Pesquisar Assuntos Neste Blog

O PODER DA DOÇURA




O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.
Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.
O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras.
Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.
De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, Prêmio Nobel de Literatura de 1913:
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.
*   *   *
Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.
E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante.
Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo.
E conseguem modificar muitas coisas. Um sábio exemplo foi de Madre Teresa de Calcutá.
Antes dela e depois dela tem se falado em altos brados sobre miséria, fome e enfermidades que tomam comunidades inteiras.
Ela observou a miséria, a morte e a fome rondando os seus irmãos, na Índia. Tomou uma decisão. Agiu. Começou sozinha, amparando nos braços um desconhecido que estava à beira da morte nas ruas de Calcutá.
Fundou uma obra que se espalhou, com suas Casas de Caridade, por todas as nações.
Teve a coragem de se dirigir a governantes e homens públicos para falar de reverência à vida, de amor, de ação.
Não gritou, não esbravejou. Cantou a música do amor, pedindo pão e afeto aos pobres mais pobres.
Deixou o mundo físico mas conseguiu insculpir as linhas mestras do seu ideal em centenas de corações. Como a água mansa, ela cantou nos corações e os conquistou, amoldando-os para a dedicação ao seu semelhante.
*   *   *
Há muito amor em sua estrada que, por enquanto, você não consegue valorizar...
Busque se aplicar no dom de ver e, vendo a ação da presença do Criador, que é amor, na expressão mais alta, como conceituou o Apóstolo João, faça de sua passagem pelo mundo um dia feliz.
Se você espera ser útil e desaprova a paralisia do coração, procure amar, porque todos os mistérios da vida e da morte se encontram no amor... pois o amor é Deus!

Redação do Momento Espírita, com pensamento finais do cap. 22 do livro Rosângela, pelo Espírito homônimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 26.04.2011.
Leia mais

Visão Espírita da Páscoa



O Espiritismo não celebra a Páscoa, mas respeita as manifestações de religiosidade das diversas igrejas cristãs, e também não proíbe que seus adeptos manifestem sua religiosidade.

Páscoa, ou Passagem, simboliza a libertação do povo hebreu da escravidão sofrida durante séculos no Egito, mas no Cristianismo comemora a ressurreição do Cristo, que se deu na Páscoa judaica do ano 33 da nossa era, e celebra a continuidade da vida.

O Espiritismo, embora sendo uma Doutrina Cristã, entende de forma diferente alguns dos ensinamentos das Igrejas Cristãs.

Na questão da ressurreição, para nós, espíritas, Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos, com seu corpo espiritual, que chamamos de perispírito. 

Entendemos que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não precisou derrogar as leis naturais do nosso mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.

Isto não invalida a Festa da Páscoa se a encararmos no seu simbolismo.

A Páscoa Judaica pode ser interpretada como a nossa libertação da ignorância, das mazelas humanas, para o conhecimento, o comportamento ético-moral.

A travessia do Mar Vermelho representa as dificuldades para a transformação.

A Páscoa Cristã, representa a vitória da vida sobre a morte, do sacrifício pela verdade e pelo amor.

Jesus de Nazaré demonstrou que pode-se Executar homens, mas não se consegue matar as grandes idéias renovadoras, os grandes exemplos de amor ao próximo e de valorização da vida.

Como a Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, queremos deixar firmado o conceito que aprendemos no Espiritismo, que a vida só pode ser definida pelo amor, e o amor pela vida.

Foi por isso que Jesus de Nazaré afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, isto é, plena de amor.
 
 

Amílcar Del Chiaro Filho




Leia mais

1ª Mostra TVCEI de Vídeos Espíritas


É esta semana: 1ª Mostra TVCEI de Vídeos Espíritas
 A 1ª Mostra TVCEI de Vídeos Espíritas tem início nessa sexta-feira. A trajetória mediúnica de Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, as encarnações marcantes de Joanna de Ângelis e a história de quatro médiuns ostensivos e seus relatos desde a infância são os atrativos da Mostra TVCEI promovida pela TV do Conselho Espírita Internacional (TVCEI).  A 1ª Mostra TVCEI de Vídeos Espíritas ocorrerá de 29 de abril a 1º de maio e terá a presença de palestrantes da FEB e FEDF. O evento conta com apoio da Comunhão Espírita de Brasília e será realizado em seu auditório. Ao final de cada exibição o público pode participar de um debate sobre os documentários. Mais informações: www.tvcei.com 



http://www.febnet.org.br/
Leia mais

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA







A FEEC estará realizando dia 19 de junho um importante seminário com o conferencista baiano Divaldo P. Franco. Confira!

