mensais de uma chamada “Caixa de Propaganda”,4 instituída em 1920 pela Federação Espírita Brasileira, para publicação de folhetos de propaganda da Doutrina Espírita, foram distribuídos em 1921, gratuitamente, 2.469 exemplares5 de O Espiritismo na sua expressão mais simples – Exposição sumária dos ensinos dos espíritos e de suas manifestações –, traduzido por Guillon Ribeiro, reeditado em 1933, também para gratuidade. Outros títulos foram entregues aos leitores nessa mesma condição.

Existem traduções brasileiras modernas dessa obra como a de Dafne R.Nascimento, editada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo, a de Salvador Gentile,6 pelo Instituto de Difusão Espírita (IDE), Araras, São Paulo, e a de Joaquim da Silva Sampaio Lobo (In: Iniciação Espírita, Edicel, São Paulo e Brasília).

Esse texto, pioneiro na divulgação do Espiritismo no Brasil, voltou a ser editado pela FEB, em 2007, juntamente com outros opúsculos de Kardec, traduzidos por Evandro Noleto Bezerra. A Edicei – Editora do Conselho Espírita Internacional – tem se responsabilizado pela publicação, em vários idiomas, das obras de Allan Kardec, bem como das psicografadas por Chico Xavier, além de outros autores, cujo catálogo atinge mais de 170 títulos. Em 2009, editou O Espiritismo na sua expressão mais simples, em francês e russo; em 2010, em sueco e espanhol e, em 2011, em finlandês, fato relevante que destaca o papel do Brasil na propagação do Espiritismo pelo mundo.


1BARREIRA, Florentino. Resumo analítico das obras de Allan Kardec. Trad. David Caparelli. São Paulo: Madras Editora, 2003. p. 116.
2KARDEC, Allan. O Espiritismo na sua expressão mais simples... Revista espírita: jornal de estudos psicológicos, ano 5, n. 1, p. 51, jan. 1862. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 3. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009.

3Espírita francês, culto e inteligente, muito convicto, e que viera do materialismo. Kardec chama-o colega. Residiu no Brasil de 1842 a 1845. Em 1863, foi secretário da Sociedade Parisiense de EstudosEspíritas (SPEE).
4Por sugestão dos confrades Alcindo Terra, Vespasiano Mendes, Eutychio Campos, Ruben Bello, Dirceu de Oliveira, Eduardo Carvalho e Acacio de Lannes. Ver Reformador, ano 38, n. 20, p. 416, out. 1920.
5Relatório da presidência, apresentado à Assembleia Deliberativa na sua Reunião Ordinária de 22 de janeiro de 1922, it. Propaganda. Reformador, ano 40, n. 3, fev. 1922, p. 63.


Fonte: Reformador Online
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As Três Orações




