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O Transe mediúnico




CONCEITOS
Etimologicamente, transe traz o significado de crise, de momento crítico. Para a Medicina, é um estado similar ao do sono, mas com limitado contato sensitivo e motor.1 A Psicologia, explica que é o transe assemelha-se ao sono, mas, por ocorrer alteração da consciência, há reduzida sensibilidade a estímulos, perda ou alteração do conhecimento do que sucede à volta, substituição da atividade voluntária pela automática [involuntária].2
O transe mediúnico é considerado como “[…] um estado especial, entre a vigília e o sono, que de alguma sorte abre as portas da subconsciência […].”3 É também considerado um “[…] estado de baixa tensão psíquica […], com estreitamento do campo de consciência e dissociação.”3
Recordemos que há fatos psíquicos que ocorrem automaticamente, caracterizados pela participação passiva (inconsciente/automática) do indivíduo. Trata-se de um estado de baixa tensão psíquica, detectados nos atos instintivos, nas manifestações dos e emoções. Quando há participação ativa (alta tensão), identificamos as operações intelectuais, o uso da vontade e a manifestação da atividade criadora.
O decréscimo da atividade mental (baixa tensão psíquica) conduz à passividade que é o caminho natural do transe, mediúnico ou não. A pessoa que encontra sob atividade intelectual funciona em regime de alta tensão psíquica, conhecida como estado de vigília. Já o médium é alguém que se torna passivo aos comandos do consciente, habitua-se a fazer mergulhos no consciente, por vontade própria ou por indução externa (Espírito comunicante, hipnose), a fim de que   se lhe amplie a percepção anímica.
O transe de qualquer modalidade (mediúnico, anímico, por hipnose ou decorrente de enfermidade) produz, necessariamente, algum grau de dissociação psíquica que se reflete no cérebro, em regiões específicas. Em certas manifestações mediúnicas e/ou anímicas, como no sonambulismo, o grau de dissociação mental é elevado, produzindo amnésia, parcial ou total, dos fatos ocorridos durante o transe.
Situação semelhante (de elevada dissociação) é também encontrada durante a hipnose, magnética ou obsessiva, por efeito de certos medicamentos (psicotrópicos, por exemplo) e em algumas enfermidades (coma diabético, entre outros).
Importa acrescentar que no transe mediúnico há ativação ou redução de metabólitos, requisitando assistência de benfeitores espirituais, a fim de que o veículo somático do médium não sofra prejuízos..
Há quem confunda, incorretamente, o transe com o sono. O sono é “[…] caracterizado por supressão da vigilância, desaceleração do metabolismo, relaxamento muscular, diminuição da atividade sensorial, suspensão das experiências conscientes […], pela aparição concomitante do sonho.”4
Trata-se, portanto, de uma situação muito diferente de que ocorre no transe mediúnico, a despeito de existirem pontos semelhantes entre os dois fenômenos.
GRAUS DO TRANSE MEDIÚNICO
O transe pode ser superficial ou profundo e, entre um extremo e outro, há uma gradação infinita: são os transes parciais.
Transe superficial: não existe amnésia. O médium recorda todos os acontecimentos, colaborando na transmissão da mensagem do Espírito comunicante. No médium principiante costumam existir dúvidas se de fato ocorreu um transe mediúnico.5
Transe profundo: as recordações dos acontecimentos raramente chegam à consciência do médium. No entanto, em decorrência da prática mediúnica, é possível não ocorrer amnésia total, de forma que alguma coisa ainda pode ser lembrada.
É importante insistir que, mesmo no estado de transe muito profundo, o médium não perde totalmente a ligação com a consciência. Há lembrança subliminar porque o Espírito do médium está ligado ao corpo. Nessa situação, o médium é suscetível de sugestibilidade.
Nos transes profundos a passividade mediúnica é maior. Isso é claramente observado nos médiuns sonambúlicos psicofônicos. Nesta situação, o “[…] médium falante geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência. Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal [de transe], raramente guarda lembrança do que disse.”6
Transes parciais: representam gradações do estado do rebaixamento psíquico. Nos transes parciais, os médiuns recordam apenas alguns acontecimentos ou trechos da mensagem transmitida pelo comunicante espiritual.
Referências
  1. DICIONÁRIO MÉDICO ENCICLOPÉDICO TABER. Trad. Fernando Gomes do Nascimento. 1 ed. São Paulo: Manole, 2000, p.1737.
  2. HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 2750.
  3. CERVIÑO, Jayme. Além do inconsciente. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap. 1, item: O Transe, p. 17.
  4. HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 2608.
  5. CERVIÑO, Jayme. Além do inconsciente. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap. , item: Fases do transe, p. 20-22.
  6. KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. 1 imp. Brasília: FEB, 2013. Cap. 14, item 166, p. 175.


