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Hábitos Infelizes




Usar pornografia ou palavrões, ainda que estejam supostamente na moda. 
Pespegar tapinhas ou cutucões a quem se dirija a palavra. Comentar desfavoravelmente a situação de qualquer pessoa. 
Estender boatos e entretecer conversações negativas. 
Falar aos gritos. 
Rir descontroladamente.
Aplicar franqueza impiedosa a pretexto de honorificar a verdade. 
Escavar o passado alheio, prejudicando ou ferindo os outros. 
Comparar comunidades e pessoas, espalhando pessimismo e desprestígio. 
Fugir da limpeza. 
Queixar-se, por sistema, a propósito de tudo e de todos. Ignorar conveniências e direitos alheios.
Fixar intencionalmente defeitos e cicatrizes do próximo. Irritar-se por bagatelas. 
Indagar de situações e ligações, cujo sentido não possamos penetrar. 
Desrespeitar as pessoas com perguntas desnecessárias. Contar piadas suscetíveis de machucar os sentimentos de quem ouve. 
Zombar dos circunstantes ou chicotear os ausentes. 
Analisar os problemas sexuais seja de quem seja. 
Deitar conhecimentos fora de lugar e condição, pelo prazer de exibir cultura e competência. 
Desprestigiar compromissos e horários. 
Viver sem método. 
Agitar-se a todo instante, comprometendo o serviço alheio e dificultando a execução dos deveres próprios.
Contar vantagens, sob a desculpa de ser melhor que os demais. 
Gastar mais do que se dispõe. 
Aguardar honrarias e privilégios. 
Não querer sofrer. 
Exigir o bem sem trabalho. 
Não saber aguentar injúrias ou críticas.
Não procurar dominar-se, explodindo nos menores contratempos.
Desacreditar serviços e instituições. 
Fugir de estudar.
Deixar sempre para amanhã a obrigação que se pode cumprir hoje. 
Dramatizar doenças e dissabores. 
Discutir sem racionar. 
Desprezar adversários e endeusar amigos.
Reclamar dos outros aquilo que nós próprios ainda não conseguimos fazer.
Pedir apoio sem dar cooperação.
Condenar os que não possam pensar por nossa cabeça. Aceitar deveres e largá-los sem consideração nos ombros alheios. 


Francisco Cândido Xavier 
Livro Sinal Verde Pelo Espírito André Luiz 


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MEDIUNIDADE - Bezerra de Menezes




Minha irmã, que a Paz do Senhor nos felicite os corações. 
Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes. Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir. Aqui, alguém fala em nome dos Espíritos desencarnados; ali, um companheiro aplica energias curadoras; além, um cooperador ensina o roteiro da verdade; acolá, outrem enxuga as lágrimas do próximo, semeando consolações. 

Contudo, é o mesmo poder que opera em todos. É a divina inspiração do Cristo, dinamizada através de mil modos diferentes por reerguer-nos da condição de inferioridade ou de sofrimento ao título de herdeiros do Eterno Pai. E nessa movimentação bendita de socorro e esclarecimento, não se reclama o título convencional do mundo qualquer que seja, porque a mediunidade cristã, em si, não colide com nenhuma posição social, constituindo fonte do Céu a derramar benefícios na Terra, por intermédio dos corações de boa vontade. 

Em razão disso, antes de qualquer sondagem das forças psíquicas, no sentido de se lhes apreciar o desdobramento, vale mais a consagração do trabalhador à caridade legítima, em cujo exercício todas as realizações sublimes da alma podem ser encontradas. 

Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar a felicidade dos outros; quem procure a consolação, para encontrá-la, deverá reconfortar os mais desditosos da humana experiência. Dar para receber. Ajudar para ser amparado. Esclarecer para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a divindade do amor. 

Eis a lei que impera, igualmente, no campo mediúnico, sem cuja observação, o colaborador da Nova Revelação não atravessa os pórticos das rudimentares noções de vida eterna. Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atenção às determinações do auxílio mútuo. 

Nesse terreno, portanto, há muito que fazer nos círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a sua aplicação no esforço da sementeira. 

