Conciliações
“Pois nós somos os cooperadores de Deus.” – Paulo (I Coríntios, 3:9.)
O ano se inicia com contrastes entre conturbações e notícias alvissareiras que representam esforços para a paz e momentos de conciliação. Há informações sobre o reatamento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e Cuba, proposta da rainha do Reino Unido para reconciliação com a Escócia e lembrança do centenário do momento de confraternização num jogo de futebol que uniu espontaneamente soldados britânicos e alemães, durante a Primeira Guerra Mundial.
O papa Francisco − que luta por grandes transformações e simplicidade – em viagem à Turquia demonstrou esforço pelo diálogo entre as religiões, e, na confraternização de Natal, com líderes da Igreja Católica, criticou a Cúria Romana,1 falando das doenças do “lucro mundano”, da “rivalidade”, da “glória vã’, do “terrorismo das fofocas”, que destrói reputações; sobre a doença “dos covardes”, que falam por trás, daqueles que tratam os chefes como “seres divinos” para subir na carreira e citou o “mal do poder” e do “narcisismo”. O papa Francisco surpreendeu ao pedir que os cardeais façam um “exame de consciência”.1 Durante recente Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional da FEB, Bezerra se manifestou pela psicofonia de Divaldo alertando para o “momento decisivo”,2 título da mensagem, que vivemos no mundo, no país e no Movimento Espírita:
É um momento de siso, de decisões, para a paz no período do porvir. Recordai-vos de que o Cristianismo nascente experimentou também inúmeras dificuldades. A palavra revolucionária do apóstolo Paulo, a ruptura com as tradições judaicas ainda vigentes na igreja de Jerusalém geraram a necessidade do grande encontro, que seria o primeiro debate entre os trabalhadores de Jesus que se espalhavam pelo mundo conhecido de então. No momento grave, quando uma ruptura se desenhava a prejuízo do Bem, a humildade de Simão Pedro, ajoelhando-se diante da voz que clamava em toda parte a Verdade, pacificou os corações [...]. [...] Que o espírito de união, de fraternidade, leve-nos todos, desencarnados e encarnados, à pacificação, trabalhando essas anfractuosidades para que haja ordem em nome do progresso.2
O notável exegeta Emmanuel comenta, no texto Conciliação, trecho em que Jesus nos conclama à conciliação com o nosso adversário (Mateus, 5:25), e destaca: Trabalha, pois, quanto seja possível no capítulo da harmonização, mas se o adversário te desdenha os bons desejos, concilia-te com a própria consciência e espera confiante.3
REFERÊNCIAS:
1 Disponível em: http://www.febnet. org.br/blog/geral/colunistas/mo mentos-de-conciliacao/.
2 FRANCO, Divaldo P. Momento decisivo. Pelo Espírito Bezerra. Reformador, ano 132, n. 2.229, p. 8(710)-10(712), dez. 2014.
3 XAVIER, Francisco C. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 7. imp. Brasília: FEB, 2014. cap. 120, p. 253.
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