Jesus no Cotidiano
Comemorávamos o aniversário de companheiro espírita, em sua residência. Após o apagar das velinhas, enquanto saboreávamos o bolo tradicional, falava-se a respeito de menores delinquentes que conturbam o ambiente social e geram intranquilidade na população.
Opiniões variadas, em favor da solução do problema, foram emitidas: – Reduzir a maioridade penal. Há marmanjos de 14 anos, que se livram da cadeia por serem menores…
– É preciso instituir medidas mais rigorosas, penalidades mais severas. Mesmo os que cometem delitos graves, pouco tempo estagiam na prisão…
– Os pais deveriam ser responsabilizados. Se não cuidam bem da educação dos filhos, favorecem a marginalidade…
– Culpa do governo também.
Deveria investir mais e melhor em benefício do menor carente…
Em dado momento, o irmão do dono da casa, ligado a uma igreja evangélica, pediu licença e falou, solene:
– É preciso instituir medidas mais rigorosas, penalidades mais severas. Mesmo os que cometem delitos graves, pouco tempo estagiam na prisão…
– Os pais deveriam ser responsabilizados. Se não cuidam bem da educação dos filhos, favorecem a marginalidade…
– Culpa do governo também.
Deveria investir mais e melhor em benefício do menor carente…
Em dado momento, o irmão do dono da casa, ligado a uma igreja evangélica, pediu licença e falou, solene:
Pois eu vos digo que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos Céus. (Mateus, 5:20.) Perturbador silêncio instalou-se no recinto, ante a inusitada sentença.
O dono da casa descontraiu, brincando:
– Chegou o profeta!
Embora rindo, demo-nos conta de algo de que ninguém cogitara em relação ao assunto: o parecer do Mestre dos mestres – Jesus.
O dono da casa descontraiu, brincando:
– Chegou o profeta!
Embora rindo, demo-nos conta de algo de que ninguém cogitara em relação ao assunto: o parecer do Mestre dos mestres – Jesus.
O “profeta” comentou:
– Desculpem o atrevimento, mas preocupa-me muito o fato de que, vivendo num país em que a vasta maioria da população é ligada a um movimento religioso que tem Jesus por Mestre, não nos preocupemos em apelar para o Evangelho na solução dos problemas humanos.
Como sabemos, a justiça dos escribas e fariseus, a que se refere Jesus no Sermão da Montanha, é a observância das leis ao pé da letra, sem nuances, sem avaliação mais profunda dos problemas humanos.
– Desculpem o atrevimento, mas preocupa-me muito o fato de que, vivendo num país em que a vasta maioria da população é ligada a um movimento religioso que tem Jesus por Mestre, não nos preocupemos em apelar para o Evangelho na solução dos problemas humanos.
Como sabemos, a justiça dos escribas e fariseus, a que se refere Jesus no Sermão da Montanha, é a observância das leis ao pé da letra, sem nuances, sem avaliação mais profunda dos problemas humanos.
Em se tratando de menores infratores, de nada adiantará observar leis humanas, torná-las mais rigorosas, antecipar a maioridade. É preciso eliminar as origens do mal, na família carente e desajustada, na falta de orientação religiosa, de educação adequada. E isso não é problema para os governos apenas. É desafio para toda a população de classe média e abastada. Quando todos se envolverem com problemas dessa natureza, eles serão resolvidos.
A feliz intervenção de nosso irmão evangélico sugere uma reflexão, amigo leitor, em torno de um desafio que raros se dispõem a enfrentar: trazer Jesus para o cotidiano.
Você seria capaz de fazer uma citação evangélica ou um comentário em torno das lições de Jesus fora do círculo religioso, numa reunião informal, num bate-papo, numa situação qualquer, no lar, na rua, no ambiente profissional, num aniversário?
Você seria capaz de fazer uma citação evangélica ou um comentário em torno das lições de Jesus fora do círculo religioso, numa reunião informal, num bate-papo, numa situação qualquer, no lar, na rua, no ambiente profissional, num aniversário?
Se responder afirmativamente, parabéns! Você é uma exceção. Raros fazem isso. As pessoas têm constrangimento, como se Jesus houvesse cogitado de assuntos do céu à distância da Terra. Quem fala de assuntos do céu, desbravando o Além, é o Espiritismo.
Todas as lições de Jesus, seus exemplos, suas parábolas, sua vivência estiveram sempre voltados para a existência humana, orientando-nos quanto ao melhor comportamento, a melhor decisão, a iniciativa mais proveitosa, o comentário mais oportuno, em qualquer situação.
Todas as lições de Jesus, seus exemplos, suas parábolas, sua vivência estiveram sempre voltados para a existência humana, orientando-nos quanto ao melhor comportamento, a melhor decisão, a iniciativa mais proveitosa, o comentário mais oportuno, em qualquer situação.
É preciso quebrar esse constrangimento, trazer Jesus para o cotidiano, estudar suas lições, associá-las aos nossos anseios e iniciativas e, sobretudo, familiarizar nossos filhos com suas luzes.
Neste particular, o grande recurso está no chamado Evangelho no Lar, uma reunião em família para conversar sobre Jesus, prática que vem sendo disseminada no meio espírita.
É muito simples. Elege-se dia e horário na semana, em que todos os membros da casa possam comparecer, observada a seguinte sequência: – Oração de abertura, pedindo o concurso dos bons Espíritos.
É muito simples. Elege-se dia e horário na semana, em que todos os membros da casa possam comparecer, observada a seguinte sequência: – Oração de abertura, pedindo o concurso dos bons Espíritos.
– Leitura de textos evangélicos à luz do Espiritismo.
– Troca de ideias em torno da leitura, sempre enfatizando o Evangelho como lente poderosa para compreender o que acontece no mundo.
– Vibrações em favor de pessoas necessitadas.
– Oração de encerramento, agradecendo pelas bênçãos recebidas. Em apenas trinta minutos de conversação espiritualizada, temos um abrir de portas à influência dos benfeitores espirituais, que nos ajudarão a fixar no cérebro o conhecimento do Evangelho, para que o coração se renda às virtudes cristãs.
Assim, onde quer que estejamos, teremos sempre na sabedoria da Boa Nova o pensamento mais oportuno, a conduta mais virtuosa, o estímulo renovado em favor de uma existência feliz e proveitosa, com Jesus em nosso cotidiano.
– Troca de ideias em torno da leitura, sempre enfatizando o Evangelho como lente poderosa para compreender o que acontece no mundo.
– Vibrações em favor de pessoas necessitadas.
– Oração de encerramento, agradecendo pelas bênçãos recebidas. Em apenas trinta minutos de conversação espiritualizada, temos um abrir de portas à influência dos benfeitores espirituais, que nos ajudarão a fixar no cérebro o conhecimento do Evangelho, para que o coração se renda às virtudes cristãs.
Assim, onde quer que estejamos, teremos sempre na sabedoria da Boa Nova o pensamento mais oportuno, a conduta mais virtuosa, o estímulo renovado em favor de uma existência feliz e proveitosa, com Jesus em nosso cotidiano.
- Richard Simonetti -
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