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22 de dez. de 2012

ALCOOLISMO





O alcoolismo ainda constitui um dos grandes flagelos que assolam a Humanidade, desequilibrando as normas da vida, provocando tragédias contínuas e contínuos desassossegos e enchendo os manicômios com uma percentagem aterradora.

Se, para a Humanidade, ele constitui esse mal avassalador, penetrando em todas as camadas e nela deixando a sua marca de tragédia com consequentes desesperos e lágrimas, para a ciência humana, constitui, também, um mal que não tem encontrado barreiras no seu ímpeto assolador e, pior do que isso – não tem permitido que se lhe anteponha uma terapêutica criteriosa, capaz se não de anular os seus efeitos, pelo menos, atenuar os seus males.

Ainda uma vez, a ciência dos homens entra com o seu contingente de culpa, deixando as células e os neurônios intoxicados sem possibilidade para um tratamento eficiente.

O materialismo da ciência humana continua sendo mesmo neste setor – vícios – o precipício à borda do qual pára, com os seus apetrechos, temerosa de sondar a voragem onde suas vis
tas não penetram, e através de cujas trevas não vislumbra um raio de luz ou um raio de esperança...

ALCOOLISMO – espectro horrendo que paira sobre os lares e as sociedades para deles arrancar, com as garras aduncas, os filhos, os esposos, os noivos, fazendo com que venham participar da sua cruzada imensa que segue para o país da desgraça, por entre lamentações lúgubres, levando pela estrada do desespero, os despojos da alegria e da felicidade...

E a ciência dos homens, incapaz de um auxílio direto, continua presenciando esse cortejo lúgubre, condoída e desesperada por não encontrar um recurso capaz de deter essa marcha ou atenuar as lamentações que se tornam mais sentidas e mais plangentes, quanto maior o número daqueles que reforçam as fileiras dos infelizes...

Materialidade! Materialidade!

Filtro que estimula o orgulho do saber, anuviando a razão e entorpecendo o raciocínio, não lhes permitindo acompanhar, pari-passu, a evolução que segue, indiferente, aos desentendimentos humanos.

Apegados aos males físicos, esquecem-se dos males psíquicos, ignorando a questão da sensibilidade mediúnica dos indivíduos e indiferentes a ação quase avassaladora de entidades desencarnadas e inteligentes.

Apoiados na hereditariedade orgânica com as suas consequências naturais ou patológicas, se esquecem da hereditariedade psíquica – acervo de vícios e intoxicações que o espírito traz de existências passadas...

Atribuem ao meio ambiente atual e aos arrastamentos dos amigos de agora, e não se lembram da possibilidade e da realidade dos meios e dos arrastamentos produzidos em vidas passadas!

Por vezes, apesar de não encontrar uma base sólida em todas essas conjeturas, digamos mesmo, leis, para a maioria, nem assim se desviam da velha rotina, procurando outras bases para melhor
 se firmarem nos diagnósticos e prognósticos.

E uma dessas leis e bases principais às quais se agarram para tudo explicar, mesmo compreendendo a fraqueza dos argumentos, é a hereditariedade patológica. No entanto, o papel da hereditariedade psíquica é muito mais importante, porquanto a sua ação se faz sentir em todo o terreno da patologia.

Em referência ao caso de que nos ocupamos, todos os médicos que trataram do enfermo, menos um, atribuíram ao arrastamento do meio, aliado às condições de vida social, dando o caso como perdido, devido à intoxicação das células e dos neurônios.

Longe de nós querermos negar o legado dos pais e antepassados, através de cujas gerações o mal persiste e os vícios se patenteiam. Todavia, só esse apoio é bastante frágil ante aquele que arrasta os indivíduos pela intoxicação, pela hereditariedade psíquica, sem o conhecimento da qual é difícil, impossível, mesmo, o saneamento e a luta contra o vício da embriaguez, vício que se impregna muito mais no psiquismo do que no terreno material, orgânico.

