Sidália Xavier Silva e Paulo Pedro Pena(Sobrinhos do Chico Xavier)
A Agremiação Espírita “Casa do Caminho”, de Sabará (MG), completa 70 anos em outubro. Foi fundada por uma irmã de Chico Xavier. Ao ensejo do Centenário de Chico Xavier, é oportuno o registro sobre seu apoio à família e outras instituições.
Os fatos são relatados por seus sobrinhos Sidália Xavier Silva e Paulo Pedro Pena, filhos de Maria da Conceição Xavier. Foi o atendimento da obsessão de Maria um dos fatores que levou Chico Xavier ao Espiritismo, em 1927.
Reformador: Qual lembrança de infância têm do tio Chico Xavier?
Sidália e Paulo: Nossos genitores, Maria Xavier e Jacy Pena, mudaram-se de Pedro Leopoldo para Sabará nos idos de 1936. Chico Xavier acompanhou a mudança e a seu pedido fomos amparados por amigos, como Juquinha Perácio, que até providenciou emprego para nosso pai. Nossa mãe era doente e a família não tinha condições fáceis. Sidália já nasceu em Sabará. Mas, lembramos de visitas de Chico Xavier a nossos pais, inclusive acompanhado de amigos, como Clóvis Tavares, participando de reuniões familiares aos domingos.
Nossa mãe gostava de ensinar as crianças a cantar e declamar e estimulava a leitura do livro Sementeira Cristã, de Clóvis Tavares, um dos primeiros livros espíritas voltados para a infância e juventude.
Reformador: Como surgiu a “Casa do Caminho”?
Sidália e Paulo:Nossa mãe,Maria Xavier, sofria muito com a mediunidade e com os momentos de surtos obsessivos. Passou por muitas lutas, mas superava-as pela persistência. Sempre levava os filhos pelas mãos, para lavar roupa no rio, ou visitar enfermos. A cidade de Sabará muito deve aos atendimentos e trabalho mediúnico de nossa mãe. Ela atuava como médium psicofônica e também psicógrafa.
Já participava de reuniões espíritas em casa de famílias amigas. Mas com a iniciativa do casal Joel e Adília Franco e de nossos pais, Maria e Jacy, é que foi fundada a Agremiação Espírita “Casa do Caminho”, aos 3 de outubro de 1940. Lembramos de nossa mãe, mesmo em situações penosas, sofrendo com os desequilíbrios de irmãos nossos, mas vencendo os revezes e comparecendo sempre aos compromissos da “Casa do Caminho”.
Reformador: Essa Instituição tem muitas atividades?
Sidália e Paulo: Sim, a “Casa do Caminho” mantém três reuniões públicas semanais para explanação sobre O Evangelho segundo o Espiritismo, estudos com base em programas da FEB, aulas para crianças, biblioteca e livraria. Sempre divulgamos cartazes, livros e opúsculos da FEB. Ali há trabalho de recuperação de roupas e fazemos promoção delas com finalidade beneficente. A sede funciona em um prédio histórico no centro de Sabará.
Reformador: E na área assistencial?
Sidália e Paulo: Por volta de 1940 já existia na cidade um abrigo para viúvas e crianças. Nossos pais moraram lá e com dedicação cuidavam dos assistidos. Maria Xavier gostava muito de ensinar e estimular as crianças a declamar e a cantar. Atualmente ali funciona o “Abrigo Irmã Tereza de Jesus”, ligado à “Casa do Caminho”. Hoje, esse Abrigo está organizado para atender as exigências governamentais para o atendimento de idosos. Este novo abrigo, específico para atender senhoras idosas, foi inaugurado no dia 31 de julho de 1981, no ano seguinte à desencarnação de nossa mãe. Um fato importante é que Chico Xavier compareceu à cerimônia e psicografou a mensagem “Prece da Caridade”, de Maria Dolores. Vocês podem ver a mensagem original acima: “Pela imensa bondade com que aceitas Os meus rogos difíceis como são, Repito, em prece, à luz de cada dia: – ‘Deus te ilumine e guarde o coração.
Reformador: Há outros registros de apoio de Chico Xavier?
