Pesquisar Assuntos Neste Blog

24 de jan. de 2011

Irresponsabilidade




Somos nós mesmos que fazemos os nossos caminhos e depois os denominamos de fatalidade.


Não é coerente que cada um de nós trabalhe para alcançar a própria felicidade? Não é lógico que devemos nos responsabilizar apenas por nossos atos? Não nos afirma a sabedoria do Evangelho que seríamos conhecidos, exclusivamente, pelas nossas obras?
Fazer os outros seguros e felizes é missão impossível de realizar, se acreditarmos que depende unicamente de nós a plenitude de sua concretização. Se assim admitimos, passamos, a partir de então, a esperar e a cobrar retribuição; em outras palavras, a reciprocidade. Não seria mais fácil que cada um de nós conquistasse sua felicidade para que depois pudesse desfrutá-la, convivendo com alguém que também a conquistou por si mesmo? Qual a razão de a ofertarmos aos outros e, por sua vez, os outros a concederem a nós? Por certo, só podemos ensinar ou partilhar o que aprendemos.
Assim disse Pedra, o apóstolo: “Não tenho ouro nem prata; mas o que tenho, isso te dou.” ()9
Dessa maneira, vivemos constantemente colocando nossas necessidades em segundo plano e, ao mesmo tempo, nos esquecendo de que a maior de todas as responsabilidades é aquela que temos para com nós mesmos.
Os acontecimentos exteriores de nossa vida são o resultado direto de nossas atitudes internas. A princípio, podemos relutar para assimilar e entender esse conceito, porque é melhor continuarmos a acreditar que somos vítimas indefesas de forças que não estão sob o nosso controle. Efetivamente, somos nós mesmos que fazemos os nossos caminhos e depois os denominamos de fatalidade.
“Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? (...) são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?”, pergunta Kardec aos Semeadores da Nova Revelação. E eles respondem: “A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar (...) Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino...” ()10
É inevitável para todos nós o fato de que vivemos, invariavelmente, escolhendo. A condição primordial do livre-arbítrio é a escolha e, para que possamos viver, toma-se indispensável escolher sempre. Nossa existência se faz através de um processo interminável de escolhas sucessivas.
Eis aqui um fato incontestável da vida: o amadurecimento do ser humano inicia-se quando cessam suas acusações ao mundo.
Entretanto, há indivíduos que se julgam perseguidos por um destino cruel e censuram tudo e todos, menos eles mesmos. Recusam, sistematicamente, a responsabilidade por suas desventuras, atribuindo a culpa às circunstâncias e às pessoas, bem como não reconhecem a conexão existente entre os fatos exteriores e seu comportamento mental. No íntimo, essas pessoas não definiram limites em seu mundo interior e vivem num verdadeiro emaranhado de energias desconexas. Os limites nascem das nossas decisões profundas sobre o que acreditamos ser nossos direitos pessoais.
Nossas demarcações estabelecem nosso próprio território, cercam nossas forças vitais e determinam as linhas divisórias de nosso ser individual. Há um espaço delimitado onde nós terminamos e os outros começam.


Algumas criaturas aprenderam, desde a infância, o senso dos limites com pais amadurecidos. Isso os mantém firmes e saudáveis dentro de si mesmas. Outras, porém, não. Quando atingiram a fase adulta, não sabiam como distinguir quais são e quais não são suas responsabilidades. Muitas construíram muros de isolamento que as separaram do crescimento e da realização interior, ou ainda paredes com enormes cavidades que as tomaram suscetíveis a urna confusão de suas emoções com as de outras pessoas.
Limites são o portal dos bons relacionamentos. Têm como objetivo nos tomar firmes e conscientes de nós mesmos, a fim de sermos capazes de nos aproximar dos outros sem sufocá-los ou desrespeitá-los. Visam também evitar que sejamos constrangidos a não confiar em nós mesmos.
Ser responsável implica ter a determinação para responder pelas conseqüências das atitudes adotadas.
Ser responsável é assumir as experiências pessoais, para atingir uma real compreensão dos acertos e dos desenganos.
Ser responsável é decidir por si mesmo para onde ir e descobrir a razão do próprio querer.
Não existem “vítimas da fatalidade”; nós é que somos os promotores do nosso destino. Somos a causa dos efeitos que ocorrem em nossa existência.
Aceitar o princípio da responsabilidade individual e estabelecer limites descomplica nossa vida, tomando-nos cada vez mais conscientes de tudo o que acontece ao nosso derredor.
Escolhendo com responsabilidade e sabedoria, poderemos transmutar, sem exceção, as amarguras em que vivemos na atualidade. A auto-responsabilidade nos proporcionará a dádiva de reconhecer que qualquer mudança de rota no itinerário de nossa “viagem cósmica” dependerá, invariavelmente, de nós.




