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5 de jun. de 2010

Qualidade na Prática Mediunica(36 ao 41) - Projeto Manoel P. de Miranda


Sintonia, Sofrimento e Mediunidade, Beneficios da Prática Mediúnica


Sintonia

32. - O que poderá ser feito pelo médium para sintonizar com os Instrutores Espirituais que supervisionam sua tarefa mediúnica?
A questão da sintonia vibratória é de real importância nos cometimentos da educação mediúnica.
À medida que o estudo faculta o conhecimentos dos recursos medianímicos, a compreensão da vivência pautada em atos de amor e caridade fraternal propicia um eficaz intercâmbio entre os Espíritos e os homens, que dos últimos se acercam atraídos pelos apelos, conscientes ou não, que lhes chegam do plano físico.
Dínamo gerador e antena poderosa, o cérebro transmite e capta as emissões mentais que procedem de toda parte, num intercâmbio de forças ainda não necessariamente catalogadas, que permanecem sem o competente controle capaz de canalizá-las para finalidades educativas de alto valor.
Nesse contubérnio de vibrações que se mesclam e confundem, gerando perturbações físicas e psíquicas, estimulando sentimentos que se desgovernam, o campo mediúnico se apresenta na condição de uma área perigosa quando não convenientemente cultivado.
Em razão desse inter-relacionamento vibratório, mentes desencarnadas ociosas ou más estabelecem conúbios que desarticulam o equilíbrio dos homens, dando gênese a problemas graves nos diversos e complexos setores da vida.
Agastamentos e dispepsia, irritação e úlceras, cólera e gastrite, ciúme e neurose, mágoa e distonia emocional, revolta e dispnéia, ódio e extra-sístole entre outros fenômenos que aturdem e enfermam as criaturas, podem ter suas causar nessa sintonia generalizada com os Espíritos, quer encarnados ou desencarnados.
Quando diminuem no organismo, os fatores imunológicos, sob qualquer ação, instalam-se as infecções.
Campo descuidado, vitória do matagal.
Águas sem movimento, charco em triunfo.
Órgãos que não funcionam, atrofia em instalação.
Indispensável ergueres o padrão mental através do conhecimento espírita e da ação cristã.
O estudo dar-te-á diretriz, oferecendo-te métodos de controle e disciplina psíquica, enquanto a atitude conceder-te-á à renovação íntima e conquista de valores morais.
A mente voltada para os relevantes compromissos da vida harmoniza-se, na mesma razão em que as ações de benemerência granjeiam títulos de enobrecimento para a sua agente.
Os Espíritos Superiores respondem aos apelos que lhe são dirigidos conforme a qualidade vibratória de que os mesmos se revestem.
Eis porque a paciência no contato com a dor dos semelhantes envolve o ser numa aura de paz, com sutis vibrações especificas que emitem e recebem ondas equivalentes.
Da mesmo forma, a atitude pacífica e pacificadora, o exercício da caridade como materialização do amor fraternal, o perdão indistinto, e a compreensão das faltas e deficiências alheias, proporcionam um clima vibratório que atrai as Entidades Elevadas interessadas no progresso do mundo e das criaturas que nele habitam.
Mente e sentimento, cultivando o estudo e o bem, transformam-se em usina de elevado teor, emitindo e captando mensagens superiores que trabalham para o bem geral.
(Otimismo, Cap. 53, Joanna de Angelis~/Divaldo P. Franco - LEAL)