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Estudante de São Paulo é apontado como reencarnação do mentor de Chico Xavier




A idade de Guilherme Romano, porém, não bate com a profecia sobre o Iluminado. Guilherme nasceu em 1993. Neste período, o médium mineiro ainda alegava ser assessorado por Emmanuel. Em conversas com amigos, Chico teria relatado que o benfeitor o teria deixado somente por volta de 1996 para se dedicar a reencarnação.
Emmanuel retornaria para a gestação em uma família kardecista no fim dos anos 90 e nasceria por volta do ano 2000 ou 2001. Hoje, o Iluminado estaria, portanto, com 15 anos, possivelmente já familiarizado com fenômenos mediúnicos. A diferença de seis anos invibializa que Guilherme, no entendimento dos mais próximos a Chico, seja Emmanuel.
A suspeita sobre Guilherme só surgiu há pouco mais de três anos. Em 2007, ele participou do programa "Mais Você", da TV Globo. A entrevista com a apresentadora Ana Maria Braga era sobre a mediunidade precoce. Não se levantou a possibilidade de ele ser o mentor de Chico. O que só ocorreria cinco anos depois, quando o vídeo com a entrevista foi colocado nas redes sociais.
— Começaram a dizer: 'Olha, ele é superparecido. Tem uma vontade de educar, de trabalhar com educação', que é o que eu sempre falei. 'E gosta de falar, de escrever. Então, ele é o Emmanuel' — relata Guilherme.
Parecia que a profecia estava consumada. Sites e fóruns espíritas discutiam as semelhanças. A prova: a foto de Guilherme, aos 13 anos, e a imagem de Emmanuel, em pintura a óleo do pintor Delpino Júnior, que teria sido elaborada com ajuda de espíritos e de Chico Xavier.
Como o vídeo foi colocado nas redes sociais com cinco anos de atraso, a diferença entre a idade prevista na profecia para o Iluminado e a real idade de Guilherme desapareceu. O jovem médium paulista negou até em vídeo, postado em seu blog, que fosse Emmanuel.
O debate ganhou espaço entre os que se declaram espíritas. No Brasil, segundo o Censo de 2010, são 3,8 milhões de espíritas, sem especificar os da linha kardecista. Kardecista é o que segue a doutrina do francês Allan Kardec, a mesma que Chico Xavier deu continuidade. Emmanuel seria o responsável por completar o trabalho. O médium mineiro afirmara que ele passaria a ser o benfeitor de Emmanuel. Os papéis se inverteriam.
Geraldo Lemos Neto, presidente da Casa de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, não acredita que Guilherme possa ser Emmanuel. A idade não bate.


