MEDIUNIDADE DE TRANSPORTE II
Amigo
leitor para exemplificarmos parte do capítulo V do livro dos médiuns que trata
do assunto fenômeno de transporte, que postamos anteriormente, eu extraí, do
livro “Surgimento do espiritismo e os pesquisadores da mediunidade volume I,
onde Licurgo S de Lacerda Filho descreve o caso da médium, Agnes Nichol Guppy,
que possuía uma faculdade notável, ficaremos com o texto do Sr. Licurgo.
Boa
leitura e reflexão.
LUCIANO
DUDU
Agnes
Nichol Guppy (1850-1917) foi uma médium inglesa portadora de uma das
mediunidades preferidas pelos pesquisadores, a de transporte.
Agnes
casou-se com o milionário Samuel Guppy (? -?), Mem 1867. Consta que ela era
possuidora de temperamento vingativo, a tal ponto que muitos pesquisadores se
negaram a a pesquisar seus incríveis
dons mediúnicos. Na mesma época, a médium Florence Cook sobre a qual trataremos
no capítulo 13, desta terceira parte foi mais analisada; seu caráter era muito
mais dócil que o de Agnes, tal situação despertou o ciúme e a ira de Agnes
contra Florence.
A
descoberta e a educação da mediunidade de Agnes foram realizadas na presença
Alfred R Wallace, o pesquisador a conheceu quando foi visitar uma Irmã. Naquela
época , em 1865, ele estava iniciando suas experimentações.
Nas
primeiras reuniões com a médium ele observou o movimento de objetos sem
contato, mas isto era apenas o começo.
Um
dos fatos curiosos apontados pelo investigador foi que Agnes, apesar de possuir
proporções avantajadas levitava com frequência. Em algumas oportunidades foram
ouvidos sons musicais sem a presença de instrumentos.
Mas
a surpresa ainda viria quando a médium desenvolveu a capacidade de transportar.
Para
melhor ilustramos tomamos a liberdade de relatar os seguintes acontecimentos
extraídos do livro “Mulheres Médiuns”, de Carlos Bernardo Loureiro,
esclarecemos que as reuniões eram realizadas em recinto fechado:
“Por
vezes incontáveis, grande quantidade de flores e frutos cuja origem se
desconhecia totalmente, era lançada em cima da mesa de reuniões. Além da
abundância, ela atendia aos pedidos específicos. As irmãs da médium solicitavam
o fenômeno e eram atendidas quase sempre”.
“Quando
um amigo do Dr. Wallace pediu um girassol, uma espécime de 72 centímetros de
caule, com terra ao redor das suas raízes, caiu sobre a mesa.”
“Certa
vez, na casa de Sargeant Cox, uma grande quantidade de flores de estufas foram
lançadas”. Estava presente, na ocasião, a Princesa Margarida de Nápoles que
desejou receber amostras de cactos espinhentos. Seu estranho pedido foi
atendido prontamente e vários cactos caíram sobre a mesa.
Os
espinhos tiveram de ser colhidos com pinça. Acompanharam a solicitação de
urtigas picantes e flores alvas bastante malcheirosas que tiveram que ser
queimadas posteriormente. A Duquesa de Aprino, que também estava presente,
desejou receber areia de praia. Imediatamente, espalhou-se pelo ambiente, não
só a areia solicitada, como água salgada e estrela do mar ainda vivas. O
espantoso desse fenômeno é que o mar estava a cerca de 3.600 metros do local da
casa onde se realizavam as sessões. Tais fenômenos, porém, não eram raros.
Frequentemente, enguias vivas e lagostas eram trazidas para a câmara escura das
sessões.
“Caso
curioso no cão das folhagens aportadas é que elas chegaram queimadas e
tostadas. Explicou o dirigente espiritual da médium que isso era devido a
Eletricity was the potent nipper (A potente tesoura usada fora à
eletricidade).”
Mas
não nos determos apenas nestes episódios, mais surpresas vieram, e, para
aumentar a credibilidade, a médium passou a aturar na presença da luz, apenas
necessidade de um local escurecido para onde eram transportados os objetos
solicitados:
“Em
certa ocasião, durante a sessão com a Sra. Guppy na casa da Sra. Berry, um gato
branco e um cão maltês que pertenciam à médium, foram transportados para a sala
de reuniões. Além desses, três patos já preparados para entrarem no forno foram
trazidos pelo grupo. A seguir, uma enxurrada de borboletas caiu do teto sobre
os presentes.”
“Numa
outra sessão, uma chuva de penas de pato caiu formando um monte de vários
centímetros.”
“Todavia,
o acontecimento mais impressionante da sua carreira de médium foi o seu próprio
transporte da sua casa em Highbury para a Rua Lamb’s Candui, nº 61.
Encontravam-se a uma distância uma da outra, de mais de 4.800 metros. Tal fato
ocorreu devido a um pedido inconsequente e quase por brincadeira de um senhor
chamado Harrison. A Sra. Guppy se encontrava em sua casa em Londres,
organizando a contabilidade doméstica e, ao escrever a palavra cebola, foi
transportada, subitamente, em estado de transe profundo, meio despido e sem
sapatos, e colocada sobre a mesa da sala de reuniões. Estavam presentes, além
dos seus protegidos, Frank Heme e Charles Willian, oito participantes. E ela
apareceu segurando o livro-caixa e de camisola”.
Após
o desencarne de Samuel Guppy, Agnes curiosamente casou-se com Willian Volckmam
(? -?); ele agarrara a materialização do espírito Katie King, realizada por
meio da mediunidade de Florence Cook, contra quem Agnes voltara suas
“baterias”- esse episódio está registrado no capitulo 13, incluindo nesta
parte. O objetivo de Willian, ao agarrar a materialização, foi o de provar sua
crença de que ambas eram a mesma pessoa, obviamente que tal tentativa redundou
num flagrante fracasso.
Fonte:
Capitulo VIII – Transportes Extraordinários, A mediunidade na história humana:
surgimento do espiritismo e os pesquisadores da mediunidade I( volume 3),
Licurgo S de Lacerda, Araguari MG, Minas Editora, 2005.
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