A tarefa pede fortaleza no serviço, com ternura no sentimento. Sem um raciocínio amadurecido para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmoniosas do carinho fraterno para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente. 

Os golpes da sombra martelam o trabalho iluminativo da, mente por todos os flancos e imprescindível se torna ao instrumento humano das verdades divinas armar-se conveniente-mente na fé viva e na boa vontade incessante, a fim de satisfazer aos imperativos do ministério a que foi convocado. 

Age, assim, com isenção de ânimo, sem desalento e sem inquietação, em teu apostolado de curar. Estende as tuas mãos sobre os doentes que te busquem o concurso de irmã dos infortunados, convicta de que o Senhor é o Manancial de todas as bênçãos. O lavrador semeia, mas é a bondade Divina que faz desabrochar a flor e preparar-se o fruto. É indispensável marchar de alma erguida para o Alto, vigiando, apesar das serpes e dos espinhos que povoam o chão, e fiéis entre pescadores anônimos, integrados na vida singela da natureza. 

Não te apoquentes, minha irmã, e segue sem serenidade. Claro está que ainda não temos seguidores leais do Senhor sem a cruz do sacrifício. A mediunidade é um madeiro de espinhos dilacerantes, mas com o avanço da subida, calvário acima, os acúleos se transformaram em flores e os braços da cruz se convertem em asas de luz para a alma livre na eternidade. 

Não desprezes a tua oportunidade de servir e prossegue de esperança robusta. A carne é uma estrada breve. Aproveitemo-la sempre que possível na sublime sementeira da caridade perfeita. Em suma, ser médium no roteiro cristão é dar de si mesmo em nome do Mestre. E foi Ele que nos descerrou a realidade de que somente alcançam a vida verdadeira aqueles que sabem perder a existência em favor de todos os que se constituem seus tutelados e filhos de Deus na Terra. Segue, pois, para diante, amando e servindo. 

Não nos deve preocupar a ausência de alheia compreensão. Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme o Amigo Celeste nos ensinou. Que Ele nos proteja, nos fortifique e abençoe. 

Diversos amigos se revelam interessados em tua tarefa de fraternidade e luz e não seria justo que a hesitação te paralisasse os impulsos mais nobres, tão somente porque a opinião do mundo te não entende os propósitos, nem os objetivos da esfera espiritual, de maneira imediata. Não importa que o templo seja humilde e que os mensageiros compareçam na túnica de extrema simplicidade. 

O Mestre Divino ensinava a verdade à frente de um lago e costumava ministrar os dons celestiais sob um teta emprestado; além disso, encontrou os companheiros mais abnegados. 

Espírito: Bezerra de Menezes
Médium: Francisco Cândido Xavier
do Livro: Cartas do Coração