33. - E como preservar-se, o médium, da sintonia com mentes perniciosas do Mundo Espiritual para não se fascinar por fantasias espirituais, nem desviar-se de seus compromissos?
O exercício da mediunidade através da diretriz espírita é ministério de enobrecimento, atividade que envolve responsabilidade e siso.
Não comporta atitudes levianas, nem admite a insensatez nas suas expressões.
Caracteriza-se pela discrição e elevação de conteúdo, a serviço da renovação do próprio médium, quanto das criaturas de ambas as faixas do processo espiritual: fora e dentro da carne.
Compromisso de alta significação, é também processo de burilamento do médium, que se deve dedicar com submissão e humildade.
Exige estudo contínuo para melhor aprimoramento da filtragem das mensagens, meditação e instropecção com objetivos de conquistar mais amplos recursos de ordem psíquica e trabalho metódico, através de cujos cometimentos o ritmo de ação propicia mais ampla área de percepção e registro.
Em razão disso, a mediunidade digna jamais se coloca a serviço de puerilidades e fantasias descabidas, fomentando fascinação e desequilíbrio, provocando impactos e alienando os seus aficionados...
Não se oferece para finalidades condenáveis, nem se torna móvel de excogitações inferiores, nunca favorecendo uns em detrimento de outros.
Corrige a ótica de tua colocação a respeito da mediunidade.
Evita revelações estapafúrdias, que induzem a estados patológicos e conduzem a situações ridículas.
Poupa-te à tarefa das notícias e informações deprimentes, desvelando acontecimentos que te não dizem respeito e apontando Entidades infelizes como causa dos transtornos daqueles que te buscam.
Sê cometido no falar, no agir, no auxiliar.
Reconhece a própria insipiência e dependência que te constituem realidade evolutiva, sem procurar parecer missionário, que não és, nem tampouco privilegiado, que sabes estar longe dessa injusta condição em relação aos teus irmãos.
Não uses das tuas faculdades mediúnicas para ampliar o círculo das amizades, senão para o serviço ao próximo, indistintamente.
Deixa-te conduzir pelas correntes superiores do serviço com Jesus e, fiel a ti mesmo, realizarás a tarefa difícil e expurgatória com a qual estás comprometido, em razão do teu passado espiritual deficiente.


(Otimismo, Cap. 52, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco - LEAL)


34. - Qual a influência exercida pelo padrão vibratório do médium na sua sintonia com os Mentores para uma comunicação mediúnica portadora de filtragem ideal?
Porque se interpenetram os mundos corporais e espiritual, estudando o fenômeno mediúnico, não podemos desconsiderar a sintonia perfeita que é fator preponderante para o intercâmbio espiritual.
Criar um clima vibratório-padrão que faculte perfeita filtragem mediúnica - eis o cometimento que se deve impor o sensitivo, mediante sensata e cotidiana conduta moral e mental, que lhe propiciará condições sem as quais o tentame de ordem espírita elevada não se consumará.
Sendo a mente uma estação transceptora em ação constante, em torno dela vibram outras mentes, transmitindo e recebendo sem solução de continuidade, de tal modo que, ao serem conseguidas as afinidades de onda, consciente ou inconscientemente, produzem-se os fenômenos parapsíquicos.
Nesse capítulo somente ocorrem os fenômenos mediúnicos quando os centros receptores são localizados pelos centros emissores encarnados ou desencarnados.
Equivale dizer que o padrão vibratório que o médium alcance é de relevante importância no intercâmbio espiritual.
Conveniente, portanto, que nos predisponhamos para conseguir o tono vibratório de natureza ideal, a fim de ascendermos na direção das emissões mais sutis, conectando com as Esferas Mais Altas da Vida, como descer, sem abandonar a faixa do equilíbrio, para sintonizar com as mentes atormentadas de esferas mais densas, onde as ondas estão sobrecarregadas de estática, produzida pelas íntimas distonias de ordem moral-espiritual dos comunicantes.
Com este trabalho de conscientização de deveres e realizações, lograremos desincumbir-nos de tarefa socorrista aos irmãos sofredores, sem que conservemos os resíduos que constituem cargas deletérias nas engrenagens sutis do mecanismo mediúnico.
Habitualmente, por processo de sintonia indireta ou inconsciente, são absorvidos tóxicos que se incorporam ao metabolismo orgânico e psíquico e produzem diversas distonias emocionais e algumas enfermidades orgânicas.
Criemos condições interiores capazes de dar uma média de equivalência vibratória padrão para que nosso labor, sob controle do Cristo, possa oscilar na faixa de registro, elevando-a ou descendo-a com segurança, sem os riscos das perturbações que decorrem do irregular exercício da mediunidade.


