Os Enigmas da Morte
Tornar-se um homem de bem é o primeiro passo para quem deseje alcançar a perfeição, porque “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.
O homem bom usa sempre de compreensão e de misericórdia para com o próximo.
Louváveis esforços indubitavelmente se empregam para fazer que a Humanidade progrida. Os bons sentimentos são animados, estimulados e honrados mais do q eu em qualquer outra época. Entretanto, o egoísmo, verme roedor, continua a ser a chaga social. É um mal real, que se alastra por todo o mundo e do qual cada homem é mais ou menos vitima. Cumpre, pois, combatê-lo, como se combate uma enfermidade epidêmica.
Além de combater os vícios que ainda lhe são característicos, deve o Espírito imperfeito lutar contra qualquer subjugação pelas paixões. Aliás, é conveniente fazer uma distinção entre vicio e paixão. Tudo o que é contrário à virtude é vicio, por exemplo, o egoísmo, o orgulho, a vaidade, o exibicionismo, a ira, a maledicência, a hipocrisia, a avareza, o ciúme, a inveja, a preguiça, etc., e os vícios que geram dependência física e psíquica.
Essencialmente a paixão não deveria ser um mal, já que, por definição, a paixão é o “excesso de que se acresceu a vontade, visto que o principio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal”.
As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar.
As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas, se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos, poderia produzir o bem, contra ele se volta e o esmaga.
A paixão, propriamente dita, é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento.
Compreendemos, portanto, que combatendo os vícios e não se deixando dominar pelas paixões, o homem consegue caminhar em direção à perfeição. Evidentemente, que isto não é tarefa que se realizará de um momento para outro. Conhecidas as causas, o remédio se apresentará por si mesmo. Só restará então destruí-las, senão totalmente, de uma só vez, ao menos parcialmente. Poderá ser longa a cura, porque numerosas são as causas, mas não é impossível. Contudo, ela só se obterá se o mal for atacado em sua raiz, isto é, pela educação, não por essa educação que tende a fazer homens instruídos, mas pela quem tende a fazer homens de bem. A educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte der manejar os caracteres, como se conhece as de manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e profunda observação.
Autor:FEB
Fonte:ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita
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