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Educação Mediúnica



O exercício da mediunidade impõe disciplina, equilíbrio, perseverança e sintonia.
 A disciplina, moral e mental, criará hábitos salutares que atrairão os Espíritos Superiores interessados no intercâmbio entre as duas esferas da Vida, facilitando o ministério.
 O equilíbrio, no comedimento das atitudes, durante a absorção dos fluidos e posterior comunhão psíquica com os desencarnados, auxiliará de forma eficaz na filtragem do pensamento e da exteriorização dele.
 A perseverança no labor produzirá um clima de harmonia no próprio médium, que se credenciará ao serviço do bem junto aos Obreiros da Vida Mais Alta, objetivando os resultados felizes.
 A sintonia decorrerá dos elementos referidos, porque se constitui do perfeito entrosamento entre o agente e o percipiente na tarefa relevante.
 Transitória e fugaz, a mediunidade, para ser exercida, necessita da interferência dos Espíritos, sem o que a faculdade, em si mesma, se deteriora ou desaparece.
 Quanto mais trabalhada, mais fáceis se fazem os registros, cujas informações procedem do além-túmulo.
 As disposições morais do médium são de vital importância para os cometimentos a que ele se vincula, pelo impositivo da reencarnação.
 Não apenas o anelar pelo bem, mas o executar das ações de enobrecimento.
 Não apenas nos instantes ao mister dedicado, mas num comportamento natural de instrumento da Vida.
 Sendo recurso valioso de quem se encontra no meio, na condição de instrumental, imprescindível a conscientização do intermediário em favor dos resultados felizes.
 A educação do médium, coordenando atitudes, corrigindo falhas de qualquer natureza evitando estertores e distúrbios, equilibrando o pensamento e dirigindo-o é técnica que resultará eficaz para uma sintonia correta.
 Nesse sentido, a evangelização espírita se impõe em caráter de urgência, evitando-se a vinculação com práticas e superstições perfeitamente dispensáveis.
 São os requisitos morais que respondem pelos resultados favoráveis ou não, na tarefa mediúnica.
 Jesus recomendou com sabedoria aos Sues discípulos, portadores da mediunidade:
 - "Curai os enfermos, expulsai os demônios, daí de graça o que de graça recebestes" -, numa diretriz que não dá qualquer margem à evasão do dever tampouco à acomodação com o erro, à indolência ou à coleta de lucros materiais ou morais, como decorrência da prática mediúnica.
 O galardão de quem serve é alegria de servir.
 Doa as tuas horas disponíveis ao exercício da mediunidade nobre: fala, escreve, ensina, aplica passes, magnetiza a água pura, ora em favor do teu próximo, intervém com bondade e otimismo nas paisagens enfermas de quem te busca, ajuda, evangeliza os Espíritos com perturbação, sobretudo, vive a lição do bem, arrimado à caridade, pois médium sem caridade pode ser comparado a cadáver de boa aparência, no entanto, a caminho da degeneração.
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
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Princípios básicos da Doutrina Espírita




Existência de Deus
Imortalidade da alma
Pluralidade das existências
Pluralidade dos mundos habitados
Comunicabilidade dos espíritos

1. Existência de Deus

Deus existe.  É a origem e o fim de tudo.  É o criador, causa de todas as coisas.  Deus é a suprema perfeição, com todos os atributos que a nossa imaginação lhe possa atribuir, e muito mais.

2. Imortalidade da Alma

Antes de sermos seres humanos, filhos de nossos pais, somos, na verdade, espíritos, filhos de Deus.  O espírito é o princípio inteligente do universo, criado por Deus, simples e ignorante, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços.
Como espíritos, já existíamos antes de nascermos e continuaremos a existir, depois da morte física.
Quando o espírito está na vida do corpo, dizemos que é uma alma ou espírito encarnado.  Quando nasce para este mundo, dizemos que reencarnou; quando morre, que desencarnou. Desencarnado, volta ao plano espiritual ou espiritualidade, de onde veio ao nascer.
Os espíritos são, portanto, pessoas desencarnadas que, presentemente, estão na espiritualidade.

3. Pluralidade das Existências

Criado simples e ignorante, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino.  Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal.  Desse modo, ele tem possibilidade de se desenvolver, evolucionar, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos.  Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e desencarnando, quantas vezes necessárias, para adquirir mais conhecimentos, através das múltiplas experiências de vida.
A reencarnação, portanto, permite ao espírito viver inúmeras existências no mundo, adquirindo novas experiências, para se tornar melhor, não só intelectualmente, mas, sobretudo, moralmente, aproximando-se cada vez mais do que estabelecem as Leis de Deus.
Mas, assim como o aluno pode repetir o ano escolar - uma, duas ou mais vezes - o espírito que não aproveita bem sua existência na Terra, pode permanecer estacionário pelo tempo necessário, conhecendo maiores sofrimentos, e atrasando, assim, sua evolução, até que desperte para a necessidade de caminhar em direção ao progresso.
Não podemos precisar quantas encarnações já tivemos e quantas teremos pela frente.  Sabemos, no entanto, que, como espíritos em evolução constante, reencarnaremos quantas vezes sejam necessárias, até alcançarmos o desenvolvimento moral exigido para nos tornamos espíritos puros.
Esquecimento do passado: não nos lembramos das vidas passadas e aí está tambem a sabedoria de Deus.  Se lembrássemos do mal que praticamos ou dos sofrimentos pelos quais passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos,  teríamos infinitas dificuldades para viver em plenitude a vida atual. Ocorre que, frequentemente, os inimigos do passado, hoje são trazidos ao nosso convívio próximo, na condição de filhos, irmãos, pais, amigos, nos oferecendo a oportunidade do resgate, da reconciliação, do amparo mútuo: esta é uma das razões da reencarnação.
Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.  Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores.
A reencarnação, dessa forma, é uma oportunidade de reparação, como é também oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando a própria evolução espiritual.  Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos durante a espiritualidade, perante nós mesmos e nossos mentores espirituais, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível.  Dependendo de nossas condições espirituais, poderemos ter participado ou não dessas escolhas, optando por provas, sofrimentos, dificuldades ou facilidades, que propiciarão meios para nosso desenvolvimento espiritual.
A reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina, explica-nos porque existe tanta desigualdade no destino das criaturas na Terra.
Pelos mecanismos da reencarnação, verificamos que Deus não premia ou castiga. Pela misericórdia divina, somos nós os articuladores do próprio destino, por vezes necessitando de sofrimentos que nos instigam à melhora e crescimento, pela lei da "ação e reação".