(Intercâmbio Mediúnico, Cap. 28, João Cleófas/Divaldo P. Franco - LEAL)


35. - Como orientar o médium de transe consciente na questão sintonia?


Na problemática da mediunidade, a questão de relevância não se prende à lucidez pela consciência ou ao sono pela inconsciência para o fenômeno ser autêntico, antes à sintonia que resulta dos processos de vinculação mental do sensitivo com as idéias e interesses que melhor lhe aprouveram. De pouca monta a celeuma como a desconfiança em torno das manifestações por psicofonia e por psicografia sob o controle consciente do médium.
A relevância está no comportamento moral deste, do que resultará o conteúdo da mensagem, porquanto, de acordo com as construções mentais e o clima psíquico de cada um, serão atraídos os Espíritos que se afinam por semelhança e necessidade emocional.
Sem dúvida, o escrúpulo deve sempre nortear o indivíduo em todos os labores a que se afervore. Todavia, convém não se desconsiderar que o excesso de cautela é tão pernicioso quanto a sua falta.
Não te escuses de produzir mediunicamente, porque se te assomem conflitos, quanto ao estágio na consciência em que por enquanto te encontras.
Procura desincumbir-te do ministério, arrimado às santas intenções, e estruturado nos postulados do conhecimento doutrinário, com cujos valores não tropeçarás.
De forma alguma cultives receios improcedentes tais como fantasmas do animismo e da mistificação.
Em todo processo mediúnico, intelectual ou físico, sempre encontrarás algo que se exterioriza do instrumento. Nem poderia ser diferente.
Mediunidade, como o próprio nome diz, é meio. A finalidade é o progresso do medianeiro, como o daqueles que o cercam num como noutro plano da vida.
Consciente das responsabilidades, mantendo lucidez mental durante a ocorrência do fenômeno, não delinqüirás.
A vigília auxiliar-te-á a corrigir os excessos e a disciplinar os abusos.
Paulatinamente, mediante o exercício metódico das faculdades mediúnicas, e através da conduta correta no bem, conjugando a oração ao trabalho, lograrás o êxito e os resultados felizes que nelas.
Muito melhor para o trabalho na Seara do Bem o médium consciente, cujos deveres estão em pauta de equilíbrio, aos inconscientes, cujo comportamento os assinala com irresponsabilidade e insensatez.
A consciência ou lucidez durante o transe não te constituam empeço ao desempenho das tarefas que te cabe desenvolver.


(Rumos Libertadores, Cap. 43, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco - LEAL)






Sofrimento e Mediunidade



36. E os infortúnios sociais, desaires, têm alguma relação com a mediunidade?
Conceituam alguns, erradamente, que a mediunidade constitui "um calvário" para a criatura humana, sendo não raro, uma estrada de difícil vencida, onde se encontram sombras e dores superlativas... Outros, menos avisados e desconhecedores da sua finalidade, asseveram que os reveses da sorte e as dificuldades sócio-econômicas, bem como os problemas de saúde resultam de encontrar-se a mediunidade mal desenvolvida ou porque o médium, incipiente, não tem desejado trabalhar, a fim de libertar-se das injunções conflitantes, afligentes... Outros ainda ensinam que o não cultivo da mediunidade traz danos lamentáveis, desgraças ao lar e, às vezes, até a morte...
E a mediunidade passa a ser considerada uma punição de que se utilizam as soberanas leis para justiçar os infratores ou para convocá-los ao caminho da retidão.
Em verdade, tais conceitos são destituídos de base legítima e resultam da desinformação e de apressadas opiniões de pessoas passadistas, que arremetem com palpites, desejando fazer proselitismo pelo medo, através de ardis desnecessários, negativos.
Claro que uma faculdade psíquica preciosa, qual a mediunidade, que o Espírito recebe como concessão da Divindade para o seu progresso - exceção feita à mediunidade atormentada, em razão de gravames pretéritos do próprio ser - requer disciplina, exercício correto, estudo, conhecimento das próprias possibilidades, moralidade... Relegada ao abandono, improdutiva ou usada irresponsavelmente, transforma-se em flagício para o seu possuidor, face aos deveres assumidos perante a vida e às ligações com os desencarnados, que se vinculam por naturais processos de afinidade.
Enxada à margem do trabalho, ferrugem inevitável.
Lentes e objetos à umidade, bolor em desenvolvimento.
Pouca movimentação e uso, problemas no equipamento.
São efeitos naturais nas circunstâncias em que as imposições do trabalho não são consideradas.


