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Oprah Winfrey grava programa com o médium João de Deus em GO





A apresentadora de TV norte-americana Oprah Winfrey 


gravou nesta quinta-feira (29) uma entrevista com o médium 


João de Deus, famoso internacionalmente por suas operações 


espirituais na cidade de Abadiânia, a 115 quilômetros de 


Brasília. Ela chegou dos Estados Unidos na madrugada da


 quarta para a quinta-feira, em jatinho particular, que desceu


 em Brasília. Da capital, seguiu para Abadiânia.

Oprah chegou à cidade goiana por volta das 9 horas, com 



uma equipe de 15 pessoas - seguranças, cinegrafistas e 


técnicos de seu programa. Foi a primeira vez que Oprah 


Winfrey viajou para a América do Sul. Em Abadiânia, ela 


acompanhou os trabalhos espirituais de João de Deus pela 


parte da manhã e à tarde. João de Deus presta trabalhos para 


o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também para o


 presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Lula já se curou de 


João de Deus recebe Oprah em sua casa (Foto: AE)
um câncer na laringe; Chávez 


ainda está em tratamento.



De manhã, e na presença de



 Oprah Winfrey, João de 


Deus incorporou o médico 


José Valdivino; à tarde, o 


médico José Augusto. Ao 


longo do dia foram feitas


 várias cirurgias espirituais,tanto das chamadas invisíveis 


quanto das visíveis. A entidade que incorporou João de Deus 


convidou Oprah para acompanhar de perto as cirurgias 


visíveis. Ela segurou os instrumentos enquanto ele fazia a cirurgia.

Oprah Winfrey disse que ficou muito impressionada com os 



casos que ouviu, porque ele destacou alguns durante o 


atendimento. Ela e a equipe almoçaram com funcionários da 


casa onde João de Deus atende. Depois do almoço ela gravou 


entrevista com o médium. Oprah Winfrey visitou também a 


Casa da Sopa, que fornece alimentação para as pessoas 

carentes de Abadiânia, e é mantida por João de Deus. "Foi 


uma experiência incrível. Ainda estou processando todas as 


informações. O que vocês têm aqui é um presente", disse a 


apresentadora.

Ela contou que viajou para Abadiânia motivada pela 



popularidade de João de Deus fora do Brasil, pelos relatos de 


cura que ela ouviu. "Quis ver com meus próprios olhos". Ele


 já tinha sido protagonista de um programa dela, mas foi a 


primeira vez que se conheceram. Ela prometeu voltar. Oprah 


Winfrey disse que ficou impressionada com o tamanho da 


cidade de Abadiânia. "Não imaginava que houvesse algo tão 


importante numa cidade tão pequena". A chegada da Oprah 


causou um rebuliço entre os estrangeiros que estavam na 


cidade.


Fonte: http://br.omg.yahoo.com/

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EADE - ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPÍRITA

 

Com o termino do Grupo de ESDE- Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, o Centro Espírita Chico Xavier inicia nesta segunda feira (02/04), o EADE - Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita concomitante com o Livro dos Espíritos apartir das 19:30hs.  Os interessados preferencialmente deverão ter participado do ESDE. 
Maiores informações no Centro Espírita.




Moura Fé
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"Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade da UESPI realiza evento com Dr. Franklin Santos"





Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade da UESPI promove no próximo dia 01/04, um encontro de caráter científico com o Dr. Franklin Santana Santos, Doutor em Medicina pela USP e Pós-doutor em Psicogeriatria pelo Instituto Karolinska, na Suécia.
O evento, que tem como tema “Saúde e Espiritualidade na Universidade: Por que e como estudar?” será realizado no auditório do HGV, entre 14h30 e 16h
As inscrições são gratuitas, mas limitadas. Os interessados devem enviar o nome, o e-mail e a instituição de ensino que participa para o e-mail liase.uespi@gmail.com.