Sidália e Paulo: Sim. Depois que Chico Xavier se mudou para Uberaba, Maria Xavier nunca pôde ir visitá-lo, mas nós estivemos lá várias vezes. E ele esteve algumas vezes visitando a “Casa do Caminho” e também esteve na residência de familiares, inclusive após a desencarnação de Maria (ocorrido em 4/1/1980), oportunidade em que fez questão de ir visitar o túmulo da irmã. Chico psicografou várias mensagens de Maria Xavier e a primeira delas foi no dia 6/3/1980, em Uberaba.
Nessas mensagens e em conversas conosco surgiram muitos esclarecimentos sobre as dificuldades, enfermidades e casos de obsessão, inclusive sobre nossos irmãos Amauri e David, deixando claro que eram compromissos reencarnatórios da família.
Reformador: O que teriam a dizer, como familiares, pelo Centenário de Chico Xavier?
Sidália e Paulo: Temos um respeito muito grande por tudo o que ele representa para o Espiritismo, na sua determinação, perseverança e fidelidade. Suas irmãs também foram autênticas “guerreiras” – baluartes de dedicação à bondade e fidelidade a Jesus –, como nossa mãe, Maria Luiza, Geralda, Carmozina, Lourdes, e Bita (apelido da irmã mais velha), mesmo que algumas não tivessem atuação doutrinária. Chico marcou sua missão, dedicando-se à caridade de corpo e alma!
Os fatos são relatados por seus sobrinhos Sidália Xavier Silva e Paulo Pedro Pena, filhos de Maria da Conceição Xavier. Foi o atendimento da obsessão de Maria um dos fatores que levou Chico Xavier ao Espiritismo, em 1927.
Reformador: Qual lembrança de infância têm do tio Chico Xavier?
Sidália e Paulo: Nossos genitores, Maria Xavier e Jacy Pena, mudaram-se de Pedro Leopoldo para Sabará nos idos de 1936. Chico Xavier acompanhou a mudança e a seu pedido fomos amparados por amigos, como Juquinha Perácio, que até providenciou emprego para nosso pai. Nossa mãe era doente e a família não tinha condições fáceis. Sidália já nasceu em Sabará. Mas, lembramos de visitas de Chico Xavier a nossos pais, inclusive acompanhado de amigos, como Clóvis Tavares, participando de reuniões familiares aos domingos.
Nossa mãe gostava de ensinar as crianças a cantar e declamar e estimulava a leitura do livro Sementeira Cristã, de Clóvis Tavares, um dos primeiros livros espíritas voltados para a infância e juventude.
Reformador: Como surgiu a “Casa do Caminho”?
Sidália e Paulo:Nossa mãe,Maria Xavier, sofria muito com a mediunidade e com os momentos de surtos obsessivos. Passou por muitas lutas, mas superava-as pela persistência. Sempre levava os filhos pelas mãos, para lavar roupa no rio, ou visitar enfermos. A cidade de Sabará muito deve aos atendimentos e trabalho mediúnico de nossa mãe. Ela atuava como médium psicofônica e também psicógrafa.
Já participava de reuniões espíritas em casa de famílias amigas. Mas com a iniciativa do casal Joel e Adília Franco e de nossos pais, Maria e Jacy, é que foi fundada a Agremiação Espírita “Casa do Caminho”, aos 3 de outubro de 1940. Lembramos de nossa mãe, mesmo em situações penosas, sofrendo com os desequilíbrios de irmãos nossos, mas vencendo os revezes e comparecendo sempre aos compromissos da “Casa do Caminho”.
Reformador: Essa Instituição tem muitas atividades?
Sidália e Paulo: Sim, a “Casa do Caminho” mantém três reuniões públicas semanais para explanação sobre O Evangelho segundo o Espiritismo, estudos com base em programas da FEB, aulas para crianças, biblioteca e livraria. Sempre divulgamos cartazes, livros e opúsculos da FEB. Ali há trabalho de recuperação de roupas e fazemos promoção delas com finalidade beneficente. A sede funciona em um prédio histórico no centro de Sabará.
Reformador: E na área assistencial?