(Enfoques Espíritas, Cap. 21, Vianna de Carvalho/Divaldo P Franco - LEAL)


37. - A outorga da mediunidade de prova está relacionada com os sofrimentos a expungir por parte do médium, na existência física?
A faculdade de prova, conforme muito bem a conceituou o Codificador, geralmente é experiência ditosa, a cujo exercício o ser se alça das baixas vibrações para as faixas superiores da vida. As dores e dificuldades a vencer não decorrem do fato mediúnico, mas ante dos débitos do médium, efeito da sua leviandade, invigilância e ações negativas, que ora lhe pesam como justa carga de que se deve liberar como as demais criaturas, mediante esforço e sacrifício, renúncia e amor. Ainda aí, a mediunidade se lhe torna porta valiosa de alforria, em se considerando os benefícios que pode oferecer aos companheiros de jornada terrena, aos desencarnados aflitos, ou, mesmo, facultando aos seus como Benfeitores da Humanidade a promoção do progresso do homem pelo ensino, pela revelação, por meio do intercâmbio feliz, genuíno...


( Enfoques Espíritas, Cap. 21, Vianna de Carvalho/Divaldo P. Franco - LEAL)


38. E quando o médium que efetivamente se dedica ao labor socorrista apresenta desordens emocionais, físicas e psíquicas e a elas se demora algemado, a que atribuir o fato?
A mediunidade, como qualquer outra faculdade orgânica, exige cuidados específicos para um desempenho eficaz quão tranqüilo.
Os distúrbios que lhe são atribuídos decorrem das distonias emocionais do seu portador que, Espírito endividado, reencarna-se enredado no cipoal das próprias imperfeições, das quais derivam seus conflitos, suas perturbações, sua intranqüilidade.
Pessoas nervosas apresentam-se inquietas, instáveis em qualquer lugar, não em razão do que fazem, porém, pelo fato de serem enfermas.
Atribuir-se, no entanto, à mediunidade a psicogênese das nevropatias é dar um perigoso e largo passo na área da conceituação equivocada.
O homem deseducado apresenta-se estúrdio e incorreto onde se encontre. Nada tem a ver essa conduta com a filosofia, a aptidão e o trabalho a que se entrega, porquanto o comportamento resulta dos seus hábitos e não do campo onde se localiza.
Justificam, os acusadores, que os médiuns sempre se apresentam com episódios de desequilíbrio, de depressão ou exaltação, sem complementarem que os mesmos são inerentes à personalidade humana e não componentes das faculdades psíquicas.
Outrossim, estabelecem que os médiuns são portadores de personificações arbitrárias, duplas ou várias, liberando-as durante o transe, favorecendo, assim, as catarses psicanalíticas. Se o fora, eis uma salutar terapia liberativa que poderia propiciar benefícios incontáveis aos enfermos mentais. Todavia, dá-se exatamente o contrário; não se tratam de personalidades esdrúxulas do inconsciente as que se apresentam nas comunicações, mas de individualidades independentes que retornam ao convívio humano procedentes do mundo espiritual, demonstrando a sobrevivência à morte e fazendo-se identificar de forma insuspeita, consolando vidas, e, nos casos das obsessões, trazendo valioso contributo às ciências da mente, interessadas na saúde do homem.
