O QUE ENTRA E O QUE SAI DA BOCA: CONTAMINAÇÕES FÍSICAS E ESPIRITUAIS
“O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.” – Mateus 15:11
Esse é, talvez, o versículo mais utilizado pelos religiosos que insistem em dizer que a alimentação à base de corpos de animais não faz mal. Não faz mal à quem? Porque uma vida é tirada para que exista o bife e isso é um mal. E se eu faço o mal à um irmão, eu contamino a mim – fisicamente ou espiritualmente.
Será que estamos buscando entender os ensinamentos de amor ou interpretar a mensagem divina conforme mais conforta o nosso paladar?
Quando você deseja comer carne, você diz: Eu quero a morte de um irmão. É essa a mensagem que sai da sua boca. Essa é a ordem que chega aos matadouros. Isso é o que está no seu coração.
A obra Ícaro Redimido – A vida de Santos Dumont no Plano Espiritual, nos indica uma melhor interpretação do versículo, como segue:
“Contudo, não podemos deixar de entender que existem duas vias para se imputar males a nós mesmos, a via interna e externa. A interna responde pelos danos que procedem de nossas intenções equivocadas, distanciadas do amor, normalmente interpostas pelo ódio. Esta via responde pela totalidade de nossas doenças naturais. A externa é decorrente dos malefícios que introduzimos no organismo, como aqueles oriundos dos diversos vícios a que nos permitimos, inoculando desequilíbrios no nosso delicado mundo fisiológico. Esta via causa mazelas espúrias, verdadeiros acidentes biológicos ou doenças artificiais. Na famosa assertiva evangélica, Jesus se referia ao adoecimento natural, pois o que ingerimos pode nos intoxicar e danificar o corpo físico e perispiritual, mas é incapaz de nos adoecer a alma. O que procede do espírito, em forma de pensamentos, sentimentos e atos inadequados é que nos fere de dentro para fora, representando nossas verdadeiras enfermidades. Portanto, poderíamos completar o ensinamento evangélico, considerando que o que sai da boca nos adoece e o que entra, desde que impróprio a nossa natureza biológica, acidenta-nos o organismo, perturbando-lhe o funcionamento.
Muitos fatores externos que nos prejudicam o equilíbrio orgânico são oriundos de agentes planetários, ditos naturais, como as irradiações nocivas a que estamos sujeitos, ou mesmo aqueles produzidos pela ignorância do homem, embora veiculados pelas suas boas intenções, como por exemplo os pesticidas agrícolas e as substâncias tóxicas do quimismo moderno. Outros são produtos que subitamente nos danificam, mas nos permitimos usar por equivocado deleite ou intenção de fuga da realidade, como o são o álcool, o fumo e outras drogas. Estes, na verdade, refletindo o desleixo pelo nosso bem maior que é o corpo físico, interagem com as intenções doentias de nossa vontade e incorporam-se em nossa intimidade perispiritual, transformando-se em patologias de caráter misto. Assim tudo se explica dentro da Lei de Deus, pois se os prejuízos que imputamos aos outros se revertem contra nós mesmos, os danos que infligimos à própria organização biológica, comprometendo o seu delicado e preciso metabolismo, se incorporam também na Lei cármica, refletindo-nos como prejuízos orgânicos e dores. Não poderia ser de outro modo, pois do contrário não aprenderíamos a valorizar o divino santuário físico, indispensável à aquisição dos bens imorredouros da perfeição.” [Gilson T. Freire/Adamastor, 2002, pág. 409]
Muitos fatores externos que nos prejudicam o equilíbrio orgânico são oriundos de agentes planetários, ditos naturais, como as irradiações nocivas a que estamos sujeitos, ou mesmo aqueles produzidos pela ignorância do homem, embora veiculados pelas suas boas intenções, como por exemplo os pesticidas agrícolas e as substâncias tóxicas do quimismo moderno. Outros são produtos que subitamente nos danificam, mas nos permitimos usar por equivocado deleite ou intenção de fuga da realidade, como o são o álcool, o fumo e outras drogas. Estes, na verdade, refletindo o desleixo pelo nosso bem maior que é o corpo físico, interagem com as intenções doentias de nossa vontade e incorporam-se em nossa intimidade perispiritual, transformando-se em patologias de caráter misto. Assim tudo se explica dentro da Lei de Deus, pois se os prejuízos que imputamos aos outros se revertem contra nós mesmos, os danos que infligimos à própria organização biológica, comprometendo o seu delicado e preciso metabolismo, se incorporam também na Lei cármica, refletindo-nos como prejuízos orgânicos e dores. Não poderia ser de outro modo, pois do contrário não aprenderíamos a valorizar o divino santuário físico, indispensável à aquisição dos bens imorredouros da perfeição.” [Gilson T. Freire/Adamastor, 2002, pág. 409]
Ademais, em outros trechos desta obra e de várias outras de cunho espiritual encontramos rogativas em favor da vida dos animais, da saúde do corpo físico e espiritual, da harmonia planetária com a extinção dos matadouros etc.
“Justo é que o estudioso sincero, crente na sabedoria das leis da vida e ciente de que o amor governa a criação, interrogue os motivos que levam a comportamento tão adulterado, distanciado da bondade que a todos deveria nortear na jornada da vida.” [Gilson T. Freire/Adamastor, 2002, pág. 135]
“A persistência, no entanto, em tais hábitos baseados em ética tão primitiva e tolerada pela Lei do Amor apenas nos passos iniciais do ser, não se justifica à medida que o espírito cresce, despertando-se para a razão e para o exercício da bondade como normas indispensáveis do viver”. [Gilson T. Freire/Adamastor, 2002, pág. 136]
Que possamos eliminar de nossas mentes a busca de justificativas religiosas para os nossos desejos alimentares equivocados, e fomentar em nossos corações o desejo de auxiliar os nossos irmãos menores em suas jornadas evolutivas. Cuidemos do que contamina o espírito, e com o mesmo amor, cuidemos do que contamina o nosso corpo físico, templo que habita a nossa alma!
Que os nossos pensamentos, as nossas palavras e as nossas ações estejam sempre em harmonia com a lei do amor.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
- FREIRE, Gilson Teixeira. Ícaro redimido: a vida de Santos Dumont no Plano Espiritual / Gilson Teixeira Freire; inspirado por Adamastor [espírito]. Belo Horizonte: Ediame, 2002.
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