O seminário abordará importantes questões sobre esse momento de transição por que passa nosso planeta. Ao adquirir o livro homônimo ao tema do conclave, você recebe o ingresso para participar do seminário dia 19 de junho no Bouganville Buffet.

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES: Livraria Sinal Verde - Rua Princesa Isabel, 255 - Centro - Fort/CE - Fones (85) 3212.1092 - 3212.4268 e na Livraria Espírita Chico Xavier - Rua Major Facundo, 434, no Praça Shopping, Loja 16 B.




VAGAS LIMITADAS




LEIA O ORIGINAL
Leia mais

Anencefallia, um sofrimento programado pelas Soberanas Leis da Vida


Marcela de Jesus - 1 ano e 8 meses


Pode parecer que os argumentos contrários ao aborto provocado sejam temas exclusivamente da religião. Uma reflexão mais atenta, contudo, apontará para rumos da alçada da própria ciência. Embriogenistas já identificaram a presença, no zigoto, de registros ("imprints") mnemônicos próprios, que evidenciam a riqueza da personalidade humana, manifestando-se, muito cedo, na embriogênese. Em O Livro dos Espíritos Kardec indaga os Espíritos "Em que momento a alma se une ao corpo?" E a resposta em toda sua clareza é "... desde o instante da concepção, o espírito designado a habitar certo corpo, a este se liga por um laço fluídico".(1)
Pesquisas demonstram a competência do embrião, seja na capacidade para autogerir-se mentalmente; seja na adequar-se a situações novas; selecionar situações e aproveitar experiências. Destarte, há sóbrias razões científicas para ir de encontro ao aborto, sobretudo o do "anencéfalo". Sobre isso recordemos que com a biogenética vislumbramos a diversidade como o nosso maior patrimônio coletivo. E o embrião anormal, ainda que portador de séria insuficiência (anencefalia), compõe parte dessa diversidade. Deve ser, portanto, preservado e respeitado por subidas razões. Os argumentos tal qual justificam a morte do "anencéfalo" serão os mesmo que corroboram a subtração da vida de qualquer outra pessoa - ou será que existem pessoas com mais vida e outras com menos vida? "A decisão do STJ em liberar a realização de abortos em casos de anencefalia não é correta. O "anencéfalo" é um ser vivo intra-útero. Ele nasce com vida e vai a óbito com minutos, dias, meses ou após anos. Se ele nasce vivo, o aborto é criminoso, pois lhe ceifa a oportunidade e a experiência da reencarnação."(2)

Sobre o aborto, analisando-se a panorâmica geográfica da Terra observaríamos "o mundo atual estaria dividido em três partes iguais: uma parte que autoriza sem restrições (34 paises), outra parte que só autoriza em certos casos (37 paises) e uma terceira parte que não autoriza em nenhuma situação (33 países). Na América Latina só Cuba autoriza o aborto. O Brasil, com a infeliz medida ministerial, é o segundo país latino americano a autorizar abortos por anencefalia."(3) Divaldo Franco reflete sobre o assunto com o seguinte comentário: "o aborto, mesmo terapêutico, é imoral, segundo o conhecimento médico, o "anencéfalo" tem vida breve ou nenhuma. Assim sendo, por que interromper o processo reparador que a vida impõe ao espírito que se reencarna com essa deficiência? Será justo impedi-lo de evoluir, por egoísmo da gestante?".(4) O médium baiano recorda, ainda, "é torturante para a mãe que carrega no ventre um ser que não viverá, mais trata-se de um sofrimento programado pelas Soberanas Leis da Vida".(5) E mais "segundo benfeitores espirituais, a Terra vem recebendo verdadeiras legiões de espíritos sofredores e primários, que se encontravam retidos em regiões especiais e agora estão tendo a oportunidade de optar pelo bem de si mesmos".(6)Invoca-se o direito da mulher sobre o seu 