Marta Antunes Moura
“Todos precisamos cultivar a paciência e a humildade.”
Na literatura mundial e nacional há belíssimas páginas referentes ao Natal, considerada a mais importante festa da cristandade. Comemorada anualmente em 25 de dezembro, no Ocidente, esta data foi definida pela Igreja Católica Romana, no terceiro século d.C., como a do nascimento de Jesus. Os países eslavos e os cristãos filiados à Igreja Católica Ortodoxa festejam o Natal em sete de janeiro, pois seguem o calendário Juliano (implantado por Júlio César). As mensagens natalinas espíritas, sobretudo as mediúnicas, constituem um capítulo à parte pelo elevado conteúdo que transmitem.
Entre elas destacamos As Três Orações,1 de autoria do Espírito Irmão X (ou Humberto de Campos), transmitida pela mediunidade de Chico Xavier e que faz parte do livro Cartas e Crônicas, publicado pela FEB, desde 1966.
As Três Orações não se restringe a ser apenas mais uma mensagem que emociona e agrada o leitor de qualquer idade: criança, jovem, idoso. Nela, o Espírito e o médium estabeleceram entre si uma comunhão perfeita de ideias e de sentimentos para, ao final, produzirem uma das mais belas páginas conhecidas de louvor, homenagem e reverência a Jesus, nosso Mestre e Senhor. Quando nos propomos a ler e reler As Três Orações, temos dificuldade em discernir quem se revela maior: o brilhante escritor, domiciliado no além-túmulo, ou o valoroso médium, portador de aguçada sensibilidade mediúnica.
A despeito de ambos, escritor e médium, se apequenarem para revelar a glória do Cristo, não passam despercebidas a correção e a elegância da linguagem utilizada pelo admirável contista e cronista que foi Humberto de Campos, membroda Academia Brasileira de Letras, na última reencarnação. Da mesma forma, Chico Xavier consegue materializar com maestria o pensamento do desencarnado, que o utiliza como medianeiro, fazendo fluir palavras e frases de forma encadeada, dentro de uma sequência harmoniosa de pura simplicidade que nos transporta a um plano mais elevado de vibrações, de serenas e tocantes emoções.
O autor espiritual relata, em As Três Orações, uma breve história que foi contada por “Simão Abileno, instrutor cristão, considerado no Plano Espiritual por mestre do apólogo e da síntese”.2 Trata-se, na verdade, de antiga lenda que, em princípio, nos fala do valor da oração e da “resposta do Criador às preces das criaturas”.2 Em linhas gerais, o texto pode ser assim resumido:5
[...] Em grande bosque da Ásia Menor, três árvores ainda jovens pediram a Deus lhes concedesse destinos gloriosos e diferentes. A primeira explicou que aspirava a ser empregada no trono do mais alto soberano da Terra; após ouvi-la, a segunda declarou que desejava ser utilizada na construção do carro que transportasse os tesouros desse rei poderoso, e a terceira, por último, disse então que almejava transformar-se numa torre, nos domínios desse potentado, para indicar o caminho do Céu Depois das preces formuladas, um mensageiro angélico desceu à mata e avisou que o Todo-Misericordioso lhes recebera as rogativas e lhes atenderia às petições.

Decorrido muito tempo, lenhadores invadiram o horto selvagem e as árvores, com grande pesar de todas as plantas circunvizinhas, foram reduzidas a troncos, despidos por mãos cruéis. Arrastadas para fora do ambiente familiar, ainda mesmo com os braços decepados, elas confiaram nas promessas do Supremo Senhor e se deixaram conduzir com paciência e humildade.
Qual não lhes foi, porém, a aflitiva surpresa!... [...]3 As três árvores seguiram destinos distintos:
[...] a primeira caiu sob o poder de um criador de animais que, de imediato, mandou convertê-la num grande cocho destinado à alimentação de carneiros; a segunda foi adquirida por um velho praiano que construía barcos por encomenda; e a terceira foi comprada e recolhida para servir, em momento oportuno, numa cela de malfeitores. [...]3
Ainda que separadas e sofredoras, as três árvores continuaram firmes, confiantes no Senhor.3

[...] No bosque, contudo, as outras plantas tinham perdido a fé no valor da oração, quando, transcorridos muitos anos, vieram a saber que as três árvores haviam obtido as concessões gloriosas solicitadas... A primeira, forrada de panos singelos, recebera Jesus das mãos de Maria de Nazaré, servindo de berço ao Dirigente Mais Alto do mundo; a segunda, trabalhando com pescadores, na forma de uma barca valente e pobre, fora o veículo de que Jesus se utilizou para transmitir sobre as águas muitos dos seus mais belos ensinamentos; e a terceira, convertida apressadamente numa cruz em Jerusalém, seguira com Ele, o Senhor, para o monte e, ali, ereta e valorosa, guardara-lhe o coração torturado, mas repleto de amor no extremo sacrifício, indicando o verdadeiro caminho do Reino celestial...4

Essa singela história nos faz refletir que é preciso não só cultivar a prece e alimentar a fé na Providência Divina. As Três Orações é lição que nos mostra a importância de resgatar a mensagem de amor consubstanciada no Evangelho de Jesus. Para tanto, há necessidade de estabelecermos um programa de vida que objetive conhecer Jesus, seguindo os seus passos. Com Ele aprendemos que uma vida de simplicidade e cultivo de virtudes afasta-nos do fascínio de querer acumular bens materiais, ou permanecer na ilusão de que cargos e posições de destaque, no seio da comunidade onde estamos inseridos, nos confere
m status social. Já passa da hora de estabelecermos a diretriz de inserir o Mestre Nazareno nos nossos propósitos existenciais:

