DÉJÀ VU: O INCÊNDIO EM SANTA MARIA-RS.
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| Foto de Santa Maria - RS | 
Uma casa de eventos cheia, na noite, 
com um espetáculo. A banda solta fogos no espaço fechado, para criar um visual 
inesquecível. Os fogos incendiaram o isolamento acústico e se espalharam 
rapidamente. Correria. Uma única saída. Os funcionários do estabelecimento não 
permitem a saída dos jovens, que se amontoavam, temendo a falta de pagamento. 
Fumaça, pânico, pessoas caídas e pisoteadas pela multidão. Sete mortos e 
trezentos feridos. Sete mortos?
Sim, não estou falando do incêndio na 
casa de shows em Santa Maria-RS, mas em um acidente semelhante acontecido em 
novembro de 2001, na capital mineira. O estabelecimento se chamava Canecão 
Mineiro, estava sem alvará de funcionamento, permitiu o uso de fogos 
inapropriados para o uso indoor, e passados onze anos, o STF estabeleceu 
responsabilidade da Prefeitura, há responsáveis pelo evento, mas o mais 
importante não aconteceu. Apesar da dor e do sofrimento dos envolvidos, o Estado 
não deu a devida atenção ao evento funesto, e ele se repetiu de forma quase 
igual, no sul do país.
Recordei-me imediatamente de uma 
matéria antiga que publicamos no EC, sobre o terremoto no Haiti, comparado ao do 
Chile. (http://espiritismocomentado.blogspot.com.br/)  Os espíritos, na metade do século 
XVIII, disseram:
"...Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os pode afastar, isto é, preveni-los, se souber pesquisar suas causas" (questão 741)
Bem, então, 
mais importante que encontrar os culpados e puni-los, é aprender  com o ocorrido 
e tomar medidas concretas para que ele não aconteça mais.  As investigações não 
estão concluídas, mas parece evidente que nossas normas e ações ainda não foram 
suficientes para evitar um incêndio  tão funesto. Infelizmente, fomos todos 
incompetentes em nosso país para aprender com o Canecão Mineiro. Por isso paira 
na alma mineira essa trágica sensação de déjà-vu.
Obs: 
Déjà-vu, expressão francesa que pode ser traduzida como o "já visto". O 
Dicionário Houaiss o define como "forma de ilusão da memória que leva o 
indivíduo a crer já ter visto (e, por ext., já ter vivido) alguma coisa ou 
situação de fato desconhecida ou nova para si".
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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