Evidentemente, aparecem manifestações da personalidade ou anímicas que não são confundidas com as de natureza mediúnica, decorrentes das fixações que permanecem no inconsciente do indivíduo.
Na área dos fenômenos intelectuais, tanto quanto dos físicos, os dados se acumulam, confirmando a imortalidade do ser, que se despe dos subterfúgios para surgir com tranqüila fisionomia de vida plena.
Certamente, ocorrem, no médium, estados oscilantes de comportamento psicológico, o que é perfeitamente compreensível e normal, já que a mediunidade não o liberta da sua condição humana frágil.
A interação espírito-matéria, cérebro-mente, sofre influências naturais, inquietantes, quando se lhes associam, psiquicamente, outras mentes, em particular aquelas que se encontram em sofrimento, vitimadas pelo ódio, portadoras de rebeldia, de desequilíbrio.
A tempestade vergasta a natureza, que logo se recompõe, passada a ação danosa. Também no médium, cessada a força perturbadora, atuante, desaparecem-lhe os efeitos perniciosos.
Isso igualmente acontece entre os indivíduos não dotados de mediunidade ostensiva, em razão dos mecanismos de sintonia psíquico.
Na mediunidade, em razão dela mesma, a ocorrência cessa, face aos recursos de que se faz objeto, ensejando um intercâmbio lúcido e um diálogo feliz com o agente causador da desordem transitória.
O estudo e a prática do Espiritismo são o único antídoto para tais perturbações, pelas orientações que proporcionam e por penetrarem na tecedura da faculdade mediúnica, esclarecendo-lhe o mecanismo e, ao mesmo tempo, dando-lhe sentido, direção.
Independendo da escola de pensamento, de fé e de credo, a mediunidade, ínsita no homem, merece ser educada pelos métodos espíritas, a fim de atender às nobres finalidades para as quais se destina, como instrumento de elevação do seu portador e de largos benefícios para as demais criaturas...
Não há problemas decorrentes do exercício saudável da mediunidade.


(Médiuns e Mediunidade, Cap. XI, Vianna de Carvalho/Divaldo P Franco - LEAL)


39. - Que outras explicações para o sofrimento naqueles que se dedicam à mediunidade?


O médico, o enfermeiro, o assistente social, o servente hospitalar instalado nos serviços de socorro aos enfermos, respiram o clima de angústia e dor entre expectativas e ansiedades.
Assim também, no campo da assistência mediúnica aos sofredores, o fenômeno é o mesmo.
Quem serve participa do suor do serviço.
Quem ajuda experimenta o esforço do auxílio que oferece.
Quem ama sintoniza nas faixas do ser amado, haurindo as mesmas vibrações...
Liberta-te do receio pelo trabalho, faze assepsia mental pelo estudo e pela abnegação, e prossegue...
(Dimensões da Verdade, Cap. Sofrimentos na Mediunidade, Joanna de Ângelis/Divaldo P Franco - LEAL)


Beneficios da Prática Mediúnica

40.- Os Espíritos sofredores carregam as suas dores durante muito tempo, às vezes por décadas e mesmo séculos. Qual o benefício proporcionado aos mesmos, no breve atendimento feito durante a prática mediúnica?