E a ninguém, sobre a terra, chameis de vosso Pai; pois vosso Pai Celestial é somente um. Nem sejais chamados “Guias”, porque vosso Guia é somente um, o Cristo. Porém o maior entre vós será o vosso servidor, e aquele que exaltar a si mesmo será diminuído, e aquele que diminuir a si mesmo será exaltado. (Mateus, 23:9 a 11.)
É certo que cada um encontrará, por si mesmo, o caminho de servir a Jesus, mas, como sugestão, podemos começar com o cuidado de evitar a tentação do consumismo desenfreado, tão comum nos dias atuais e, em especial, na época do Natal. Trabalhemos, ao contrário, para acumular outros tipos de bens:

Entesourai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a corrosão consomem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam. (Mateus, 6:20.)6

Por outro lado, algo devemos fazer para minorar a dor do próximo, uma vez que, como espíritas, temos consciência de que “fora da caridade não há salvação”:
[...] Vinde, benditos do meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era estrangeiro e me acolhestes; {estava} nu e me vestistes; estive enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. (Mateus, 25:34 a 36.)7

Os laços de família, consanguínea e espiritual, não podem ser descurados, mas fortalecidos. Bezerra de Menezes nos esclarece:

Não se renasce na Terra, sem o concurso dos pais ou dos valores genéticos que forneçam. Não se adquire cultura sem professores ou recursos que eles decidam formar. Não se obtém alimento sem esforço próprio, nem sob o amparo do esforço alheio. [...] Há famílias de ordem material e aquelas outras de ordem espiritual – afirma- nos o Evangelho, na Doutrina Espírita. Atendamos, por isso, ao nosso conceito de família mais ampla. [...] Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia a dia. [...] Agradeçamos a oportunidade de entender isso e o privilégio de trabalhar por um Mundo Melhor com o nosso Espírito Melhorado, seguindo para a Vida Maior.8

Quanto às provações, vamos enfrentá-las, confiantes na bondade e misericórdia divinas. Aconselha Emmanuel: Carregar nossa cruz, a caminho do Cristo, será abraçar as responsabilidades que nos cabem, no setor de trabalho que ele próprio nos confiou.
E na adesão ao compromisso esposado, urge não esquecer que as nossas dificuldades podem ser modificadas, mas não extintas. [...]

Em quaisquer circunstâncias, cumpre-nos trabalhar, aceitando-nos com as imperfeições que ainda trazemos, realizando o melhor ao nosso alcance, a perceber que sem o conhecimento de nossas próprias fraquezas, tombaríamos no orgulho.
[...] Para nós que aceitamos a jornada para a integração com Jesus, não há possibilidade de recuo, porque a desistência da luta pela vitória do bem significa perturbação e não equilíbrio, rebeldia e não fé.

Em suma, carregar nossa cruz será, desse modo, romper com os milênios de animalidade em que se nos sedimenta a estrutura da alma, principiando por acender as possíveis réstias de luz na selva de nossos próprios instintos, recebendo, pela fidelidade ao serviço, a honra de trabalhar, em Seu Nome, não através de méritos que ainda não possuímos, mas em razão da misericórdia, da pura misericórdia que Ele nos concedeu.9
Referências:
1XAVIER, Francisco C. Cartas e crônicas. Pelo Espírito Irmão X. 13. ed. 3. imp. Rio de Janeiro: FEB, 2012. Cap. 2, p. 15.
2______. ______. p. 13.
3______. ______. p. 14.
4______. ______. p. 14 e 15.
5NOVO TESTAMENTO. Trad. Haroldo Dutra Dias. Brasília: Edicei, 2010. p. 129.
6______. ______. p. 57.
7______. ______. p. 141.
8XAVIER, Francisco C. Bezerra, Chico e você. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. São Bernardo do Campo (SP): GEEM, 1973. Cap. 44, Família mais ampla, p. 65-67.
9______. Mãos unidas. Pelo Espírito Emmanuel. 4. ed. Araras (SP): Instituto de Difusão Espírita, 1976. Cap. 48, A Caminho do Cristo, p. 151 a 153.
 