9 Atos 3:6
10 Questão 851 – Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?
“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar; desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquejar, um bom Espírito pode vir-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior; mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito encarnado deixa de se conservar livre de quaisquer peijas.”








As Dores da Alma
Francisco do Espírito Santo Neto
Pelo espírito Hammed

0 comentários:

Postar um comentário

VOTE AQUI

Postagens Populares

Isto não é Espiritismo - Frases, Fotos e Luzes

Minha lista de blogs

POST POR ASSUNTOS

a (1) ABORTO (9) ADULTÉRIO (1) ALCOOLISMO (1) Allan Kardec (11) ALMA (2) ANENCEFALIA (5) ANIMAIS (4) ANIMISMO (5) ANJOS (2) ANOREXIA (1) ANSIEDADE (1) APARIÇÕES (4) Artigo (524) AS DORES DA ALMA (12) AS DORES DA ALMA;ORGULHO (1) ÁUDIO E VIDEO (2) BIOGRAFIA (12) BULLYING (2) CALUNIA (4) CÂNCER (1) CARÊNCIA (1) CARIDADE (14) CARNAVAL (4) CASAMENTO (6) CASOS (5) CATARINA DE SIENA (1) CENTRO ESPIRITA (3) CHACRA (1) CHICO XAVIER (243) CIRURGIAS ESPIRITUAIS (6) CIUMES (2) CLONAGEM (1) CONVIVER E MELHORAR (7) CREMAÇÃO (1) CRIANÇA INDIGOS (8) CRIANÇAS (8) CULPA (1) DEPRESSÃO (16) DIALOGO COM AS SOMBRAS (28) DIVALDO FRANCO (145) DIVORCIO (2) DOAÇÃO DE ORGÃOS (1) DOENÇAS (8) DORA INCONTRI (12) DOWNLOAD (5) DUENDES (1) EMMANUEL (67) ENTREVISTA (25) EQM (4) ESPIRITISMO (5) ESPIRITO (26) EUTANÁSIA (4) EVENTO (121) EXILADOS DE CAPELA (2) FAMILIA (26) FANATISMO (3) (2) FEIRA DO LIVRO ESPIRITA (11) FELICIDADE (5) FILHO ADOTIVO (6) FILHOS (22) FILME (36) FINADOS (4) FLUIDO (2) FOTOS (17) GUERRA (2) HOMOSSEXUALIDADE (20) HUMOR (4) INVEJA (2) Joana de Ângelis (100) JORGE HESSEN (24) JORGE HESSEN art (3) LIVRE ARBITRIO (4) LIVRO (56) LIVRO DOS ESPIRITOS (2) LUTO (2) MÃE (3) MÁGOA (5) MALEDICÊNCIA (2) MARILYN MONROE (1) MEDIUM (67) MEDIUNIDADE (83) MELANCOLIA (1) MELINDRE (4) MENSAGEM (375) MESA GIRANTE (2) MÔNICA DE CASTRO (8) MORTE (60) MOURA FÉ (62) MUSICA (6) NILZA AZEVEDO (10) NOTICIAS (236) OBSESSÂO (20) ORGULHO (3) PASCOA (2) PÁSCOA (3) PASSE (9) PEDOFILIA (2) PERDÃO (15) PERISPIRITO (6) PERSONAGEM DA BOA NOVA (6) PINTURA MEDIUNICA (4) POESIA (10) PRECONCEITO (22) PROVAS (13) PSICOGRAFIA (4) QUALIDADE NA PRATICA MEDIUNICA (10) RECOMEÇAR (2) REENCARNAÇÃO (37) REFLEXÃO (104) RELACIONAMENTO (35) RELIGIÃO (1) RENOVANDO ATITUDES (31) S (1) SEMESPI (17) SEXO (14) Síndrome de Down (1) Síndrome do Pânico (1) SOLIDÃO (2) SONAMBULISMO (4) SUICIDIO (11) TATUAGEM (1) TOLERANCIA (3) TÓXICOS (5) TRAGÉDIA (5) TRANSTORNO BIPOLAR (1) TRISTEZA (1) VAIDADE (2) VAMPIRISMO (5) VIAGEM ASTRAL / DESDOBRAMENTO (1) VIDEO (28) VINHA DE LUZ (3) VIOLENCIA (2) ZIBIA GASPARETTO (6)