O alcoólatra leva consigo a herança mórbida – pois no laboratório da natureza, com a morte, o corpo apodrece e se consome, dispensando
-se os elementos com a decomposição.
A lepra, a tuberculose, o câncer, males que se estabelecem no corpo e usufruem os seus elementos químicos, se dispersam com a transformação, mas os vícios, como o álcool e os entorpecentes, são conservados pelo períspirito, sofrendo a intoxicação do seu ego, a intoxicação psíquica. 

Os primeiros males desaparecem com o corpo; os segundos persistem, pois o espírito não morre – continua a sua vida como repositório dos sentimentos, dos desejos.
Morto o alcoólatra, o seu espírito continua intoxicado e enfermo – tanto que se em vida humana o seu vício o levou ao manicômio, nos manicômios do espaço continuará para desintoxicação perispirital.

O medicamento, a vacina propícia para extirpar a tara psíquica da embriaguez é a noção da responsabilidade, a compreensão do dever, o desejo controlado, a boa vontade, escudos que todas as atuações psíquicas são impotentes para dominar.
Desejar e repelir são vontades inerentes ao espírito – são desejos psíquicos que se devem manter em equilíbrio para atração e repulsão dos fluidos, que convergem para si próprios.

Os médicos precisam pensar um pouco nesses fatores psíquicos e, principalmente, nas suas origens e nas suas causas, porque pode-riam fazer muito mais, ainda, aliviando dores e curando enfermos, aliando este tratamento psíquico baseado ao tratamento orgânico.

No maior número de vezes, esses dois males se reúnem, porque grande percentagem das criaturas são sensitivas e nos seus leitos de dor atraem entidades que vão aumentar a sua moléstia orgânica.

A assimilação fluídica entre encarnados e desencarnados é um fato, e os sensitivos os atraem pelo pensamento, exteriorizando os seus
 males, pensamento e exteriorização que, abrangendo zonas psíquicas, provocam a aproximação de entidades que, junto aos seus leitos, ora aumentam essas dores, ora lhes fazem sentir outros males, ora, ainda, lhes aguçam os vícios para usufruírem dos seus resultados.

Essa assimilação fluídica – agente invisível – não depende das pesquisas de laboratórios e análises – sim, dos trabalhos de investigação, estudando as mediunidades e a alma.


Várias observações enriquecem o nosso arquivo, observações que provam o prolongamento ou atenuação dos padecimentos de um enfermo, de conformidade com a aproximação ou afastamento das entidades cuja ação se faz sentir ou não, mormente para os casos de entorpecentes, quando essas entidades atuam mais, ainda, provocando oportunidades para a aplicação desses medicamentos, dos quais lançam mão os médicos que visam o sintoma dor.


Agem para que a dor seja mais intensa, obrigando o médico a dar novos entorpecentes, porque o espírito que atua é viciado e sente, também, o efeito do entorpecente...

O espírito sobrevive ao corpo, levando todos os sentimentos e todos os desejos – e almas atormentadas pelo vício são verdadeiros tóxicos que se deixam levar para fora da estrada dos bons sentimentos, arrastando também os seus irmãos encarnados, de cujas taras psíquicas se aproveitam em benefício próprio.

A verdadeira essência da vida está na vida psíquica.

Para que a medicina não se veja entravada na sua sublime missão, ela precisa ampliar o seu combate às causas orgânicas, atacando, também, as causas psíquicas. Para isso, precisa estudar e investigar com os ensinamentos que lhe oferece o Espiritismo, com as Leis da Imortalidade e da Reencarnação, a fim de que a sublimidade da sua missão seja ainda mais eficiente. 

(Dr. Inácio Ferreira, “A PSIQUIATRIA EM FACE DA REENCARNAÇÃO”, 1ª edição EDICEL). 
Publicado em 24/04/2008)

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