Chico, o principal divulgador da sobrevivência do espírito e da vida depois da morte no Brasil, tinha medo de avião e adorava contar para os amigos os bastidores de uma de suas viagens aéreas, de Uberaba a Belo Horizonte, no longínquo ano de 1958.
No meio da viagem, o tempo fechou e o avião começou a trepidar violentamente. O comandante saiu da cabine e explicou para os passageiros que se tratava de um vento de cauda e logo iria passar, que em breve todos chegariam ao destino sãos e salvos.
Alguém completou irritado:
- Só se for ao outro mundo.
O avião sacudia, virava de um lado para o outro, parecia prestes a despencar. Crianças começaram a berrar, passageiros vomitavam, um padre iniciou uma oração em voz alta e Chico se uniu ao coro dos desesperados:- Valei-me, meu Deus. Socorro, misericórdia. Tende piedade de nós.
Quando o padre reconheceu o líder espírita, a poucas poltronas de distância, interrompeu as preces e anunciou:
- O Chico Xavier está aqui conosco. Ele é médium e está rezando com a gente.
Chico gritou do outro lado:
- Graças a Deus, padre, eu também estou rezando. Valei-me meu Deus.
Quando a situação já estava fora de controle há quase dez minutos, Chico viu Emmanuel entrar no avião e se aproximar dele. Queria saber o motivo de tanta gritaria. Chico tinha uma dúvida mais urgente:
- Nós estamos em perigo?
Emmanuel foi seco:
- Estão. E daí? Não tem muita gente em perigo no mundo? Vocês não são privilegiados.
Chico nem pensou duas vezes:
- Está bem. Se estamos em perigo, vou gritar. Valei-me, socorro, meu Deus…
O desespero de Chico levou os passageiros ao pânico. Se Chico - que tinha contato direto com o outro mundo - estava tão desesperado não havia dúvidas: o avião ia cair. Estavam todos mortos.
Emmanuel “perdeu” a paciência:
- Chico, cale a boca para não afligir a cabeça dos outros. Morra com fé em Deus, morra com educação.
Quando Emmanuel virou as costas, Chico ainda resmungava:
- Quero saber como alguém pode morrer com educação.
E continuou a gritar…
No meio da viagem, o tempo fechou e o avião começou a trepidar violentamente. O comandante saiu da cabine e explicou para os passageiros que se tratava de um vento de cauda e logo iria passar, que em breve todos chegariam ao destino sãos e salvos.
Alguém completou irritado:
- Só se for ao outro mundo.
O avião sacudia, virava de um lado para o outro, parecia prestes a despencar. Crianças começaram a berrar, passageiros vomitavam, um padre iniciou uma oração em voz alta e Chico se uniu ao coro dos desesperados:- Valei-me, meu Deus. Socorro, misericórdia. Tende piedade de nós.
Quando o padre reconheceu o líder espírita, a poucas poltronas de distância, interrompeu as preces e anunciou:
- O Chico Xavier está aqui conosco. Ele é médium e está rezando com a gente.
Chico gritou do outro lado:
- Graças a Deus, padre, eu também estou rezando. Valei-me meu Deus.
Quando a situação já estava fora de controle há quase dez minutos, Chico viu Emmanuel entrar no avião e se aproximar dele. Queria saber o motivo de tanta gritaria. Chico tinha uma dúvida mais urgente:
- Nós estamos em perigo?
Emmanuel foi seco:
- Estão. E daí? Não tem muita gente em perigo no mundo? Vocês não são privilegiados.
Chico nem pensou duas vezes:
- Está bem. Se estamos em perigo, vou gritar. Valei-me, socorro, meu Deus…
O desespero de Chico levou os passageiros ao pânico. Se Chico - que tinha contato direto com o outro mundo - estava tão desesperado não havia dúvidas: o avião ia cair. Estavam todos mortos.
Emmanuel “perdeu” a paciência:
- Chico, cale a boca para não afligir a cabeça dos outros. Morra com fé em Deus, morra com educação.
Quando Emmanuel virou as costas, Chico ainda resmungava:
- Quero saber como alguém pode morrer com educação.
E continuou a gritar…
Do Livro As Lições de Chico Xavier - Marcel Souto Maior.