Guilherme aos 13 anos no "Mais Você" e Emmanuel - Reprodução



— O Chico começou a fazer revelações sobre o assunto em 1973 em entrevista a Hebe (Camargo), na TV Record de São Paulo. Confirma isso em dois livros: "Livro entrevista", de 1975, e "A terra e o semeador", de 1978. E, no Programa do Gugu, responde que Emmanuel reencarnará no fim de 1999 — explica Geraldo.
Segundo Geraldo, talvez ainda não esteja na hora de o Emmanuel reencarnado ser reconhecido. O próprio Chico Xavier só entrou para o espiritismo aos 17 anos.
— Chico falou que Emmanuel seria reconhecido pela obra e pela psicografia. Seria um médium psicógrafo. Hoje deve ser um garoto de 15 anos — diz Geraldo.
Apenas duas pessoas saberiam quem é Emmanuel. Os próprios pais do jovem, que também seriam reencarnações de dois personagens retratados no livro e no filme "Nosso Lar", uma das obras psicografadas por Chico Xavier. Em encontro com amigos de Chico, em 2011, segundo Geraldo, Eurípedes Higino, filho adotivo do médium, contou que Chico teria visitado a família para conhecer o menino, em 2001. Se isso ocorreu, Chico, com idade avançada e doente, precisaria que alguém o acompanhasse, aumentando a possibilidade de mais pessoas guardarem o segredo. Procurado pelo GLOBO por telefone, Eurípedes, por intermédio de sua secretária, informou que só daria entrevista pessoalmente.
Guilherme nasceu na Zona Leste da capital paulista e não no interior. E tem 21 anos, cinco ou seis a mais do que teria o Iluminado. Por enquanto, é o mais próximo que surgiu da descrição. O fato de possuir cova no queixo, exatamente como a figura que retrataria Emmanuel, poderia ser conta do acaso. Outra coincidência é o fato de ter Romano como sobrenome, o que remete à vida passada na qual, segundo kardecistas, teria sido a experiência mais marcante de Emmanuel. Ele teria sido um consul romano, chamado Publius Lentulus, e teria se encontrado cara a cara com Jesus de Nazaré. Então, as semelhanças com Emmanuel seriam obras do acaso?
— O espiritismo vai dizer que não existem acasos, né? Passei a questionar muito o valor e o fim útil de todas as coisas. Qual é o valor final de saber uma coisa dessas? Por que é tão importante eu saber a identidade de alguém se eu não conheço nem a minha identidade última, aquela que eu preciso dilapidar, conhecer e transformar para adquirir um estado de contentamento, de autopercepção, muito maiores do que aqueles em que o meu ego e minha ignorância me colocaram até agora? - questiona
Para muitos que acreditam na doutrina espírita, a comprovação de quem venha a ser considerado Emmanuel não se dará por certidão ou papel timbrado. Seriam pequenos sinais. Mesmo Chico Xavier, considerado por muitos como o maior médium de todos os tempos, conviveu com suspeitas semelhantes. Muitos achavam que ele fosse a reencarnação de Allan Kardec, motivo de discódia entre seguidores do kardecismo. Dúvida e fé caminham juntas.
“EU VEJO PESSOAS MORTAS”
A famosa frase dita pelo menino (Haley Joel Osment) no filme "Sexto sentido" (1999) - "I see dead people" (Eu vejo pessoas mortas), com Bruce Willis no elenco -, tem tudo a ver com a infância de Guilherme Romano.
— Diziam que eu era o garoto do filme. Passava mal em cemitérios. Via o espírito da pessoa ainda apegado ao corpo, querendo ficar ali, sendo enterrado junto. Era um desespero — relata ele.
Guilherme misturava os dois mundos. Não saberia distinguir quando via um vivo ou um morto. Aos seis anos, estava na parte de trás de uma Fiorino presa a um enorme engarrafamento em São Paulo. Ele teria alertado ao pai que a causa seria um acidente de trânsito. O pai quis saber como ele poderia ter certeza do que estava dizendo.
— Eu disse para o meu pai que o morto estava atrás no carro comigo. Era um motoqueiro e ele começou a negar que estivesse morto: 'Olha, estou falando com você...' Eu tive de contar com a ajuda de minha mentora para explicar o que havia acontecido a ele.
A partir dos seis anos, Guilherme relata que via monstros. Para assustá-lo, os espíritos atrasados assumiriam as formas temidas por ele em pesâdelos. Apesar de ter nascido em família kardecista, o jovem contou com ajuda médica. Frequentou consultórios de psicólogos até os 17 anos. Até fez tomografia para saber se não era esquizôfrenico.
— Chegou a um momento de eu questionar até a sanidade. Começava nas psicólogas recebendo consulta. Passava um tempo, eu estava dando consulta para elas.
A reviravolta ocorreu quando disse ter recebido orientações do seu guru espiritual, que identifica como Sri Swami Shivaharyànanda, para viajar à Índia e mergulhar em uma nova experiência de vida. Ele garante ter voltado renovado. Atualmente, vive com o que ganha em cursos de Raja Yoga e técnicas de controle da mente, espiritualidade e filosofia, além da renda de seus livros. Para os trabalhos com dons mediúnicos, afirma nada cobrar. É presidente da Irmandade Luz da Nova Alvorada


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CENTRO ESPIRITA CHICO XAVIER (PICOS-PI) REALIZARÁ EXPOSIÇÃO DE LIVROS ESPIRITA EM PRAÇA PUBLICA




 O Centro Espirita CHICO XAVIER da cidade PICOS-PI, realizará no dia 18 de abril de 2015 na PRAÇA FELIX PACHECO , apartir das 08:00hs, uma exposição de livros espiritas e espiritualista em comemoração aos 158 anos de existência do LIVRO DOS ESPÍRITOS. Desde já contamos com sua presença.