 
 
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Meditações e prece de Natal




É verdade que, historicamente, o Natal não é a data exata do nascimento de Jesus. É verdade que a narrativa da manjedoura, dos reis magos, da estrela de Belém, do descendente de Davi é uma história mítica, arranjada para provar que Jesus era o Messias esperado pelos judeus. Não houve recenseamento, não foi preciso que o carpinteiro José se deslocasse de Nazaré e fosse com sua esposa se apresentar em Belém. Mesmo porque se os romanos fizessem um recenseamento do seu Império, não lhes interessaria contar os judeus pela sua descendência. (Na história bíblica, José como descendente de Davi teria de se apresentar para o recenseamento em Belém.)
Provavelmente, Jesus nasceu em Nazaré, viveu tranquilamente em sua aldeia, aprendeu o ofício de seu pai. Não precisou buscar refúgio no Egito. Mas tudo isso apenas aumenta sua grandeza: um filho de carpinteiro, crescido numa aldeia obscura, num recanto do Império romano, ergueu a voz de sua mensagem e transformou o mundo.
É verdade também que o Natal se tornou no mundo cristão uma data comercial, para compra de presentes, para movimentar o mercado, para aguçar o consumo. Que o seu personagem anda longe dos pensamentos, distante dos corações, apagado dos atos da maioria das pessoas.
É verdade, é verdade.
Mas é verdade também que o Natal tem uma poesia toda sua…o presépio pode ser mítico, mas é um símbolo de humildade e acolhimento. A data pode não ser a correta, mas como ao longo dos séculos muitos pensaram em Jesus nesse dia e procuraram conexão com ele, a noite natalina ficou impregnada de devoção e alegria.
A verdade é que a figura de Jesus paira acima dos séculos, acima dos mitos, acima do comércio, emanando amor em seu olhar, que abarca o mundo inteiro.
É verdade que a sua mensagem de paz e fraternidade permanece insuperável, como um apelo permanente aos corações de boa vontade, cristãos ou não cristãos.
Seu coração amoroso vibra ainda pela humanidade e nos acompanha de longe e de perto.
Por isso, dedico como sempre um poema de Natal ao Mestre carpinteiro, ao Mestre de Nazaré, ao Mestre da humildade e da paz!

Prece de Natal
 
Podem os homens da terra
Semear flores de sangue
Mas tua paz invisível medra
Na alma do povo exangue…
 
Podem as criaturas
Retalhar a natureza
Acinzentar o horizonte
Mas envias sempre uma alma pura
trazendo a delicadeza
de um gesto oculto que cura.
 
Podem os incautos
Mancharem a esperança
Propagarem a maldade
Exaltarem a ganância
Ferirem o coração de uma criança,
Pondo espinhos num coração de mãe.
Mas tu levantas o caído
Amparas o traidor e o traído.
Desfazes toda dureza
E restauras a bonança.
 
O séculos se sucedem
E teus pés percorrem sempre
As pedras de nosso mundo
E semeias de passagem
O sonho de nova paisagem
As lágrimas de amor profundo
Com que nos tocas a vida.
 
Podem os percalços
em minha alma dolorida
fazer sulcos de tristeza,
mas nada pode arrancar
a doçura e a beleza
desse teu macio olhar…
 
Estás sempre aí,
Além, aquém, aqui…
Como rocha milenar
Ancorando nossa esperança
De um reino que não há de acabar…
Estás acima do tempo
Para que façamos dele
Um tecido de estrelas a raiar
 
Podem os fanáticos
Fazer de ti um mito sem rosto,
Um rei de cetro e com gosto
De tirania celeste.
Mas tu ainda nos lavas os pés
E neste gesto nos deste
A glória de muitas fés.
 