próprio corpo como argumento para a descriminalização do aborto, 


entendendo o filho como propriedade da mãe, sem identidade própria e é ela quem decide se ele deve viver ou morrer. "Não há dúvida quanto ao direito de escolha da mulher em ser ou não ser mãe.
Esse direito ela o exerce, com todos os recursos que os avanços da ciência têm proporcionado, antes da concepção, quando passa a existir, também, o direito de um outro ser, que é o do nascituro, o direito à vida, que se sobrepõe ao outro."(7) Reconhecemos que a mulher que gera um feto deficiente precisa de ajuda psicológica por um período. Mas seria importante que inclinasse seu coração à compaixão e à misericórdia, encontrando o real significado da vida. Até porque essas crianças podem ser amamentadas, reagem aos carinhos e, óbvio, criam vínculos com os seus pais! Embora as suas deficiências são seres humanos providos de alma, necessitadas de extremo afeto!Por fortíssimas razões não existem bases racionais que justifiquem o aborto dos chamados "anencéfalos", e as proposições usadas não apresentam consistência científica, legal e muito menos ética."A começar que não existem os "anencéfalos", porque o termo "anencéfalo" (an + encéfalo) literalmente significa ausência de encéfalo, quando se sabe que em verdade esses fetos possuem alguma estrutura do encéfalo, como o tronco encefálico, o diencéfalo e, em alguns casos, presença de hemisfério cerebral e córtex!"(8)
O feto denominado equivocamente de "anencéfalo" possui preservada a parcela mais entranhada do encéfalo, matriz, portanto do controle autômato de funções viscerais, a saber: batimentos cardíacos e capacidade de respirar por si próprio, ao nascer. "Como ainda são obscuros, para nós, os mistérios da relação cérebro-mente, não podemos permitir que nossa ignorância seja a condutora de decisões equivocadas como a do abortamento provocado desse feto."(9)
Há relatos, nas publicações médicas, de crianças "anencéfalas" que viveram por vários meses sem o auxílio do suporte ventilatório. Aqui em Sobradinho, onde resido há vários anos, temos a história da menina Manuela Teixeira (ou Manu), que embora sendo autorizado o seu aborto pela justiça, por causa de sua má formação, ela sobreviveu por mais de três anos. "Manu" é a única brasileira que sobreviveu a uma doença que leva à má-formação dos ossos do crânio. Médicos diziam que a deformidade era incompatível com a vida. "No mundo, apenas 21 crianças conseguiram vencer os sintomas da doença que leva à morte poucos minutos após o parto",(10) e a menina Manuela Teixeira "morreu depois completar três anos de nascida, no dia 14 de setembro de 2003".(11) Como se observa um feto, ainda que "anencéfalo", não perde a dignidade nem o direito de nascer.Os confrades favoráveis ao aborto do "anencéfalo" alegam que nele não há Espírito destinado à reencarnação conforme explica O Livro dos Espíritos. Porém, mister refletir que corpos para os quais poderíamos afirmar que nenhum espírito estaria destinado seriam os dos fetos teratológicos, monstruosos, que não têm nenhuma aparência humana, nem órgãos em funcionamento. Destarte, nada disto se aplica ao "anencéfalo", "que constitui-se em um organismo humano vivo,(...) a consciência responde-nos, portanto, que a única atitude compatível com a Lei do Amor é a da misericórdia, a da compaixão, para com o feto "anencéfalo"."(12)


Por fim cremos que mesmo na possibilidade de o feto ser portador de lesões graves e irreversíveis, físicas ou mentais, o corpo é o instrumento de que o Espírito necessita para sua evolução, pois que somente na experiência reencarnatória terá condições de reorganizar a sua estrutura desequilibrada por ações que praticou em desacordo com a Lei Divina. Dá-se, também, que ele se programe em um lar cujos pais, na grande maioria das vezes, estão comprometidos com o problema e precisam igualmente passar por essa experiência reeducativa.



E-Mail: jorgehessen@gmail.com
Site: http://jorgehessen.net/

FONTES:
1- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2003, perg. 344
2- Artigo: Razões Para Ser Contra o Aborto do Anencéfalo, publicado em Folha Espírita - Agosto/2004. Autoria de Laércio Furlan - médico e professor aposentado da UFPR; presidente da Associação Médico-Espírita do Paraná; coordenador da Campanha Vida, Sim À Gravidez - Não ao Aborto.
3- Eliseu F. Mota Jr disponível em acessado em 21/12/05
4- O jornal Folha Espírita, edição de janeiro de 2005.
5- Idem
6- Idem
7- (Este texto - O aborto na visão espírita - aprovado pelo Conselho Federativo Nacional em sua Reunião Ordinária de 13 a 15 de novembro de 1999, em Brasília, constitui o documento que a FEB está levando, como esclarecimento, à consideração das autoridades do Governo Federal, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário. As Entidades Federativas estaduais, por sua vez, realizam o mesmo trabalho junto aos Governadores, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vereadores, outras autoridades e ao público em geral, em seus Estados.) Cf. Revista Reformador, Nº 2051, Fevereiro de 2000
8- Artigo: Aborto dos Chamados "Anencéfalos": uma Violência sem Fundamento de Gilson Luís Roberto - Médico CREMERS - 18.749
9- Dra. Irvênia Luiza de Santis Prada, pesquisadora e professora titular emérita da USP com mais de uma centena de trabalhos publicados, especialista em neuroanatomia animal.acessado em 25/12/05
10- A criança que desafiou a medicina Lilian Tahan - Correio Braziliense (28/2/2003)
11- Jornal Correio Braziliense edição de15 set. 2003, p. 3, reportagem: " Morre criança com acrania"
12- Marlene Nobre, presidente das associações médico-espíritas Internacional e do Brasil



