Renunciar
Renunciar a algo que amamos muito e que desejamos com toda a
força do coração é uma das decisões mais cruéis de se tomar que conheço. Porque
a perda equivale a uma morte dupla: morrer para alguém e matar a pessoa na
gente. É como se sobrasse por dentro apenas um casarão vazio com um jardim
morto. E, de repente, tudo tão subitamente anoitecido sem previsões de dia
novo. É um caminhar lento e arrastado numa espera sombria de que as horas
passem e o tempo leve essa febre alta sem medicação possível. É preciso que
haja tanta paciência e firmeza por dentro pra não entrar em desespero, que a
sensação que se tem é de estar meio fora do ar, com tanto esforço. E até chorar
fica difícil, teme-se que nunca mais o choro cesse.
Há muitas perdas quando se termina algo que não se queria
ter terminado: muda-se a auto-imagem, alegrias ficam suspensas, sonhos
desaparecem por um tempo e nenhuma cor na paisagem. O cotidiano fica obscurecido
por aquela lacuna aberta no meio do que era a parte mais interessante dos dias.
Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito
importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um
propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente
para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifico voluntário por
algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre
outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a
ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão
pequenininhas...
Como quando é noite e antes de dormir você se enche de
gratidão:
“Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono... Que
venha um sonho novo, então.”perdas quando se termina algo que não se queria ter
terminado: muda-se a auto-imagem, alegrias ficam suspensas, sonhos desaparecem
por um tempo e nenhuma cor na paisagem. O cotidiano fica obscurecido por aquela
lacuna aberta no meio do que era a parte mais interessante dos dias.
Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito
importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um
propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente
para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifico voluntário por
algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre
outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a
ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão
pequenininhas...
Como quando é noite e antes de dormir você se enche de
gratidão:
“Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono... Que
venha um sonho novo, então.”
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