Allan Kardec, pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail, foi cognominado, por Camille Flammarion, o bom-senso encarnado. Desde sua juventude, este Espírito de escol demonstrava seu senso positivista e racional, como lemos na frase que escreveu, aos 24 anos, em obra sobre educação pública: Aquele que houver estudado as ciências rirá, então, da credulidade supersticiosa dos ignorantes. Não mais crerá em espectros e fantasmas. Não mais aceitará fogos-fátuos por Espíritos.1
Pois foi esse mesmo Rivail que, 26 anos mais tarde, já na madureza, foi chamado a observar “estranhos fenômenos” e, após certo tempo de hesitação e dúvidas, resolveu investigar in loco as chamadas manifestações das mesas girantes, muito em voga na Europa, em especial na França, ali pelos anos 50 do século XIX. Viu, ouviu e sentiu, naquelas comunicações, estar contida a síntese das revelações divinas à Humanidade. Foi-lhe, então, revelada sua missão pelo Espírito Verdade e por outros Espíritos de escola, segundo a qual ele proporcionaria à Humanidade a certeza da existência, sobrevivência e manifestação das almas dos chamados mortos e as consequências morais advindas dessa certeza. Prepararia, pois, a Humanidade para uma vida melhor, resultante do conhecimento e prática das leis morais, com base no esclarecimento das respostas às perguntas que sempre nos inquietaram: Quem sou? De onde vim? Qual a finalidade de minha vida na Terra? Para onde vou após a morte do meu corpo físico? Diante da grandiosidade da nova revelação, Rivail cercou-se de todos os cuidados para evitar fraudes, bem como da companhia de pessoas sérias como ele, e, com base no método da observação e da experimentação, preparou 1.019 perguntas, que foram respondidas pelos emissários celestes, sobre as mais transcendentes questões.
Hippolyte adotou o pseudônimo Allan Kardec, “nome que, segundo lhe revelara o guia, ele tivera ao tempo dos druidas”,3 a fim de melhor desenvolver seus trabalhos, anônima e cautelosamente, uma vez que, segundo lhe fora informado, o Consolador prometido por Jesus provocaria enorme inquietação, mormente nas almas dos materialistas e religiosos despreparados para a chegada dos novos tempos: Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós. [...]  Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João, 14:15-18 e 26.)
Assim viria a lume a obra intitulada  O Livro dos Espíritos, inicialmente com 501 questões e já na segunda edição com 1.019, cujas respostas foram obtidas com a ajuda de médiuns, em especial mulheres, a maioria delas ainda bastante jovens. As informações colhidas por Kardec eram surpreendentes, anunciavam os primórdios de uma Nova Era para a Humanidade. Poucos anos depois, essa obra deu origem a quatro outras, que completaram o  trabalho gigantesco da codificação da Doutrina Espírita: O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Com humildade, Kardec sempre se eximiu da autoria da obra, a qual atribuiu exclusivamente aos Espíritos superiores que lhe transmitiram seus ensinamentos elevados. Mas seu trabalho foi muito além de simplesmente organizar e dispor as questões que deram origem a todo o edifício do Espiritismo. Comparava as respostas e rejeitava o que não estava de acordo com o “consenso universal”, por orientação das entidades superiores que o inspiravam, cuja direção suprema era a do Espírito Verdade. Refletia sobre as respostas, analisava-as, elaborava comentários de grande sabedoria e deduzia as consequências morais de alta relevância para a Humanidade, advindas do conhecimento e prática dessas revelações.
Na Introdução de O Livro dos Espíritos, somos esclarecidos sobre a Ciência espírita, que se baseia nas relações do mundo material com o dos Espíritos, os seres inteligentes do mundo espiritual. Com fulcro na moral de Jesus, a obra aborda, entre outros, os seguintes assuntos: Existência de Deus; Imortalidade da Alma; Mundo dos Espíritos; Reencarnação; Pluralidade dos Mundos Habitados e Comunicabilidade dos Espíritos. Em Prolegômenos, lemos o  anúncio dos Espíritos de que são chegados “os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal”. Os Espíritos superiores são os ministros de Deus e os agentes de sua vontade. Sua missão é instruir e esclarecer os homens, abrindo-se “uma Nova Era para a regeneração da Humanidade". As informações sobre as Causas Primeiras, que têm Deus como a base de tudo, com 75 questões respondidas, estão contidas no Livro Primeiro dessa obra, que se subdivide em quatro Livros ou Partes. No Livro Segundo, estão impressas as informações sobre o Mundo Espiritual ou dos Espíritos. Essa parte vai da questão 76 a 613. Ali, encontramos informações sobre os três elementos do ser humano: alma, perispírito e corpo. Nesse Livro, temos ainda esclarecimentos de que a reencarnação se caracteriza pela passagem das almas por muitas existências corporais e de que “tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou pelo átomo” (Q. 540). Ao tornarmo-nos Espíritos puros, não mais estaremos sujeitos a reencarnações em corpos grosseiros; a natureza espiritual será nossa conquista permanente, junto com a felicidade, que jamais se confunde com um estado de eterna ociosidade, haja vista que, para os Espíritos superiores, o trabalho nada tem de penoso, e sim de imenso prazer e colaboração permanente com o Criador. O Livro Terceiro trata sobre as Leis Morais. Possui 12 capítulos. Nele, somos informados de que a Lei Divina está escrita em nossa consciência (Q. 621), de que Jesus é o tipo mais perfeito que Deus já nos ofereceu para nos guiar e servir de modelo (Q. 625).
Também temos ali a informação de que o meio prático mais eficaz de nos melhorarmos nesta vida e de resistir ao arrastamento do mal é o do autoconhecimento, junto à mais desinteressada caridade, e de que a moral, regra de bem proceder, funda-se na estrita observância da lei de Deus (Q. 919 e 919a). Por fim, deparamo-nos, no Livro Quarto, com as Esperanças e Consolações, em apenas dois capítulos, que nos fazem refletir sobre temas como o de que somos obreiros de nosso próprio sofrimento, mas também da felicidade, quando, com nossa melhoria e trabalho, colaborarmos para a transformação da Humanidade. Cabe-nos, para isso, combater a grande praga do nosso tempo: o materialismo, fonte de imensas desgraças, pela degradação moral a que são levados os que nele creem, dando vazão aos instintos primitivos. A elevação espiritual de Allan Kardec ressalta destas suas palavras, em 12 de junho de 1856, ao receber a incumbência do Espírito Verdade de tornar-se o missionário da Codificação Espírita, que anuncia uma Nova Era para a Humanidade:Senhor! Já que te dignaste lançar os olhos sobre mim para cumprimento dos teus desígnios, faça-se a tua vontade! A minha vida está nas tuas mãos; dispõe do teu servo. Reconheço a minha fraqueza diante de tão grande tarefa; a minha boa vontade não desfalecerá, mas talvez as forças me traiam. Supre a minha deficiência; dá-me as forças físicas e morais que me forem necessárias. Ampara-me nos momentos difíceis e, com o teu auxílio e o amparo dos teus celestes mensageiros, tudo farei para corresponder aos teus desígnios.4
Cerca de 10 meses depois, a 18 de abril de 1857, era publicada a primeira edição de O Livro dos Espíritos, e um  novo tempo inaugurava-se para a Humanidade! Cabe a nós, espíritas, estudar, refletir, comparar com as demais obras da Codificação de Kardec e com os acontecimentos de nossa época o conteúdo desse livro sempre atual e de incomparável grandeza. Compete-nos trabalhar o sentimento e as ações na prática incessante do bem e na divulgação dessa obra grandiosa, proveniente das mais altas regiões espirituais, de onde o Cristo de Deus dirige os destinos da Terra. Unamo-nos, como um feixe de varas conduzido por Jesus, a fim de colaborarmos, humildemente, com sua obra de transformação da Terra num mundo destinado aos justos e onde as misérias material e moral não mais proliferem. Amemo-nos e instruamo-nos, começando pelo estudo e aplicação prática de O Livro dos Espíritos!