Leia mais sobre Marcela de Jesus


Leia mais sobre Aborto


Leia o Original Aqui



Leia mais

RELACIONAMENTO






Se dificuldades e provações te visitam, no relacionamento com o próximo, não te permitas requentar mágoas no coração.
Deixa que a confiança na Sabedoria Divina te dissipe qualquer sombra do pensamento, lembrando o Sol a desfazer nuvens diariamente para vitalizar e revitalizar os processos da vida.
Para isso, é imperioso que a compreensão te presida os impulsos. E a compreensão te fará saber que os outros são criaturas autônomas, gravitando sempre na direção de objetivos diferentes dos teus.
A certeza disso te livrará da solidão negativa, capaz de induzir-te a desânimo e desespero.
A verdade nos ensina que ninguém realiza o bem e nem caminha para o bem, sem os outros, mas porque isso aconteça, ninguém pode exigir que os outros lhe carreguem a existência, nas sendas a percorrer.
Os outros serão nossos cooperadores, intérpretes, associados e companheiros, enquanto
isso se lhes faça possível, ocorrendo o mesmo conosco, em relação a eles.
À vista disso, ama aos amigos sem prendê-los.
Esse terá sido o sustentáculo de tuas esperanças, por muito tempo; entretanto, é possível
surja um dia em que não consiga permanecer inteiramente ao teu lado, em face de novas tarefas que lhe despontam na senda.
Outro te entendia os propósitos, até ontem; no entanto, experiências, que se lhe fizeram
necessárias, alteraram-lhe provisoriamente os raciocínios.
Aceita-os quais se mostram, continuando a agir no exercício do bem e seguindo adiante
na construção da vida melhor em ti mesmo.
Ninguém aprende algo de bom e nem melhora a si mesmo, sem os outros, mas ninguém pode depender totalmente dos outros nas realizações que demande.
Nos momentos de mudanças e renovação para aqueles a quem mais amas, afasta de ti a idéia de separação e não te lastimes.
Prossegue trabalhando, porque, pelos Desígnios da Vida Superior, outros virão ao teu
encontro para a execução das tarefas que o mundo te conferiu e os que se afastam de ti voltarão depois, com mais força de amor, a fim de te auxiliarem ou serem auxiliados.
A verdade não se deteriora.
Somente perde os seres queridos aquele que possessivamente os procura, quando se fazem
distantes, porquanto quem ama, ama sempre, e de tal modo que, ainda mesmo quando os corações amados se distanciam, o coração que ama prossegue amando-os e abençoando-os, sabendo conscientemente que, pelas forças do espírito, jamais deles se afastará.


EMMANUEL  -   FRANCISCO CÂNDIDO  XAVIER 
   
Leia mais

Tuas Insatisfações



Capítulo 10, item 10

       “Um dos defeitos da Humanidade é ver o mal de outrem antes de ver o que está em nós...”
       “... Incontestavelmente, é o orgulho que leva o homem a dissimular os próprios defeitos, tanto morais como físicos...”
(Capítulo 10, item 10.)