4.  Pluralidade dos Mundos Habitados

Nem todas as encarnações se verificam na Terra.  Existem mundos superiores e mundos inferiores ao nosso.  Quando evoluirmos, poderemos renascer num planeta de ordem elevada.  O Universo é infinito e "na casa do Pai há muitas moradas", já dizia Jesus.
A Terra é um mundo de categoria moral inferior, haja vista o panorama lamentável em que se encontra a humanidade.  Contudo, ela está sujeita a se transformar numa esfera de regeneração, quando os homens se decidirem a praticar o bem e a fraternidade reinar entre eles.
"Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência.  Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil.  Certo, a esses mundos há de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.  Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes." (O Livro dos Espíritos, questão 55)

5. Comunicabilidade dos Espíritos

Os espíritos são seres humanos desencarnados. Eles são o que eram quando vivos; bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos.
Eles estão por toda parte.  Não estão ociosos.  Pelo contrário, eles têm as suas ocupações, como nós, os encarnados, temos as nossas.
Não há lugar determinado para os espíritos. Geralmente os mais imperfeitos estão junto de nós, atraídos pela materialidade a qual estão ainda jungidos, e pela similaridade de sentimentos com as quais nos afinizamos.  Não os vemos, pois se encontram numa dimensão diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos.
Os espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase que restrita ao pensamento, porque eles não conseguem agir diretamente sobre a matéria.  Para isso, eles precisam de pessoas que lhes ofereçam recursos especiais: essas pessoas são chamadas médiuns.
Pelo médium, o espírito desencarnado pode comunicar-se, se puder e quiser.  Essa comunicação depende do tipo de mediunidade ou de faculdade do médium: pode ser pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia), etc... Mas, toda e qualquer comunicação não deve ser aceita cegamente; precisa ser encarada com reserva, examinada com o devido cuidado, para não sermos vítimas de espíritos enganadores.  A comunicação depende da conduta moral do médium.  Se for uma pessoa idônea, de bons princípios morais, oferece campo para a aproximação e manifestação de bons espíritos.
É preciso ficar alerta contras as mistificações e contra os falsos médiuns, que tentam iludir o público menos avisado em troca de vantagens materiais.  Por isso, é importante que, antes de ouvir uma comunicação, a pessoa se esclareça a respeito do Espiritismo.
Fonte: - "Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita", livreto elaborado pelo CE "Caminho de Damasco" - Revue Spirite - dez/1868
- Livro dos Espíritos Allan Kardec



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Mantenha sua calma





Sobretudo quando o momento apresentar tensões da vida comum;

Quando a situação exigir que você tome alguma decisão;
Antes de iniciar qualquer atividade, pois sua mente é seu porto seguro;

Para lidar com pessoas que ainda não conquistaram o degrau em que você se encontra;

Ao se deparar com o desequilíbrio do outro, pois cada um navega em seu próprio mar;

Antes de findar uma tarefa que lhe exigiu esforço, dedicação e suor;

Para que ela lhe seja companheira e sustente o equilíbrio psíquico necessário aos embates de vida;

Atento a que Deus se encontra no ponto mais íntimo de sua alma.