Jorge Leite de Oliveira

1. WANTUIL, Zêus; THIESEN, Francisco. Allan Kardec: o educador e o codificador. 3. ed.
2. reimp. v. 1. Rio de Janeiro: FEB, 2011. P. 2, cap. 1, it. 4, p. 263. 2 KARDEC, Allan. Obras póstumas.Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 2, Minha missão, 12 de junho de 1856, p. 366. Capa 3 WANTUIL, Zêus; THIESEN. Francisco. Allan Kardec: o educador e o codificador.
3. ed. 2. reimp. v. 1. Rio de Janeiro: FEB, 2011. P. 2, cap. 1, it. 6, p. 275.
4 KARDEC, Allan. Obras póstumas.Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 2, Minha missão, 12 de junho de 1856, p. 369.


Fonte: Reformador Online/





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Cientistas comprovam a reencarnação humana






Desde que o mundo é mundo discutimos e tentamos descobrir o que existe além da morte. Desta vez a ciência quântica explica e comprova que existe sim vida (não física) após a morte de qualquer ser humano.

Um livro intitulado “O biocentrismo: Como a vida e a consciência são as chaves para entender a natureza do Universo” “causou” na Internet, porque continha uma noção de que a vida não acaba quando o corpo morre e que pode durar para sempre.

O autor desta publicação o cientista Dr. Robert Lanza, eleito o terceiro mais importante cientista vivo pelo NY Times, não tem dúvidas de que isso é possível. 

Além do tempo e do espaço Lanza é um especialista em medicina regenerativa e diretor científico da Advanced Cell Technology Company. No passado ficou conhecido por sua extensa pesquisa com células-tronco e também por várias experiências bem sucedidas sobre clonagem de espécies animais ameaçadas de extinção. 

