Telecinesia e Telepatia
- Telecinesia significa o movimento de objetos à distância, aparentemente sem forças mecânicas.
Telepatia significa a permuta de pensamentos entre encarnados.
Esses termos são largamente usados em ciências respeitáveis como a Parapsicologia; nesse sentido, antes de tudo, recomendamos que você procure fontes na Parapsicologia para conhecer outras descrições ou explicações para o fenômeno.
Para o Espiritismo, a telecinesia pode ser explicada principalmente pela Teoria das Manifestações Físicas (O Livro dos Médiuns, capítulo 4 da 2ª parte, Allan Kardec). Apesar de ser teoricamente possível um magnetizador encarnado exteriorizar sua energia vital (fluido elétrico animalizado, fluido nervoso) para envolver um corpo sólido e movimentá-lo à distância, é muito difícil isso ocorrer e raros relatos foram feitos. Quase sempre (senão sempre), há a interferência dos Espíritos desencarnados, através de um fenômeno mediúnico de efeitos físicos. O mecanismo pelo qual isso ocorre está explicado no capítulo citado e também no cap. 19 do mesmo livro. O Espírito manifestante ( costumeiramente chamado de "Espírito Batedor" por produzir esse tipo de fenômeno) direciona seu pensamento para o médium e para o objeto alvo (uma mesa, por exemplo); os fluidos espirituais vibram-se e o perispírito do médium capta essa informação; esta é decodificada e reage sobre o corpo orgânico do médium que passa a secretar os fluidos animalizados; estes se combinam com os fluidos espirituais do desencarnado e vão envolver o objeto alvo, modificando-lhe as propriedades para fazer batidas (médium tiptólogo), movimentar (médium motor, de translação) ou transportar a grandes distâncias (médium de transporte). Interessante observar que o médium mesmo pouco interfere na direção do movimento em si, sendo esses fenômenos geralmente espontâneos e quase sempre à revelia do médium.
A telepatia, na Doutrina Espírita, faz parte do capítulo das Evocações (cap. 25 de O Livro dos Médiuns) e da Emancipação da Alma. Quando um Espírito (encarnado ou desencarnado) pensa, imediatamente envia ondas de fluidos que vibram na direção desejada além de plasmá-lo, tomando até uma forma (Obras Póstumas, Allan Kardec, Fotografia e Telegrafia do Pensamento). Os desencarnados, mesmo os inferiores, em geral possuem facilidade de captar essas ondas e imagens, pois sem o corpo grosseiro limitador as sensações, possuem o perispírito que pode ser sensível a essas vibrações. Já os encarnados são incapazes de percebê-las devido ao direcionamento das sensações aos sentidos limitados do corpo físico. Em alguns casos, porém, o perispírito pode expandir-se e desprender-se parcialmente do corpo (emancipação) e o encarnado então adquire a capacidade parcial de captar essas ondas fluídicas de informações. Se um desencarnado lança um pensamento e o encarnado-alvo capta, dependendo de sua possibilidade mediúnica, este pode sentir apenas uma inspiração ou até ter seu corpo físico governado pelo emissor. Se um encarnado for o emissor para outro desencarnado, e o receptor possuir condições emancipatórias e quase mediúnicas, poderá compreender o pensamento enviado. Neste caso, configura-se a telepatia. Kardec estuda o fenômeno junto com as Evocações porque estas são, na verdade, um chamamento direcionado mais intensamente do pensamento para um Espírito alvo. Se ocorrer uma evocação recíproca entre encarnados, poderá ocorrer a telepatia:
- Duas pessoas evocando-se reciprocamente, poderiam transmitir-se os seus pensamentos e corresponder-se?
- Sim, e essa telegrafia humana será um dia um meio universal de correspondência."
Dessa maneira, os dois fenômenos discutidos são dependentes dos fluidos e do perispírito. Para melhor aprofundar nesse assunto, também recomendamos "A Gênese", de Allan Kardec, cap. 14. De qualquer forma, esses estudos apenas ressaltam a importância da vigilância do nosso pensamento num sentimento cristão, pois tudo que emitirmos trará suas conseqüências boas ou ruins, positivas ou negativas, e o primeiro afetado será sempre nós mesmos.
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