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ALGUNS MINUTOS



Nos dias que vivemos, é comum se ouvir referências a que ninguém se importa com ninguém.
Não podemos desconsiderar, sim, que existe uma parcela da população que não pensa senão em si mesma. Tudo gira em função de seus próprios interesses.
No entanto, uma parcela maior é a que se mostra detentora de predicados morais, dentre os quais sobressaem a solidariedade e o amor ao próximo.
São pessoas que têm a visão ampliada do mundo. Veem o todo. Não olham somente para frente, mas também para os lados, para o seu entorno, a fim de tomarem conhecimento de quem marcha na mesma fileira.
Foi por isso que, naquela manhã fria e nevoenta, a caminho do escritório, a jovem percebeu algo que os demais transeuntes, envoltos em seus abrigos pesados, a cabeça baixa, nem se deram conta. Passaram indiferentes.
Ela transitava pela calçada. À sua frente, um carrinho desses de catadores de lixo reciclável, ia puxado a passo lento, demorado.
A jovem, com horário para chegar ao trabalho, resolveu ultrapassá-lo. Apressou o passo.
No exato momento em que ficou lado a lado com a condutora, ouviu um longo suspiro, seguido de soluços abafados.
Voltou-se para a direita e viu o semblante da mulher encharcado de lágrimas, que escorriam, livres e soltas.
Era um rosto sofrido, com marcas de queimaduras na face esquerda, olhos avermelhados.
Estacou e perguntou: A senhora está com algum problema?
A mulher, tomada de surpresa, parou e balbuciou: Não...Sim... muitos problemas.
E como se estivesse somente aguardando um ouvido atento, foi despejando a sua dor, como numa cascata:
Eu sei que Deus olha por nós. Também sei que temos que fazer a nossa parte.
Mas, eu não sei mais o que fazer, para onde recorrer. Meu marido está muito doente. Vive sobre uma cadeira de rodas.
Minha filha voltou para casa com quatro crianças pequenas, depois de um casamento fracassado. Nenhuma pensão alimentícia. Nenhuma ajuda.
Moro na periferia. Estou implorando a Deus para que consiga encher logo o carrinho para voltar para casa.
Só eu trabalho para alimentar todas essas bocas. E me sinto cansada.
A jovem ouviu e ouviu, olhos nos olhos da mulher sofredora. Dirigiu-lhe algumas palavras de encorajamento.
Abriu a bolsa. Recolheu todo o dinheiro que tinha: quinze reais, e os entregou à interlocutora.
Desculpe, é tão pouco. É só o que tenho. Peço a Deus que a abençoe e a fortaleça.
Agora, foram lágrimas de alívio, de emoção, de gratidão, que saltaram dos olhos, lavando as faces.
Isso vai para o mercado. – Falou, agradecida.
E cada qual seguiu seu caminho, desejando bênçãos Divinas uma à outra.
*   *   *
Alguns minutos. Uma conversa amiga. Um coração consolado.
Mais do que os parcos recursos monetários recebidos, o que valeu para aquela mulher foi ter encontrado ouvidos atentos para a catadupa das suas dificuldades, uma pessoa que se importou com sua dor, que a olhou nos olhos, lhe ofereceu alguns minutos do seu tempo.
Uma pessoa atenta, que deteve o passo, que olhou para o lado, que desejou saber o motivo de seus lamentos.
Uma irmã no caminho.


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Suicídio – a Visão Espírita Revisitada




