AS CRIANÇAS MASSACRADAS
Quando pensamos que já aconteceu todo tipo de barbárie numa sociedade que se considera culta e organizada, somos surpreendidos por novos acontecimentos de crueldade que chocam mesmo as pessoas menos sensíveis.
Desejamos referir-nos ao trágico e inaceitável sequestro de 260 meninas na Escola de Chibok, na Nigéria, pelo Grupo Islâmico radical de Boko Haram, que as pretende vender para a escravidão sexual e humana, mediante as mais aberrantes condições.
Os apelos dos familiares das vítimas sensibilizam outras nações, mas a verdade é que, embora algumas houvessem conseguido fugir da arbitrariedade, as outras parecem haver sido transferidas para outros países, onde foram atiradas ao cativeiro, à prostituição contra a vontade, ao abandono...
Não é de hoje, porém, que acontecimentos semelhantes aterrorizam a vida infantil.
Por ocasião da cruzada de 1212, um outro fanático de nome Estevão Cloyer atraiu centenas de milhares de crianças para irem defender o sepulcro vazio de Jesus, sob a alegação de que a sua inocência poderia libertar o local em que o Mestre fora sepultado. Por isso, foi denominada como a cruzada dos inocentes. Durante a guerra do Brasil contra o Paraguai, nosso país, também utilizou-se de crianças abandonadas, que viviam nas ruas - para limpar as cidades – e as enviou para o campo de batalha. Também os paraguaios utilizaram-se de crianças nas terríveis batalhas para a morte certa...
No ano de 2004, a humanidade ficou estarrecida com a morte de 332 pessoas em Beslan, na Rússia, pelos terroristas chechenos, entre as quais 185 crianças. Quando as criaturas alcançam esse patamar de destruição de vidas infantis, é evidente que se encontra em estágio de primitivismo. Nunca será demais clamar contra o fanatismo de qualquer espécie, assim como a crueldade, especialmente contra crianças, e propor o retorno dos seres humanos ao Evangelho, à vivência do amor, mantendo a mesma dignidade vivida por Ele.
Divaldo P.Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião em 22-05-2014.
Divaldo Franco escreve na quinta-feira, quinzenalmente
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