Obsessores de nós mesmos
Um dos maiores desafios
ao qual nós encarnados somos submetidos durante nossa vivência na carne é o de
ter a humildade e discernimento para reconhecer e admitir nossos próprios erros
e falhas de caráter, bem como a coragem de corrigí-los. É conseguir olhar no
espelho e enxergar além da imagem refletida, além do verniz social com o qual
nos revestimos em nosso dia-a-dia, não só para a sociedade mas para nós mesmos.
É ter a lucidez para vasculhar os recônditos de nossa interioridade e trazer à
tona os pensamentos e sentimentos mais obscuros e que necessitam ser
transmutados.
Infelizmente
nós espiritos imperfeitos temos uma tendência de sempre atribuir a causas
externas e a um destino inexorável os infortúnios com os quais nos vemos
envolvidos ao longo de nossa existência. Se nossa encarnação nos faz estar
inseridos em ambientes familiares ou mesmo de trabalho com os quais
não nos afinizamos e temos dificuldade ou incapacidade de nos adaptarmos,
normalmente assumimos o papel de vítimas e nos consideramos injustiçados.
A partir do momento em que assumimos como verdadeiro um fato ou sentimento,
seja em relação a alguém ou a alguma situação, criamos no astral uma forma
pensamento que passa a fazer parte deste contexto, sendo sempre potencializada
quando trazemos a nossa memória aquela lembrança. À medida que alimentamos
estes conceitos e quanto mais retornamos a eles, mais expressiva se torna esta
formação astral, e se a mesma for irradiada com pensamentos negativos e de
baixa vibração, é desta forma que receberemos o retorno desta energia. À medida
que esta criação daninha toma vulto junto ao nosso perispírito, passa a chamar
a atenção também dos irmãos desencarnados com energias afins como se fosse um
imã atrator. Inicia-se então uma simbiose energética que cada vez mais
intensifica este quadro mental e por consequência este estado vibratório que
recai sobre a pessoa envolvida. Analisando então o quadro na origem, percebemos
que dificilmente o encarnado se torna vítima de espíritos obsessores sem
que antes tenha sido vítima de si mesmo, de sua própria invigilância.
Se eventualmente nos tornamos irascíveis, intolerantes, impiedosos, afinizados com vícios e desregramentos, podemos estar simplesmente deixando aflorar personalidades pretéritas que pela misericórdia divina são sepultadas em nossa memória espiritual para possibilitar que na atual encarnação justamente possamos resgatar por nosso próprio merecimento os erros cometidos nas vivências em que vibrávamos dessa forma. Atribuir estas nossas condutas que não condizem com os ensinamentos do Evangelho a influências de entidades desencarnadas ou energias demandadas contra nós por terceiros é uma forma cômoda de nos desincumbirmos da responsabilidade por nossos próprios pensamentos e atitudes. O fato de admitirmos que não temos controle sobre nosso lado obscuro evidencia que cabe a nós a responsabilidade de vencermos esta batalha interior.
Como a misericórdia do Pai é infinita, não existe razão plausível para que alguém que se mantenha envolto por energias positivas, conduzindo sua vivência embasada nos ensinamentos crísticos e vibrando sempre nesta frequência se torne uma vítima desamparada da ação do baixo astral. As adversidades que porventura lhe couberem certamente se darão por reajustes cármicos e não por ação espiritual nefasta. Não que estas pessoas tenham mais proteção ou sejam privilegiadas em relação àquelas que ainda não atingiram tal entendimento, mas a menor densidade energética resultante dos pensamentos elevados possibilitam aos amigos espirituais uma ação mais efetiva sobre seus tutelados. De forma inversa se encontram aqueles que estão envolvidos por uma carapaça de baixa densidade que por vezes anulam ou minimizam a ação benéfica da espiritualidade de luz.
O exercício da caridade sincera com o próximo certamente é um dos sentimentos mais elevados e que por um mecanismo de "retroalimentação positiva", seja pela vibração da pessoa que foi tocada pelo nosso gesto, seja por reconhecimento do plano espiritual, funciona como uma verdadeira usina geradora de energias benfazejas. Mesmo que esta conduta nos transforme em um alvo potencial a ser atingido pela ação das trevas, nos concede também uma espécie de "imunidade diplomática" que não pode ser ignorada pelos inimigos espirituais. Mas a efetividade desta proteção está diretamente relacionada com o equilíbrio que mantivermos em nosso estado vibratório, pois basta deixarmos nossos pensamentos penderem para longe do caminho cristão para que nossas defesas fiquem vulneráveis aos espíritos de baixo calão moral.
Desta forma, estejamos atentos pois o nosso pior inimigo está dentro de nós mesmos e se manifesta com força total quando os sentimentos sublimes ensinados pelo Mestre Jesus são esmaecidos pelo orgulho e pela indiferença com nossos irmãos de jornada.
Adriano - médium do Triângulo da Fraternidade
Se eventualmente nos tornamos irascíveis, intolerantes, impiedosos, afinizados com vícios e desregramentos, podemos estar simplesmente deixando aflorar personalidades pretéritas que pela misericórdia divina são sepultadas em nossa memória espiritual para possibilitar que na atual encarnação justamente possamos resgatar por nosso próprio merecimento os erros cometidos nas vivências em que vibrávamos dessa forma. Atribuir estas nossas condutas que não condizem com os ensinamentos do Evangelho a influências de entidades desencarnadas ou energias demandadas contra nós por terceiros é uma forma cômoda de nos desincumbirmos da responsabilidade por nossos próprios pensamentos e atitudes. O fato de admitirmos que não temos controle sobre nosso lado obscuro evidencia que cabe a nós a responsabilidade de vencermos esta batalha interior.
Como a misericórdia do Pai é infinita, não existe razão plausível para que alguém que se mantenha envolto por energias positivas, conduzindo sua vivência embasada nos ensinamentos crísticos e vibrando sempre nesta frequência se torne uma vítima desamparada da ação do baixo astral. As adversidades que porventura lhe couberem certamente se darão por reajustes cármicos e não por ação espiritual nefasta. Não que estas pessoas tenham mais proteção ou sejam privilegiadas em relação àquelas que ainda não atingiram tal entendimento, mas a menor densidade energética resultante dos pensamentos elevados possibilitam aos amigos espirituais uma ação mais efetiva sobre seus tutelados. De forma inversa se encontram aqueles que estão envolvidos por uma carapaça de baixa densidade que por vezes anulam ou minimizam a ação benéfica da espiritualidade de luz.
O exercício da caridade sincera com o próximo certamente é um dos sentimentos mais elevados e que por um mecanismo de "retroalimentação positiva", seja pela vibração da pessoa que foi tocada pelo nosso gesto, seja por reconhecimento do plano espiritual, funciona como uma verdadeira usina geradora de energias benfazejas. Mesmo que esta conduta nos transforme em um alvo potencial a ser atingido pela ação das trevas, nos concede também uma espécie de "imunidade diplomática" que não pode ser ignorada pelos inimigos espirituais. Mas a efetividade desta proteção está diretamente relacionada com o equilíbrio que mantivermos em nosso estado vibratório, pois basta deixarmos nossos pensamentos penderem para longe do caminho cristão para que nossas defesas fiquem vulneráveis aos espíritos de baixo calão moral.
Desta forma, estejamos atentos pois o nosso pior inimigo está dentro de nós mesmos e se manifesta com força total quando os sentimentos sublimes ensinados pelo Mestre Jesus são esmaecidos pelo orgulho e pela indiferença com nossos irmãos de jornada.
Adriano - médium do Triângulo da Fraternidade
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