Há muito queria escrever algo sobre o suicídio e aproveito esse setembro amarelo, em que se faz uma campanha nacional de prevenção ao suicídio, para lançar ao público algumas das reflexões que tenho feito sobre esse tema de grande relevância. Pelo excelente documento preparado pela Associação Brasileira de Psiquiatria, com o título Suicídio, informando para prevenir (http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14) são 10 mil pessoas que se matam por ano no Brasil e quase um milhão no mundo! Temos, portanto, de falar sobre isso! E fazer algo a respeito.
A cena mais bela e forte de um filme que adoro – Lutero – é quando ele toma nos braços o corpo de um rapazinho que se suicidara e cava ele mesmo a terra, para enterrá-lo. Esse ato significava um gesto de empatia e compaixão para com o rapaz e para com a família e uma forma de resistência à inapelável condenação que a Igreja sempre lançou sobre os suicidas, nunca permitindo que fossem sepultados em “terra santa”.
Aliás, o suicídio é fortemente condenado pelas religiões em geral.
O Espiritismo, rompendo no século XIX com a ideia de condenação eterna e de inferno como um local de expiação, amenizou esse julgamento inapelável. Mas nem tanto. As reverberações atávicas da Igreja ainda ressoam hoje no movimento espírita, como veremos.
Examinemos primeiro Kardec. Em pleno século XIX, quando a Igreja católica ainda falava em inferno material, Kardec proclamou que céu e inferno são estados de consciência e não estão fora da alma humana. Hoje, o Catecismo oficial da Igreja também entende assim. Para mostrar o estado de consciência de Espíritos das mais diferentes categorias, com histórias de vida e de morte distintas, Kardec realizou em Céu e Inferno, entrevistas minuciosas com eles, através de diferentes médiuns, procurando perscrutar o que sentiam, o que viam, como estavam…
As entrevistas são sóbrias. Os suicidas se mostram em sofrimento sim, e afirma-se que o suicídio é uma infração às leis divinas. Aparece, segundo a linguagem da época, hoje para nós incômoda, como em várias obras de Kardec, a palavracastigo. Entretanto, sempre entendido como uma consequência natural dos atos praticados. Entre os motivos de suicídio dos entrevistados, havia a solidão e o abandono, o alcoolismo aliado à mendicância, a perda de entes queridos, a perda da fortuna, o amor não correspondido e o tédio existencial… esses motivos ainda estão presentes entre as causas de suicídio na atualidade. E as condições de consciência apresentadas pelos entrevistados eram de desapontamento, angústia, escuridão e alguns se viam junto ao corpo – mas isso não é regra.
O suicídio é tema recorrente na maioria dos 12 volumes da Revista Espírita, demonstrando que Kardec tinha uma grande preocupação com o assunto. Em julho de 1862, escreve um artigo intitulado Estatística dos Suicídios,fazendo uma análise sobre o aumento dos suicídios na França, e procurando apontar as causas, lamentando que não existam pesquisas a respeito. Hoje, há essas pesquisas em todo mundo. Entre as que Kardec reconhece em seu tempo estavam as doenças mentais, problemas sociais, e sobretudo, o avanço do materialismo e a falta de perspectiva existencial. O artigo continua muito atual e revela bem como Kardec procurava abordar as questões, abrangendo todos os seus aspectos e procurando soluções educativas e preventivas. Para ele, a maior prevenção possível para o suicídio seria o conhecimento seguro e com contornos mais precisos da vida pós-morte, que o Espiritismo nos dá. Demonstrada a imortalidade, de maneira clara e racional, o suicídio perde sua razão de ser.
No Brasil, como sabemos – e inclusive isso hoje é objeto de teses acadêmicas, feitas por pesquisadores não-espíritas, mas já era opinião de um Herculano Pires, por exemplo – o Espiritismo desenvolveu-se num caldo cultural eminentemente católico e por isso acentuou aquilo que já nos incomoda em Kardec – com palavras como castigo por exemplo, o que pode induzir a uma ideia antropomórfica de Deus – mas deixaou de lado aquela racionalidade sóbria e crítica e aquele espírito científico de observação, que fazem a originalidade e conservam a atualidade do mestre.
