Eutanásia... Não!
Condenação à Eutanásia
"... A Eutanásia é um bem, nos casos de moléstia incurável?
O homem não tem o direito de praticar a eutanásia, em caso algum, ainda que a mesma seja a demonstração aparente de medida benfazeja.
A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode ser um bem como a única válvula de escoamento das imperfeições do Espírito da vida imortal. Além do mais, os desígnios divinos são insondáveis e a ciência precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentes das necessidades do Espírito.
Emmanuel
Fonte: (O Consolador, psicografia de Francisco Candido Xavier, pergunta 106,25. Ed. FEB.)
Junto a um leito de dor
Felizes da Terra! Quando passardes ao pé dos leitos de quantos atravessam prolongada agonia, afastai do pensamento a idéia de lhes acelerardes a morte!...
Ladeando esses corpos amarrotados e por trás dessas bocas mudas, benfeitores do plano espiritual articulam providências, executam encargos nobilitantes, pronunciam orações ou estendem braços amigos!
Ignorais, por agora, ovalor de alguns minutos de reconsideração para o viajor que aspira a examinar os caminhos percorridos, antes do regresso ao aconchego do lar.
Se não vos sentis capacitados a oferecer-lhes uma frase de consolação ou o socorro de uma prece, afastai-vos e deixai-os em paz!... As lágrimas que derramam são pérolas de esperança com que as luzes de outras auroras lhes rociam a face!.
Esses gemidos que se arrastam do peito aos lábios, semelhando soluços encarcerados no coração, quase sempre traduzem cânticos de alegria, à frente da imortalidade que lhes fulgura do Além!...
Companheiros do mundo, que ainda trazeis a visão limitada aos arcabouços da carne, por amor aos vossos sentimentos mais caros, dai consolo e silêncio, simpatia e veneração aos que se abeiram do túmulo! Eles não são as múmias torturadas que os vossos olhos contemplam, destinadas à lousa que a poeira carcome... São filhos do Céu, preparando o retorno à Pátria, prestes a transpor o rio da Verdade, a cujas margens, um dia, também vós chegareis!..."
André Luiz
Eutanásia, nunca!
Por isso, realizam o seu mister invitando a criatura ao estudo da fragilidade carnal, de modo a entender e respeitar-se como ser espiritual que é, em aprendizagem temporária na escolaridade terrena.
Cada instante de vida de um paciente é-lhe valioso, porque lhe pode constituir chamamento para despertar os sentimentos mais elevados, dando-se conta dos objetivos essenciais da existência.
Outrossim, os sucessos felizes ou inditosos que têm curso nas vidas são efeito inevitável dos atos pretéritos realizados nas reencarnações passadas.
Este homem, hibernado, numa tremenda alienação mental, é antigo déspota que se utilizou da vida para infelicitar e afligir, ora expiando em injunção educativa os delitos perpetrados...
Esse padecente, em torpe imobilidade, com os centros mentais e motores lesados, é anterior suicida que pensou burlar a Lei, evadindo-se dos compromissos que assumira e que não quis sofrer...
Aquele, portador de cruel neoplasia maligna com metástase generalizada, em extremos de desespero, é o alucinado destruidor de vidas, que culminou a existência antiga em autocídio espetacular, e que ora resgata, repassando pelos caminhos antes percorridos com a insânia do orgulho e da prepotência...
Todos eles, ressalvadas algumas exceções de abnegados missionários que se entregam à dor para ensinar aos seus coevos como superá-la, os que experimentam largos desgastes na saúde estão em justo mecanismo reparador de que, resignados e humildes, se liberarão, demandando à paz e à felicidade que todos alcançaremos.
Ninguém está condenado irremissivelmente, que não usufrua as bênçãos da harmonia, quando regularizado o compromisso no qual falhou.
É de alta importância a libertação pela dor ou através do sacrifício do bem que se pode produzir, do amor.
Não cabe, portanto, a ninguém, o direito de fazer cessar o processo do sofrimento por meio da eutanásia, mesmo porque a morte do corpo não anula o fenômeno da necessidade específica de cada um, nos múltiplos estágios do crescimento espiritual."
Viana de Carvalho
Fonte: (Reformador, dezembro de 1990, psicografia de Divaldo P. Franco)
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