Mas não há muito tempo, o cientista se envolveu com física, mecânica quântica e astrofísica. Esta mistura explosiva deu à luz a nova teoria do biocentrismo que vem pregando desde então. O biocentrismo ensina que a vida e a consciência são fundamentais para o universo. 

É a consciência que cria o universo material e não o contrário. 

Lanza aponta para a estrutura do próprio universo e diz que as leis, forças e constantes variações do universo parecem ser afinadas para a vida, ou seja, a inteligência que existia antes importa muito. Ele também afirma que o espaço e o tempo não são objetos ou coisas mas sim ferramentas de nosso entendimento animal. 

Lanza diz que carregamos o espaço e o tempo em torno de nós “como tartarugas”, o que significa que quando a casca sai, espaço e tempo ainda existem. 

A teoria sugere que a morte da consciência simplesmente não existe. Ele só existe como um pensamento porque as pessoas se identificam com o seu corpo. Eles acreditam que o corpo vai morrer mais cedo ou mais tarde, pensando que a sua consciência vai desaparecer também. Se o corpo gera a consciência então a consciência morre quando o corpo morre. Mas se o corpo recebe a consciência da mesma forma que uma caixa de tv a cabo recebe sinais de satélite então é claro que a consciência não termina com a morte do veículo físico. Na verdade a consciência existe fora das restrições de tempo e espaço. Ela é capaz de estar em qualquer lugar: no corpo humano e no exterior de si mesma. Em outras palavras é não-local, no mesmo sentido que os objetos quânticos são não-local. 

Lanza também acredita que múltiplos universos podem existir simultaneamente. 

Em um universo o corpo pode estar morto e em outro continua a existir, absorvendo consciência que migraram para este universo. Isto significa que uma pessoa morta enquanto viaja através do mesmo túnel acaba não no inferno ou no céu, mas em um mundo semelhante a ele ou ela que foi habitado, mas desta vez vivo. E assim por diante, infinitamente, quase como um efeito cósmico vida após a morte.


Vários mundos

Não são apenas meros mortais que querem viver para sempre mas também alguns cientistas de renome têm a mesma opinião de Lanza. 

São os físicos e astrofísicos que tendem a concordar com a existência de mundos paralelos e que sugerem a possibilidade de múltiplos universos. 

Multiverso (multi-universo) é o conceito científico da teoria que eles defendem. Eles acreditam que não existem leis físicas que proibiriam a existência de mundos paralelos. 

O primeiro a falar sobre isto foi o escritor de ficção científica HG Wells em 1895 com o livro “The Door in the Wall“. Após 62 anos essa ideia foi desenvolvida pelo Dr. Hugh Everett em sua tese de pós-graduação na Universidade de Princeton. Basicamente postula que, em determinado momento o universo se divide em inúmeros casos semelhantes e no momento seguinte, esses universos “recém-nascidos” dividem-se de forma semelhante. Então em alguns desses mundos que podemos estar presentes, lendo este artigo em um universo e assistir TV em outro. 

Na década de 1980 Andrei Linde cientista do Instituto de Física da Lebedev, desenvolveu a teoria de múltiplos universos. Agora como professor da Universidade de Stanford, Linde explicou: o espaço consiste em muitas esferas de insuflar que dão origem a esferas semelhantes, e aqueles, por sua vez, produzem esferas em números ainda maiores e assim por diante até o infinito. No universo eles são separados. Eles não estão cientes da existência do outro mas eles representam partes de um mesmo universo físico. 

A física Laura Mersini Houghton da Universidade da Carolina do Norte com seus colegas argumentam: as anomalias do fundo do cosmos existem devido ao fato de que o nosso universo é influenciado por outros universos existentes nas proximidades e que buracos e falhas são um resultado direto de ataques contra nós por universos vizinhos.


Alma

Assim, há abundância de lugares ou outros universos onde a nossa alma poderia migrar após a morte, de acordo com a teoria de neo biocentrismo. 

Mas será que a alma existe? Existe alguma teoria científica da consciência que poderia acomodar tal afirmação? 


Segundo o Dr. Stuart Hameroff uma experiência de quase morte acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e se dissipa no universo.

Ao contrário do que defendem os materialistas, Dr. Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência que pode, talvez, apelar para a mente científica racional e intuições pessoais.


A consciência reside, de acordo com Stuart e o físico britânico Sir Roger Penrose, nos microtúbulos das células cerebrais que são os sítios primários de processamento quântico. Após a morte esta informação é liberada de seu corpo, o que significa que a sua consciência vai com ele.