No caso do suicídio, temos o clássico da nossa querida Yvonne Pereira,Memórias de um Suicida, que estou relendo no momento, anos depois das primeiras leituras. E realmente o tom do livro em alguns aspectos parece-me hoje excessivo. Há coisas interessantes, como a própria Universidade que os personagens frequentam. Mas os suicidas são chamados o tempo inteiro de criminosos, réprobos, condenados… e causa espécie também a descrição pavorosa daquele vale nas trevas profundas, para onde foram arrastados e aprisionados – como se fosse uma espécie de campo de concentração de suicidas. Eu mesma, em meus 40 anos de mediunidade, já recebi inúmeros suicidas que não estavam em vale nenhum. Um caso de suicídio relatado por exemplo, no livro Missionários da Luz, de Chico Xavier, também não descreve o espírito no vale e muito menos os entrevistados de Kardec.
Outras narrativas por outros médiuns brasileiros seguem trilhas parecidas ao livro de Yvonne. Tudo muito pesado, determinista, condenatório. Não há as nuanças do pensamento de Kardec, que a toda hora avisa que cada caso é um caso, que há muitas atenuantes, que há causas psíquicas, sociais, filosóficas dos suicídios e que precisamos preveni-los.
Isso significa que esses vales não existem? Que são ilusões dos médiuns? Existem sim aglomerações no Plano Espiritual (embora Kardec não tenha tratado disso, há inúmeras narrativas a respeito e eu mesma já visitei algumas). Mas não são lugares necessários a que as pessoas irão. São espíritos reunidos na mesma afinidade de pensamentos, que projetam o ambiente consciente ou inconscientemente e vivem na mesma faixa vibratória e de lá podem sair na hora em que mudarem o vetor vibratório.
Há muitos espíritas que pensam que, ao desencarnarem, passarão um período no Umbral, como os católicos achavam que iriam passar necessariamente pelo purgatório. Isso é materializar e generalizar demais as circunstâncias espirituais de cada consciência. Kardec foi bem mais sutil.
A posição de Kardec em relação ao suicídio, mais analítica, mais preocupada com as causas e com prevenção do que em aterrorizar os vivos com os horrores do vale dos suicidas, é muito mais próxima da perspectiva contemporânea.
Hoje se sabe que a depressão (e outras doenças mentais) é a causa de muitos suicídios – ora, a depressão é uma doença psíquica que requer cuidados, amparo, terapias e, às vezes (penso que menos do que se dá) remédios. Aliás, os medicamentos devem justamente entrar, a meu ver, sobretudo quando a pessoa está correndo o risco de se matar. O próprio Kardec avisava no século XIX, quando a Psiquiatria estava apenas nascendo, que se o indivíduo estivesse doente mentalmente, isso lhe isentaria ou ao menos atenuaria muito sua responsabilidade no suicídio. Ora, hoje, considera-se que o suicídio quase nunca é praticado por pessoas que estão saudáveis psiquicamente. Isso já descriminaliza grande parte dos suicidas, nos critérios de Kardec.
Hoje se estudam os fatores de risco do suicídio e além das doenças mentais, há os abusos sofridos na infância, a falta de sentido existencial, tipo de personalidade impulsiva etc. Em todos os casos, identificados os riscos, acompanhando-se de perto a pessoa que os apresente, com atenção, cuidados psíquicos e médicos, o suicídio pode ser evitado. Logo, algo que pode ser prevenido não é apenas um problema individual, mas uma questão social, coletiva. Somos todos responsáveis.
Lembro-me de um livro fantástico, escrito por Pestalozzi, no virar do século XVIII para o século XIX. Chama-se Legislação e Infanticídio e é considerado o primeiro livro de sociologia escrito antes mesmo do advento dessa ciência. Nessa obra, Pestalozzi examina uma grave questão criminal que estava ocorrendo na Suíça do seu tempo. Mulheres eram condenadas à prisão por terem assassinado seus filhos recém-nascidos. Qualquer pessoa diria na época e ainda hoje: mulheres monstruosas, criminosas, que mereciam toda punição. Pois Pestalozzi não se contentou com essa resposta simplória, já que matar o seu próprio rebento não é algo tão natural assim… (assim como o suicídio, que contraria o instinto de sobrevivência, também não é!) Foi se debruçar sobre os processos de julgamento dessas mulheres, para saber da história delas e constatou que a sociedade era culpada, sobretudo os homens. Eram todas mulheres que vinham do campo