O mesmo bem-estar que logra uma pessoa que se encontra num estado depressivo e conversa com alguém otimista. Aquele primeiro contato não lhe resolve o problema, mas abre uma brecha na escuridão que reina intimamente no campo mental do desencarnado.
Quando alguém está com um problema e vai ao psicanalista, a solução não vem de imediato, porém abre-se um espaço. Na segunda sessão, já deixa uma interrogação e na terceira aponta-se o rumo a ser seguido, dependendo da profundidade da problemática.
Na prática mediúnica há um detalhe a considerar que é muito importante: quando o Espírito aproxima-se do médium, este, como uma esponja, absorve a energia positiva ou negativa, a depender do grau de evolução do comunicante. No caso de um Espírito bom, o médium sente uma sensação de euforia, bem-estar e de desdobramento espiritual. Quanto se trata de um Espírito sofredor, o sensitivo, ao absorver-lhe a energia, diminui-lhe a densidade vibratória e ele já melhora. Para se ter uma idéia, é como se estivéssemos sufocados por uma compressão íntima a respeito de alguma coisa e, de repente abríssemos a boca e desabafássemos este estado angustiante. Nesse ínterim, o médium absorve a energia deletéria e, mesmo que não ocorra uma doutrinação correta, a Entidade já melhora porque perdeu aquela emanação negativa que a desequilibrava.
Os espíritos sofredores ficam envolvidos dentro de um círculo vicioso, comparado a alguém dentro de uma sala fechada, onde o oxigênio vai ficando viciado na medida que se processa o fenômeno respiratório por não existir renovação de ar no meio ambiente. No instante em que esta renovação se dá, o indivíduo aspira o ar purificado e sai da situação sufocante.
No fenômeno da psicofonia ou incorporação, o Espírito comunicante sai de um verdadeiro estado de estupor só pelo fato de aproximar-se do campo magnético do médium. Na doutrinação já se lhe desperta a mente para que, utilizando-se da aparelhagem mediúnica, possa ouvir e mudar a maneira de encarar o seu problema perturbador.
Por mais rápida que seja a comunicação, o Espírito sofredor recebe o benefício eficaz daquele instante às vezes fugidio.
O mesmo não acontece quando é um Espírito calceta. Se vou falar a uma pessoa que está sofrendo honestamente, as minhas probabilidades de êxito em consolá-la são maiores do que falando a uma pessoa rebelde e vingativa. No entanto, embora não se consiga bons resultados no primeiro tentame, pelo menos a entidade verifica que nem todos estão de acordo com o que pensa, abrindo-se assim uma clareira interrogativa na sua mente.


41. - Considerando-se reduzido o número de espíritas, na Terra, em relação à grande quantidade de Espíritos sofredores na Erraticidade, a assistência a esses Espíritos não poderia ser no Mundo Espiritual, sem a necessidade das práticas mediúnicas no campo físico?


Certamente, e é dada. Os Benfeitores espirituais não necessitam de nós para essa finalidade; nós, sim, necessitamos deles.
Qualquer pessoa que leia a coleção de André Luiz toma conhecimento das reuniões realizadas no Mundo Espiritual, onde Espíritos-médiuns funcionam no atendimento às entidades atrasadas ou captam o pensamento do seres superiores. Em toda a coletânea de Manoel Philomeno de Miranda, constituída de várias Obras sobre mediunidade e obsessão, consta que, terminadas as reuniões mediúnicas no plano terreno, funcionando como um prolongamento destas, continuam, fora do campo físico, os trabalhos de socorro espiritual, onde os Espíritos se utilizam dos médiuns desencarnados para ajudarem os médiuns encarnados.
As práticas mediúnicas no plano físico representam um benefício para os médiuns encarnados porque promovem a arte de fazer a caridade sem saber-se a quem. Realmente, são poucas as práticas mediúnicas para uma demanda tão grande, mas é uma forma de travarmos contato com o mundo do Além-Túmulo, pois, se não existisse o fenômeno da comunicação mediúnica estaríamos desinformados do que ocorre além da existência física. Cada prática mediúnica é um laboratório de experiências. Há comunicações que nos movem profundamente, lições que nos despertam, de uma forma intensa, apelos e sugestões de raras oportunidades.



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