       Jovens, adultos, idosos, criaturas das varias posições sociais e dos mais diferentes contextos de vida, sofrem a aguilhoada da insatisfação.
       Muitos solteiros procuram incessantemente parceiros afetivos para que as “sarças da solidão” não possam alfinetar suas necessidades íntimas de se completar no amor, esquecendo-se, porém, de que a solidão é a falta de confiança em nós mesmos, quando nos rejeitamos e nos desprezamos, e não apenas a falta de alguém em nossas vidas.
       Muitos casados reclamam sistematicamente que já não vêem mais o cônjuge com os mesmos olhos de antes e, por isso, sentem-se desiludidos e abalados diante da união infeliz, que ou­trora julgavam acertada. Contudo, não observaram que a decep­ção não era com o outro, porém com eles próprios. Por não acei­tarem seus fracassos, é que projetam suas incompetências e insatisfações como sendo “pelos outros” e nunca “por si mesmos”.
       Várias criaturas enfrentam a pobreza, lutam incansavel­mente para a aquisição de recursos amoedados, tentando dessa forma sair das agruras da miséria. Não percebem, todavia, que prosperidade é uma atitude de espírito, e que quanto mais declaram à sua mente que estão abertas para aceitar a abundância do Universo, mais a consciência se torna próspera; que a verdadeira pros­peridade não se expressa em quantia de bens materiais que possu­em, mas no receber e no dividir todo esse imenso tesouro de possi­bilidades herdado pela nossa Criação Divina.
Muitos ricos labutam constantemente para acumular mais e mais, e afirmam que isso é necessário para assegurar a manu­tenção dos bens já amontoados, por previdência e cautela. Não se dão conta de que sua insatisfação é produto da ganância des­medida, por alimentar crenças de escassez e míngua e por acredi­tar que a riqueza é que os faz homens respeitados e considerá­veis, pois ainda não tomaram consciência do que é “ser” e do que é ter
Outros tantos buscam o poder, como forma de encobrir o desgosto e de se auto-afirmar perante o mundo, escravizando em plena atualidade criaturas simplórias e incautas, para satisfazer seu “ego neurótico”. O desânimo tomou tamanha dimensão em torno deles que acreditam que, mandando arbitrariamente e desrespei­tando leis e limites dos outros, podem eliminar o desalento que sem­pre os ameaça.
Jovens e adultos buscam dissimular a insatisfação interior, e para isso adquirem títulos acadêmicos, supondo que a outorga dessa distinção possa trazer-lhes permissão, diante da sociedade, para dominar e sobressair, com prestígio e capacidade que pensam possuir. O que ocorre, no entanto, é que não descobriram ainda o verdadeiro prestígio e capacidade, somente possíveis a partir do momento em que investirem em seus valores mais íntimos, em busca do autodomínio.
Insatisfação não se cura projetando-a sobre situações, pes­soas, títulos, poder, posições sociais, mas reconhecendo a fonte que a produz.
Jesus de Nazaré, o Sublime Preceptor das Almas, convoca-nos a distinguir as “verdadeiras traves” que não nos deixam avistar as “causas reais” de nossas insatisfações, e nos receita de forma implícita o remédio ideal: através do autodescobrimento, fazer emergir de nossas profundezas as matrizes de nossos compor­tamentos inadequados, que provocam essa incômoda atmosfera de “descontentamento” a envolver-nos de tempos em tempos.




Renovando Atitudes
Espírito - Hammed
Médiun - Francisco do Espírito Santo

Leia mais

Todos São Caminhos





Todos são caminhos
 Capítulo 18, item 5

       “... Por que essa porta tão estreita, que é dada ao menor número transpor, se a sorte da alma está lixada para sempre depois da morte? É assim que, com a unicidade da existência, se está incessantemente em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se amplia...”
(Capítulo 18, item 5.)