para a cidade e ao chegarem eram seduzidas por homens (sim, isso existia 200 anos atrás!), que depois as abandonavam. Grávidas solteiras, não havia escolha para elas. Ao contrário das sociedades católicas, que sempre deram um jeito de remediar o pecado, com Casas de Misericórdia, Conventos, ou mesmo prostituição, o universo protestante, calvinista, não tinha válvulas de escape. As mulheres ou se matavam ou matavam seus filhos. Ninguém iria se casar com uma mãe solteira, mulheres não podiam ter profissão e independência e no caso da velha Suíça calvinista, nem putas ou freiras elas poderiam ser… Pestalozzi então responsabiliza a moral rígida, a sociedade intransigente e os homens que abusavam e se desresponsabilizavam…
Esse é um exemplo para mostrar o quanto aquilo que consideramos crimes monstruosos sempre têm que ser analisados dentro de seus contextos, com olhos abrangentes e de preferência seguindo-se aquelas recomendações de Jesus: “não julgueis para não serdes julgados” e “quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra”.
Nossa visão contemporânea de compreender o suicídio como uma questão de saúde pública é muito mais cristã do que esses arroubos condenatórios, implacáveis, inapeláveis. O suicida é um espírito em sofrimento, sim. Mas ele já estava em sofrimento na terra. E não foi suficientemente visto, socorrido, amparado. Quando ele pratica esse ato, ele está se ferindo a si mesmo. Agora, que espécie de Pai seria Deus se ainda punisse esse ato, se nós, pais terrenos, imperfeitos, ao vermos uma criança se machucar a si mesma, seja por descuido, teimosia ou inexperiência, corremos a socorrer a criança, trazendo remédio, enxugando as lágrimas, cercando de consolo? Não consideraríamos abaixo de qualquer crítica um pai ou uma mãe que ainda espancassem a criança machucada ou a deixassem chorar sem socorro, ou se sentissem pessoalmente ofendidos com a queda do pequeno?
Ora, há gente que advoga que o suicídio é uma ofensa a Deus!! E Deus lá pode se ofender? O suicídio é o ato de um espírito imaturo, inconsciente, desesperado ou mesmo teimoso, de se ferir a si próprio. Ele terá de curar a ferida que fez em si. Mas a misericórdia de Deus é infinita.
Nesse caso, gosto bastante da ideia presente no livro Memórias de um Suicida, em que se conta que Maria de Nazaré é um Espírito que dirige uma falange de almas que socorre os suicidas. Porque é bem isso: o suicida é uma criança machucada, que precisa de um colo materno.
Faz parte da nossa evolução psíquica, social, espiritual, deixarmos de lado essas visões tão trágicas de culpa e castigo e avançarmos para uma visão de que tudo no universo é educativo. Sofrimento há, mas é transitório. E cabe-nos trabalhar para minimizá-lo e até extingui-lo, como propunha Buda. Para isso, cabe-nos sempre perdoar a nós mesmos, perdoar o outro e saber que Deus nem precisa nos perdoar, porque sabe que estamos aprendendo.
Numa das mais impressionantes manifestações de um Espírito suicida, que já tive, observei que ele estava num lugar bonito, amparado por almas amigas, mas sofria intensamente: não conseguia se perdoar por ter feito o que fez, ter ferido a si mesmo e a família. Então, assim podemos ler um relato como o de Camilo Castelo Branco no livro de Yvonne: ele próprio se qualificava de criminoso, réprobo etc. Isso é da consciência acostumada a agir com o próximo e consigo mesma de maneira dura e implacável. Precisamos superar isso e caminhar no sentido da misericórdia, do perdão e sobretudo do amor, que cobre a multidão de pecados, como dizia Jesus.
E o que podemos fazer concretamente para evitar o suicídio à nossa volta?
Não poderia deixar de mencionar a educação, como a mais eficaz prevenção em relação ao suicídio. Mas que educação? Não é certamente essa que é dada nas escolas, que nem a função de instruir faz bem feita.
Mas sim uma educação que procure cercar o indivíduo de fortes e sólidos afetos, de modo que ele nunca se sinta sozinho.
Uma educação que trabalhe sentido existencial, resiliência diante da dor, projeto de vida…
E sobretudo, uma educação que cuide desde cedo da espiritualidade e que abra uma perspectiva de eternidade e transcendência.

Quadro A Melancolia de Edvard Munch



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