Eles argumentaram que a nossa experiência da consciência é o resultado de efeitos da gravidade quântica nesses microtúbulos, uma teoria que eles batizaram Redução Objetiva Orquestrada.

Consciência ou pelo menos proto consciência é teorizada por eles para ser uma propriedade fundamental do universo, presente até mesmo no primeiro momento do universo durante o Big Bang. “Em uma dessas experiências conscientes comprova-se que o proto esquema é uma propriedade básica da realidade física acessível a um processo quântico associado com atividade cerebral.”

Nossas almas estão de fato construídas a partir da própria estrutura do universo e pode ter existido desde o início dos tempos. Nossos cérebros são apenas receptores e amplificadores para a proto-consciência que é intrínseca ao tecido do espaço-tempo. Então, há realmente uma parte de sua consciência que é não material e vai viver após a morte de seu corpo físico.

Dr. Hameroff disse ao Canal Science através do documentário Wormhole: “Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir e os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída, não pode ser destruída, ele só distribui e se dissipa com o universo como um todo.”

Robert Lanza acrescenta aqui que não só existem em um único universo, ela existe talvez, em outro universo.

Se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz: “Eu tive uma experiência de quase morte”.

Ele acrescenta: “Se ele não reviveu e o paciente morre é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo talvez indefinidamente, como uma alma.”

Esta conta de consciência quântica explica coisas como experiências de quase morte, projeção astral, experiências fora do corpo e até mesmo a reencarnação sem a necessidade de recorrer a ideologia religiosa. A energia de sua consciência potencialmente é reciclada de volta em um corpo diferente em algum momento e nesse meio tempo ela existe fora do corpo físico em algum outro nível de realidade e possivelmente, em outro universo.

Artigo publicado originalmente em inglês no site SPIRIT SCIENCE AND METAPHYSICS.

Fonte: "Fórum Espírita" 

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Médicos pesquisam influência do 'passe' espírita para tratar a ansiedade


Passe simples sendo aplicado pelo grupo mediúnico (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)Passe simples sendo aplicado pelo grupo mediúnico (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)










Pesquisa da Unesp estuda união entre tratamento espiritual e médico.
Trabalho é realizado por médicos da Associação Espírita de Botucatu (SP).



Um grupo de oito médicos da Associação Espírita de Médicos de Botucatu (SP) se reuniu para pesquisar a influência da terapêutica energética do “passe” espírita na redução da ansiedade. A técnica, originada das práticas de cura do cristianismo primitivo, consiste basicamente na imposição de mãos sobre uma pessoa, a fim de transferir boas energias e tratar o lado espiritual de quem recebe o “passe”.
A pesquisa teve início em 2014 e está em fase de desenvolvimento na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). De acordo com o médico infectologista Ricardo de Souza Cavalcante, a inspiração para a pesquisa surgiu de outro grupo de médicos, de São Paulo, que iniciou um estudo sobre a eficácia de uma técnica semelhante, o Reiki, de origem japonesa.
Passistas preparados para receber grupo de pessoas para o passe conjugado (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)Passistas preparados iniciar sessão do passe
conjugado (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)
O estudo sobre o “passe” é feito com voluntários, não necessariamente espíritas ou praticantes de alguma religião, que não estejam fazendo nenhum tipo de tratamento psicológico ou psiquiátrico. “Primeiramente, nós fazemos uma avaliação médica para verificar se o voluntário tem realmente o diagnóstico de ansiedade. Se confirmado, o paciente passa a frequentar a sala de estudos uma vez por semana, durante oito semanas, para receber o 'passe' ”, explica Ricardo.
Ainda de acordo com o médico, antes de iniciar o tratamento, os participantes passam por um tempo de meditação e concentração. Música ambiente é utilizada para relaxar e, por 5 minutos, um terapeuta impõe as mãos sobre a cabeça, tórax e barriga do voluntário. São levados em conta, na análise, níveis de depressão, qualidade de vida e grau de espiritualidade do paciente.
Os voluntários respondem a um questionário ao final de cada sessão e, alguns deles, passam por exames de eletroencefalograma, para medir as variações das ondas cerebrais antes, durante e depois do procedimento.
Passe conjugado, com dois ou mais passistas (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)Passe conjugado, com dois ou mais
passistas (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)
Ciência e espiritualidade
Nas últimas décadas, muitos estudos científicos têm sido feitos a fim de demonstrar os benefícios de aliar o trabalho com a espiritualidade ao tratamento médico convencional.
“Houve uma separação histórica, mas eu acredito que essas coisas precisam caminhar juntas. O ser humano deve ser visto como um todo. Nós não somos só um amontoado de células. Temos, comprovadamente, um lado emocional, espiritual”, pontua Ricardo.
A dona de casa Silvia Helena Vieira da Silva, de 47 anos, é uma das voluntárias que participarão da pesquisa. Católica, ela acredita que as práticas espíritas podem colaborar para o bem-estar. “Nós estamos tão ansiosos, nos medicando tanto, que eu gostaria de experimentar algo que não fosse medicamento, até porque remédios atacam meu organismo. Se eu puder fugir, eu fujo”, declara Silvia, que sofre as consequências físicas da ansiedade.
“Nós que temos filhos, estamos sempre na expectativa de algo. É um convívio constante com a ansiedade. Quando ela aparece, meu intestino solta, sinto dores no estômago e na cabeça. Quero muito que esta iniciativa dê certo”, conta.