       Também os caminhos inadequados que tomamos ao longo da vida são parte essencial de nossa educação. A cada tropeço é preciso aprender, levantar novamente e retornar à marcha.
       Tudo o que sabemos hoje aprendemos com os acertos e erros do passado, e cada vez que desistimos de alguma coisa por medo de errar estamos nos privando da possibilidade de evoluir e viver.
       A estrada por onde transitamos hoje é nossa via de cresci­mento espiritual e nos levará a entender melhor a vida, no contato com as múltiplas situações que contribuirão com o nosso potencial de progresso.
       Devemos, no entanto, indagar de nós mesmos: “Será este realmente meu melhor caminho?”
       “Porventura é correta a senda por onde transito?”
       É justa a observação e têm propósito nossas dúvidas; por isso, raciocinemos juntos:
       Se Deus, perfeição suprema, nos criou com a probabilida­de do engano, modelando-nos de tal forma que pudéssemos encontrar um dia a perfeição, é porque contava com nossos encon­tros e desencontros na jornada existencial.
       Se nos gerou falíveis, não poderá exigir-nos comportamen­tos sempre irrepreensíveis, pois conhece nossas potencialidades e limites.
Se criaturas como nós aceitamos as falhas dos outros, por que o Criador em sua infinita compreensão não nos aceitaria como somos?
Pessoas não condenam seus bebês por eles não saber co­mer, falar e andar corretamente; por que espíritos ainda imaturos pagariam por atos e pensamentos que ainda não aprenderam a usar convenientemente, pela sua própria falta de madureza espiritual?
O que pensar da Bondade Divina, que permite que as almas escolham seu roteiro, de acordo com o livre-arbítrio, e depois cobrasse aquilo que elas ainda não adquiriram?
A Divindade é “Puro Amor” e sabe muito bem de nossos mananciais espirituais, mentais, psicológicos e físicos, ou seja, de nossa idade evolutiva, pois habita em nosso interior e sempre suaviza nossos caminhos.
Na justa sucessão de espaço e tempo, condizente com o nosso grau de visão espiritual, recebemos, por meio do fluxo divino, a onipresença, a onisciência e a onipotência do Criador em forma de “senso de rumo certo”, para trilharmos as rotas necessárias àampliação de nossos sentimentos e conhecimentos. Diz a máxima:
“Não se colhem figos dos espinheiros”; (1) ora, como impor metas sem levar em conta a capacidade de escolha e de discernimento dos indivíduos?
Efetivamente, nosso caminho é o melhor que podíamos escolher, porque em verdade optamos por ele, na época, segundo nosso nível de compreensão e de adiantamento. Se, porém, achamos hoje que ele não é o mais adequado, não nos culpemos; simples­mente mudemos de direção, selecionando novas veredas.
A trilha que denominamos “errada” é aquela que nos possi­bilitou aprendizagem e o sentido do nosso “melhor”, pois sem o erro provavelmente não aprenderíamos com segurança a lição. Nós mesmos é que nos provamos; a cada passo experi­mentamos situações e pessoas, e delas retiramos vantagens e am­pliamos nosso modo de ver e sentir, a fim de crescermos natural­mente, desenvolvendo nossa consciência.
Ninguém nos condena, nós é que cremos no castigo e por isso nos autopunimos, provocando padecimento com nossos gestos mentais.
Aceitemos sem condenação todas as sendas que percor­remos. Todas são válidas se lhes aproveitarmos os elementos educa­tivos, porque, assim somadas, nos darão sabedoria para outras ca­minhadas mais felizes.
Mesmo aquelas trilhas que anotamos como caminhos do mal, não são excursões negativas de perdição perante a vida, mas somente equivocadas opções do nosso livre-arbítrio, que não deixam de ser reeducativas e compensatórias a longo prazo.
Cada um percorre a estrada certa no momento exato, de conformidade com seu estado de evolução. Tudo está certo, por­que todos estamos nas mãos de Deus.

(1) Lucas 6:44.





Renovando Atitudes
Espírito -  Hammed
Médium - Francisco do Espirito Santos
Leia mais

Autoperdão





Capítulo 10, item 15

       “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo...
       “... porque se sois duros, exigentes, inflexí­veis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve, como quereis que Deus esqueça que, cada dia, tendes maior necessidade de indulgência?... “
(Capítulo 10, item 15.)

