Desculpemos
Desculpemos, infinitamente.
Tudo na vida se reveste de importância
fundamental no aprimoramento comum.
Dura é a pedra e áspera se nos afigura
a longa extensão de areia, entretanto,
fazem o leito das águas para que o rio
não se perca. Obscura é a noite, ma, sem ela,
as criaturas desconheceriam as estrelas.
Desditosa e feia é a lagarta, contudo,
é tecelã dos fios de seda nobre que honra os
ideais da beleza terrestre.
Asfixiante é a dor, mas, sem o sofrimento,
jamais seriamos advertidos pela verdade.
Sempre que a mágoa ou a ofensa nos
bater a porta, desculpemo-las tantas vezes
quantas se fizerem necessárias.
É pelo esquecimento de nossos
erros que o senhor se impõe sobre nós
,
porque só a bondade torna a vida realmente
grande e em condições de ser divinamente
vitoriosa, sentida com sinceridade e vivida
em gloriosa plenitude.
Meimei
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