Sidália e Paulo: Por volta de 1940 já existia na cidade um abrigo para viúvas e crianças. Nossos pais moraram lá e com dedicação cuidavam dos assistidos. Maria Xavier gostava muito de ensinar e estimular as crianças a declamar e a cantar. Atualmente ali funciona o “Abrigo Irmã Tereza de Jesus”, ligado à “Casa do Caminho”. Hoje, esse Abrigo está organizado para atender as exigências governamentais para o atendimento de idosos. Este novo abrigo, específico para atender senhoras idosas, foi inaugurado no dia 31 de julho de 1981, no ano seguinte à desencarnação de nossa mãe. Um fato importante é que Chico Xavier compareceu à cerimônia e psicografou a mensagem “Prece da Caridade”, de Maria Dolores. Vocês podem ver a mensagem original acima: “Pela imensa bondade com que aceitas Os meus rogos difíceis como são, Repito, em prece, à luz de cada dia: – ‘Deus te ilumine e guarde o coração.
Reformador: Há outros registros de apoio de Chico Xavier?
Sidália e Paulo: Sim. Depois que Chico Xavier se mudou para Uberaba, Maria Xavier nunca pôde ir visitá-lo, mas nós estivemos lá várias vezes. E ele esteve algumas vezes visitando a “Casa do Caminho” e também esteve na residência de familiares, inclusive após a desencarnação de Maria (ocorrido em 4/1/1980), oportunidade em que fez questão de ir visitar o túmulo da irmã. Chico psicografou várias mensagens de Maria Xavier e a primeira delas foi no dia 6/3/1980, em Uberaba.
Nessas mensagens e em conversas conosco surgiram muitos esclarecimentos sobre as dificuldades, enfermidades e casos de obsessão, inclusive sobre nossos irmãos Amauri e David, deixando claro que eram compromissos reencarnatórios da família.
Reformador: O que teriam a dizer, como familiares, pelo Centenário de Chico Xavier?
Sidália e Paulo: Temos um respeito muito grande por tudo o que ele representa para o Espiritismo, na sua determinação, perseverança e fidelidade. Suas irmãs também foram autênticas “guerreiras” – baluartes de dedicação à bondade e fidelidade a Jesus –, como nossa mãe, Maria Luiza, Geralda, Carmozina, Lourdes, e Bita (apelido da irmã mais velha), mesmo que algumas não tivessem atuação doutrinária. Chico marcou sua missão, dedicando-se à caridade de corpo e alma!
Maria da Conceição Xavier Pena (18/4/1907 - 4/1/1980), era filha de Maria de São João de Deus e João Cândido Xavier. Foi casada com Jacy Pena e era conhecida pelo apelido familiar de Tiquinha. Tiveram os seguintes filhos: Paulo Pedro,Amaury, Francisco, Sálvio, Cláudio, David, Sidália e Ismael. A irmã mais velha de Maria e Chico, citada pelo apelido Bita, é Maria Cândida Xavier. Maria da Conceição Xavier estava doente, com um doloroso processo de obsessão, embora na época e no seio familiar não soubessem do que se tratava. Em 7 de maio de 1927 foi tratada carinhosamente por José Hermínio Perácio e sua esposa Cármen Pena Perácio, equilibrando-se. Foi a primeira sessão espírita no lar da família Xavier, em Pedro Leopoldo. O Espírito Maria João de Deus se manifesta e recomenda a Chico os dois livros à mesa, como tesouros de luz (O Livro dos Espíritos e O Evangelho segundo o Espiritismo): “Estude-os, cumpra os seus deveres e, em breve, a Bondade Divina nos permitirá mostrar a você os seus novos caminhos”. (GAMA, Ramiro. Lindos Casos de Chico Xavier.São Paulo: LAKE, 2000. Cap. 9, p. 45-46.) Juquinha, citado na entrevista, é o mesmo José Hermínio Perácio, um benfeitor da família. Sobre os filhos de Maria e Jacy – Amaury e David –, referidos na entrevista, e os enganos cometidos pelo primeiro, Chico Xavier prestou significativas informações espirituais aos familiares residentes em Sabará.
Fato interessante é que o atendimento espiritual de Maria, em 1927, foi o chamamento mais forte para a introdução de Chico Xavier na seara espírita, e, pouco depois, também para a fundação do Centro Espírita Luiz Gonzaga, de Pedro Leopoldo, no mesmo ano.
Livro citado de Clóvis Tavares
O livro citado, Sementeira Cristã, de autoria de Clóvis Tavares – amigo de Chico Xavier, residente em Campos (RJ) –, na realidade, era uma série publicada pela FEB: 1o volume (1939), 2ovolume (1940) e 3o volume (1942). (TAVARES, Clóvis. Trinta anos com Chico Xavier. 4. ed. Araras: IDE. Do autor, páginas iniciais.)
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