       Nossas reações perante a vida não acontecem em função apenas dos estímulos ou dos acontecimentos exteriores, mas tam­bém e sobretudo de como percebemos e julgamos interiormente es­ses mesmos estímulos e acontecimentos. Em verdade, captamos a realidade dos fatos com nossas mais íntimas percepções, desenca­deando, conseqüentemente, peculiares emoções, que serão as bases de nossas condutas e reações comportamentais no futuro.
       Portanto, nossa forma de avaliar e de reagir e, as atitudes que tomamos em relação aos outros, conceituando-os como bons ou maus, é determinada por um sistema de autocensura que se encontra estruturado em nossos “níveis de consciência” mais profundos.
       Toda e qualquer postura que assumimos na vida se prende à maneira de como olhamos o mundo fora e dentro de nós, a qual pode nos levar a uma sensação íntima de realização ou de frustra­ção, de contentamento ou de culpa, de perdão ou de punição, de acordo com o “código moral” modelado na intimidade de nosso psiquismo.
       Esse ‘julgador interno” foi formado sobre as bases de con­ceitos que acumulamos nos tempos passados das vidas incontáveis, também com os pais atuais, com os ensinamentos de professores, com líderes religiosos, com o médico da família, com as autorida­des políticas de expressão, com a sociedade enfim.
Também, de forma sutil e quase inconsciente, no contato com informações, ordens, histórias, superstições, preconceitos e tradições assimilados dos adultos com quem convivemos em longos períodos de nossa vida. Portanto, ele, o julgador interno, nem sempre condiz com a realidade perfeita das coisas.
Essa “consciência crítica”, que julga e cataloga nossos fei­tos, autocensurando ou auto-aprovando, influencia a criatura a agir do mesmo modo que os adultos agiram sobre ela quando criança, punindo-a, quando não se comportava da maneira como aprendeu a ser justa e correta; ou dando toda uma sensação de aprovação e reconforto, quando ela agia dentro das propostas que assimilou como sendo certas e decentes.
A gênese do não-perdão a si mesmo está baseada no tipo de informações e mensagens que acumulamos através das diversas fases de evolução de nossa existência de almas imortais.
Podemos experimentar culpa e condenação, perdão e liber­dade de acordo com os nossos valores, crenças, normas e regras, vigentes, podendo variar de indivíduo para indivíduo, conforme seu país, sexo, raça, classe social, formação familiar e fé religiosa. Entendemos assim que, para atingir o autoperdão, é necessário que reexaminemos nossas convicções profundas sobre a natureza do nosso próprio ser, estudando as leis da Vida Superior, bem como as raízes da educação que recebemos na infância, nesta existência.
Uma das grandes fontes de auto-agressão vem da busca apressada de perfeição absoluta, como se todos devêssemos ser deuses ou deusas de um momento para outro. Aliás, a exigência de perfeição é considerada a pior inimiga da criatura, pois a leva a uma constante hostilidade contra si mesma, exigindo-lhe capacidades e habilidades que ela ainda não possui.
Se padrões muito severos de censura foram estabelecidos por pais perfeccionistas à criança, ou se lhe foi imposto um senso de justiça implacável, entre regulamentos disciplinadores e rígidos, provavelmente ela se tornará um adulto inflexível e irredutível para com os outros e para consigo mesmo.
Quando sempre esperamos perfeição em tudo e confron­tamos o lado “inadequado” de nossa natureza humana, nos sentire­nos fatalmente diminuídos e envolvidos por uma aura de fracasso. Não tomar consciência de nossas limitações é como se admitíssemos que os outros e nós mesmos devêssemos ser oniscientes e todo-poderosos. Afirmam as pessoas: “Recrimino-me por ter sido tão ingênuo naquela situação...”; “Tenho raiva de mim mesmo por ter aceitado tão facilmente aquelas mentiras...” “Deveria ter previsto estes problemas atuais”; “Não consigo perdoar-me, pois pensei que ele mudaria...”. São maneiras de expressarmos nossa culpa e o não-perdão a nós mesmos - exigências desmedidas atribuídas às pessoas perfeccionistas.
Os viciados em perfeição acham que podem fazer tudo sem­pre melhore, portanto, rejeitam quase tudo o que os outros fazem ou fizeram. Não aceitam suas limitações e não enxergam a “perfeição em potencial” que existe dentro deles mesmos, perdendo assim a oportunidade de crescimento pessoal e de desenvolvimento natu­ral, gradativo e constante, que é a técnica das leis do Universo.
A desestima a nós próprios nasce quando não nos aceita­mos como somos. Somente a auto-aceitação nos leva a sentir plena segurança ante os fatos e ocorrências do cotidiano, ainda que os indivíduos ao nosso redor não entendam nossas melhores intenções.
O perdão concede a paz de espírito, mas essa concessão nos escapará da alma se estivermos presos ao desejo de dirigir os passos de alguém, não respeitando o seu propósito de viver.
Devemos compreender que cada um de nós está cumprin­do um destino só seu, e que as atividades e modos das outras pes­soas ajustam-se somente a elas mesmas. Estabelecer padrões de comportamento e modelos idealizados para os nossos semelhantes é puro desrespeito e incompreensão ante o mecanismo da evolu­ção espiritual. Admitir e aceitar os outros como eles são nos permite que eles nos admitam e nos aceitem como somos.
Perdoar-nos resulta no amor a nós mesmos - o pré-requisito para alcançarmos a plenitude do “bem viver”.
Perdoar-nos é não importar-nos com o que fomos, pois a renovação está no instante presente; o que importa é como so­mos hoje e qual é nossa determinação de buscar nosso progresso espiritual.
Perdoar-nos é conviver com a mais nítida realidade, não se distraindo com ilusões de que os outros e nós mesmos “deveríamos ser” algo que imaginamos ou fantasiamos.
Perdoar-nos é compreender que os que nos cercam são reflexos de nós mesmos, criações nossas que materializamos com nossos pensamentos e convicções íntimas.
O texto em estudo - “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo” - quer dizer: enquanto não nos libertarmos da ne­cessidade de castigar e punir o próximo, não estaremos recebendo a dádiva da compreensão para o autoperdão.
Adaptando o excerto do apóstolo Paulo às nossas vidas, perguntamo-nos: “...porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve...”, como haveremos de criar oportunidades novas para que o “Divino Processo da Vida” nos fecunde a alma com a plenitude do Amor e, assim, possamos perdoar-nos?