Os interessados em participar da pesquisa podem obter informações pelo telefone (14) 3811- 6547.
"Muitos voluntários estão participando da pesquisa. Eles precisaram demonstrar ter ansiedade e não esteja em tratamento psicológico pode participar. Nosso objetivo não é converter ninguém”, explica o médico.
Leopoldo, diretor de comunicação do Centro Espírita Amor e Caridade (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)Leopoldo Zanardi, diretor de comunicação do Centro Espírita Amor e Caridade (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)
Passe na Dourtina Espírita
De acordo com Leopoldo Zanardi, diretor de comunicação do Centro Espírita Amor e Caridade, de Bauru (SP), o “passe” trata-se de uma assistência espiritual, denominada de fluidoterapia, e que não anula a necessidade do tratamento médico. Este nome é dado por ser uma transferência de energias. “As mãos são colocadas de 10 a 15 centímetros acima da cabeça, não há toque físico. A Federação Espírita brasileira aconselha que as mãos sejam colocadas apenas sobre a cabeça”, conta Leopoldo.
Ele explica também que, na doutrina espírita, acredita-se que além das boas energias passadas pelo passista, existe também a atuação de espíritos que identificam e agem diretamente no problema de quem está recebendo o passe, seja ele físico, emocional ou espiritual. O procedimento pode ser individual (“passe simples”) ou em grupo (“passe conjugado” – 2 ou mais passistas realizam o procedimento). Mas quanto mais pessoas estiverem juntas, melhor, de acordo com Leopoldo.
Prece feita pelo grupo mediúnico antes de dar início ao procedimento (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)Prece feita pelo grupo mediúnico antes de dar
início ao procedimento (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)
No Centro Espírita, o passe simples pode ser tomado por qualquer um que desejar, sem a necessidade de entrevista. Mas, para aqueles que querem tratar algo específico, é necessário passar pelo atendimento, onde será identificada a necessidade de cada pessoa.
Em seguida a pessoa recebe um papel que dá direito a oito passes, que devem ser tomados uma vez por semana. Em ambos os casos, os pacientes entram em uma sala, após um período de oração do grupo mediúnico (responsável por aplicar os passes), sentam-se nas cadeiras e estendem as duas mãos para frente, como quem está para receber algo.
Os passistas, como também são chamados os membros do grupo mediúnico, impõe as mãos sobre a cabeça das pessoas, uma nova prece é anunciada e, após poucos minutos de silêncio, tudo está feito. Depois de dispensar as pessoas, os passistas fazem outra oração de agradecimento e encerram o procedimento. “É importante ressaltar que não se deve abrir mão do tratamento médico. Nós oferecemos uma assistência espiritual. Também não basta apenas 'tomar o passe’. É necessário assistir às palestras, mudar o pensamento, buscar ser melhor a cada dia. Dominar as más inclinações e fazer caridade. Precisamos estar em constante evolução”, completa Leopoldo.
Iole Angelo Cintra fala de sua experiência com o 'passe' (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)Iole Angelo Cintra fala de sua experiência com o
passe espírita (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)
Para a dona de casa Iole Angelo Cintra, de 46 anos, tomar os “passes” trouxe melhora para problemas de insônia e dor de cabeça que, segundo ela, tinham raiz espiritual.
“Eu não dormia direito à noite. Aqui no centro descobri que eu tinha ‘desdobramento’, que é uma espécie de mediunidade que me faz sair do meu corpo. Eu me via dormindo à noite e andava pela minha casa. Quando comecei a tomar os passes, as dores de cabeça sumiram e eu pude controlar mais esse desdobramento. O efeito do passe é ótimo, mas também depende da pessoa se esforçar para ser alguém melhor”, contou Iole.
Aplicação do passe simples pelo grupo mediúnico (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)Aplicação do passe simples pelo grupo mediúnico (Foto: Isabela Ribeiro/ G1)










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