Mestre, sábio, sublime irmão,
Estás bem perto de nós
E basta abrir uma brecha
No cansado coração
Para ouvirmos o sussurro de tua voz!
 
Vem aqui, querido Jesus Cristinho
E encontra um lugar, um ninho,
Dentro de nossas casas…
E então teremos asas
Para voar acima dos montes
Abrir azuis horizontes
E enfim, amado amigo,
Sermos assim um contigo!


Por Dora Incontri


http://doraincontri.com/
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ALCOOLISMO





O alcoolismo ainda constitui um dos grandes flagelos que assolam a Humanidade, desequilibrando as normas da vida, provocando tragédias contínuas e contínuos desassossegos e enchendo os manicômios com uma percentagem aterradora.

Se, para a Humanidade, ele constitui esse mal avassalador, penetrando em todas as camadas e nela deixando a sua marca de tragédia com consequentes desesperos e lágrimas, para a ciência humana, constitui, também, um mal que não tem encontrado barreiras no seu ímpeto assolador e, pior do que isso – não tem permitido que se lhe anteponha uma terapêutica criteriosa, capaz se não de anular os seus efeitos, pelo menos, atenuar os seus males.

Ainda uma vez, a ciência dos homens entra com o seu contingente de culpa, deixando as células e os neurônios intoxicados sem possibilidade para um tratamento eficiente.

O materialismo da ciência humana continua sendo mesmo neste setor – vícios – o precipício à borda do qual pára, com os seus apetrechos, temerosa de sondar a voragem onde suas vis
tas não penetram, e através de cujas trevas não vislumbra um raio de luz ou um raio de esperança...

ALCOOLISMO – espectro horrendo que paira sobre os lares e as sociedades para deles arrancar, com as garras aduncas, os filhos, os esposos, os noivos, fazendo com que venham participar da sua cruzada imensa que segue para o país da desgraça, por entre lamentações lúgubres, levando pela estrada do desespero, os despojos da alegria e da felicidade...

E a ciência dos homens, incapaz de um auxílio direto, continua presenciando esse cortejo lúgubre, condoída e desesperada por não encontrar um recurso capaz de deter essa marcha ou atenuar as lamentações que se tornam mais sentidas e mais plangentes, quanto maior o número daqueles que reforçam as fileiras dos infelizes...

Materialidade! Materialidade!

Filtro que estimula o orgulho do saber, anuviando a razão e entorpecendo o raciocínio, não lhes permitindo acompanhar, pari-passu, a evolução que segue, indiferente, aos desentendimentos humanos.

Apegados aos males físicos, esquecem-se dos males psíquicos, ignorando a questão da sensibilidade mediúnica dos indivíduos e indiferentes a ação quase avassaladora de entidades desencarnadas e inteligentes.

Apoiados na hereditariedade orgânica com as suas consequências naturais ou patológicas, se esquecem da hereditariedade psíquica – acervo de vícios e intoxicações que o espírito traz de existências passadas...

Atribuem ao meio ambiente atual e aos arrastamentos dos amigos de agora, e não se lembram da possibilidade e da realidade dos meios e dos arrastamentos produzidos em vidas passadas!

Por vezes, apesar de não encontrar uma base sólida em todas essas conjeturas, digamos mesmo, leis, para a maioria, nem assim se desviam da velha rotina, procurando outras bases para melhor
 se firmarem nos diagnósticos e prognósticos.

E uma dessas leis e bases principais às quais se agarram para tudo explicar, mesmo compreendendo a fraqueza dos argumentos, é a hereditariedade patológica. No entanto, o papel da hereditariedade psíquica é muito mais importante, porquanto a sua ação se faz sentir em todo o terreno da patologia.

Em referência ao caso de que nos ocupamos, todos os médicos que trataram do enfermo, menos um, atribuíram ao arrastamento do meio, aliado às condições de vida social, dando o caso como perdido, devido à intoxicação das células e dos neurônios.