Renovando Atitudes
Espírito - Hammed
Médium -  Francisco do Espirito Santos


Leia mais

VOTE AQUI

Postagens Populares

Isto não é Espiritismo - Frases, Fotos e Luzes

Minha lista de blogs

POST POR ASSUNTOS

a (1) ABORTO (9) ADULTÉRIO (1) ALCOOLISMO (1) Allan Kardec (11) ALMA (2) ANENCEFALIA (5) ANIMAIS (4) ANIMISMO (5) ANJOS (2) ANOREXIA (1) ANSIEDADE (1) APARIÇÕES (4) Artigo (524) AS DORES DA ALMA (12) AS DORES DA ALMA;ORGULHO (1) ÁUDIO E VIDEO (2) BIOGRAFIA (12) BULLYING (2) CALUNIA (4) CÂNCER (1) CARÊNCIA (1) CARIDADE (14) CARNAVAL (4) CASAMENTO (6) CASOS (5) CATARINA DE SIENA (1) CENTRO ESPIRITA (3) CHACRA (1) CHICO XAVIER (243) CIRURGIAS ESPIRITUAIS (6) CIUMES (2) CLONAGEM (1) CONVIVER E MELHORAR (7) CREMAÇÃO (1) CRIANÇA INDIGOS (8) CRIANÇAS (8) CULPA (1) DEPRESSÃO (16) DIALOGO COM AS SOMBRAS (28) DIVALDO FRANCO (145) DIVORCIO (2) DOAÇÃO DE ORGÃOS (1) DOENÇAS (8) DORA INCONTRI (12) DOWNLOAD (5) DUENDES (1) EMMANUEL (67) ENTREVISTA (25) EQM (4) ESPIRITISMO (5) ESPIRITO (26) EUTANÁSIA (4) EVENTO (121) EXILADOS DE CAPELA (2) FAMILIA (26) FANATISMO (3) (2) FEIRA DO LIVRO ESPIRITA (11) FELICIDADE (5) FILHO ADOTIVO (6) FILHOS (22) FILME (36) FINADOS (4) FLUIDO (2) FOTOS (17) GUERRA (2) HOMOSSEXUALIDADE (20) HUMOR (4) INVEJA (2) Joana de Ângelis (100) JORGE HESSEN (24) JORGE HESSEN art (3) LIVRE ARBITRIO (4) LIVRO (56) LIVRO DOS ESPIRITOS (2) LUTO (2) MÃE (3) MÁGOA (5) MALEDICÊNCIA (2) MARILYN MONROE (1) MEDIUM (67) MEDIUNIDADE (83) MELANCOLIA (1) MELINDRE (4) MENSAGEM (375) MESA GIRANTE (2) MÔNICA DE CASTRO (8) MORTE (60) MOURA FÉ (62) MUSICA (6) NILZA AZEVEDO (10) NOTICIAS (236) OBSESSÂO (20) ORGULHO (3) PASCOA (2) PÁSCOA (3) PASSE (9) PEDOFILIA (2) PERDÃO (15) PERISPIRITO (6) PERSONAGEM DA BOA NOVA (6) PINTURA MEDIUNICA (4) POESIA (10) PRECONCEITO (22) PROVAS (13) PSICOGRAFIA (4) QUALIDADE NA PRATICA MEDIUNICA (10) RECOMEÇAR (2) REENCARNAÇÃO (37) REFLEXÃO (104) RELACIONAMENTO (35) RELIGIÃO (1) RENOVANDO ATITUDES (31) S (1) SEMESPI (17) SEXO (14) Síndrome de Down (1) Síndrome do Pânico (1) SOLIDÃO (2) SONAMBULISMO (4) SUICIDIO (11) TATUAGEM (1) TOLERANCIA (3) TÓXICOS (5) TRAGÉDIA (5) TRANSTORNO BIPOLAR (1) TRISTEZA (1) VAIDADE (2) VAMPIRISMO (5) VIAGEM ASTRAL / DESDOBRAMENTO (1) VIDEO (28) VINHA DE LUZ (3) VIOLENCIA (2) ZIBIA GASPARETTO (6)