Longe de nós querermos negar o legado dos pais e antepassados, através de cujas gerações o mal persiste e os vícios se patenteiam. Todavia, só esse apoio é bastante frágil ante aquele que arrasta os indivíduos pela intoxicação, pela hereditariedade psíquica, sem o conhecimento da qual é difícil, impossível, mesmo, o saneamento e a luta contra o vício da embriaguez, vício que se impregna muito mais no psiquismo do que no terreno material, orgânico.

O alcoólatra leva consigo a herança mórbida – pois no laboratório da natureza, com a morte, o corpo apodrece e se consome, dispensando
-se os elementos com a decomposição.
A lepra, a tuberculose, o câncer, males que se estabelecem no corpo e usufruem os seus elementos químicos, se dispersam com a transformação, mas os vícios, como o álcool e os entorpecentes, são conservados pelo períspirito, sofrendo a intoxicação do seu ego, a intoxicação psíquica. 

Os primeiros males desaparecem com o corpo; os segundos persistem, pois o espírito não morre – continua a sua vida como repositório dos sentimentos, dos desejos.
Morto o alcoólatra, o seu espírito continua intoxicado e enfermo – tanto que se em vida humana o seu vício o levou ao manicômio, nos manicômios do espaço continuará para desintoxicação perispirital.

O medicamento, a vacina propícia para extirpar a tara psíquica da embriaguez é a noção da responsabilidade, a compreensão do dever, o desejo controlado, a boa vontade, escudos que todas as atuações psíquicas são impotentes para dominar.
Desejar e repelir são vontades inerentes ao espírito – são desejos psíquicos que se devem manter em equilíbrio para atração e repulsão dos fluidos, que convergem para si próprios.

Os médicos precisam pensar um pouco nesses fatores psíquicos e, principalmente, nas suas origens e nas suas causas, porque pode-riam fazer muito mais, ainda, aliviando dores e curando enfermos, aliando este tratamento psíquico baseado ao tratamento orgânico.

No maior número de vezes, esses dois males se reúnem, porque grande percentagem das criaturas são sensitivas e nos seus leitos de dor atraem entidades que vão aumentar a sua moléstia orgânica.

A assimilação fluídica entre encarnados e desencarnados é um fato, e os sensitivos os atraem pelo pensamento, exteriorizando os seus
 males, pensamento e exteriorização que, abrangendo zonas psíquicas, provocam a aproximação de entidades que, junto aos seus leitos, ora aumentam essas dores, ora lhes fazem sentir outros males, ora, ainda, lhes aguçam os vícios para usufruírem dos seus resultados.

Essa assimilação fluídica – agente invisível – não depende das pesquisas de laboratórios e análises – sim, dos trabalhos de investigação, estudando as mediunidades e a alma.


Várias observações enriquecem o nosso arquivo, observações que provam o prolongamento ou atenuação dos padecimentos de um enfermo, de conformidade com a aproximação ou afastamento das entidades cuja ação se faz sentir ou não, mormente para os casos de entorpecentes, quando essas entidades atuam mais, ainda, provocando oportunidades para a aplicação desses medicamentos, dos quais lançam mão os médicos que visam o sintoma dor.


Agem para que a dor seja mais intensa, obrigando o médico a dar novos entorpecentes, porque o espírito que atua é viciado e sente, também, o efeito do entorpecente...

O espírito sobrevive ao corpo, levando todos os sentimentos e todos os desejos – e almas atormentadas pelo vício são verdadeiros tóxicos que se deixam levar para fora da estrada dos bons sentimentos, arrastando também os seus irmãos encarnados, de cujas taras psíquicas se aproveitam em benefício próprio.

A verdadeira essência da vida está na vida psíquica.

Para que a medicina não se veja entravada na sua sublime missão, ela precisa ampliar o seu combate às causas orgânicas, atacando, também, as causas psíquicas. Para isso, precisa estudar e investigar com os ensinamentos que lhe oferece o Espiritismo, com as Leis da Imortalidade e da Reencarnação, a fim de que a sublimidade da sua missão seja ainda mais eficiente. 

(Dr. Inácio Ferreira, “A PSIQUIATRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO”, 1ª edição EDICEL). 
Publicado em 24/04/2008)
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