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Aparências




       “A árvore que produz maus frutos não é boa, e a árvore que produz bons frutos não é má; porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos dos espinheiros e não se cortam cachos de uva de sobre as sarças...”
(Capítulo 21, item 1.)

Fugimos constantemente de nossos sentimentos interiores por não confiarmos em nosso poder pessoal de transformação e, dessa forma, forjamos um “disfarce” para sermos apresentados perante os outros.
Anulamos qualquer emoção que julgamos ser inconveniente dizendo para nós mesmos: ‘‘eu nunca sinto raiva”, “nunca guardo mágoa de ninguém”, vestindo assim uma aparência de falsa humildade e compreensão.
Máscaras fazem parte de nossa existência, porque todos nós não somos totalmente bons ou totalmente maus e não podemos fugir de nossas lutas internas. Temos que confrontá-las, porque somente assim é que desbloquearemos nossos conflitos, que são as causas que nos mantêm prisioneiros diante da vida.
Devemos nos analisar como realmente somos.
Nossos problemas íntimos, se resolvidos com maturidade, responsabilidade e aceitação, são ferramentas facilitadoras para construirmos alicerces mais vigorosos e adquirirmos um maior nível de lucidez e crescimento.
Não devemos nunca mantê-los escondidos de nós próprios, como se fossem coisas hediondas, e sim aceitar essas emoções que emergem do nosso lado escuro, para que possamos nos ver como somos realmente.
Por não admitirmos que evoluir é experimentar choques existenciais e promover um constante estado de transformação interior é que, às vezes, deixamos que os outros decidam quem realmente somos nós, colocando-nos, então, num estado de enorme impotência perante nossas vidas.
A maneira de como os outros nos percebem tem grande influência sobre nós. Amigos opressores, religiosos fanáticos, pais dominadores e cônjuges inflexíveis podem ter exercido muita in­fluência sobre nossas aptidões e até sobre nossa personalidade.
Portanto, não nos façamos de superiores, aparentando comportamentos de “perfeição apressada”; isso não nos fará bem psiquicamente nem ao menos nos dará a oportunidade de fazer autoburilamento.
Deixemos de falsas aparências e analisemos nossas emo­ções e sentimentos, aprimorando-os. Canalizadas nossas energias, faremos delas uma catarse dos fluxos negativos, transmutando-as a fim de integrá-las adequadamente.
Aceitar nossa porção amarga é o primeiro passo para a transformação, sem fugirmos para novo local, emprego ou novos afetos, porque isso não nos curará do sabor indesejável, mas somente nos transportará a um novo quadro exterior. Os nossos conflitos não conhecem as divisas da geografia e, se não encarados de frente e resolvidos, eles permanecerão conosco onde quer que estejamos na Terra.
Para que possamos fazer alquimia das correntes energéticas que circulam em nossa alma, procedamos à auto-observação e à auto-análise de nossa vida interior, sem jamais negar a nós mesmos o produto delas.
Lembremo-nos de que, por mais que se esforcem as más árvores para parecer boas, mesmo assim elas não produzirão bons frutos. Também os homens serão reconhecidos, não pelos aparen­tes “frutos”, não por manifestarem atos e atitudes mascarados de virtudes, mas por ser criaturas resolvidas interiormente e conscien­tes de como funciona seu mundo emocional.
Somente pessoas com esse comportamento estarão aptas a ser árvores produtoras de frutos realmente bons.







Livro: "Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo 


Neto pelo espírito Hammed



Capítulo 21, item 1

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Vício




O viciado é um “conservador”, pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tornando-se, desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça.


Inúmeros indivíduos tomam as mais diferentes atitudes diante da vida, porque diferentes informações lhes foram transmitidas quando eram crianças.
Conceitos diferentes são ensinados para crianças européias, asiáticas e africanas e todas se desenvolvem acreditando que estão completamente certas, convencidas de que as outras estão totalmente erradas.
O vício pode ser um “erro de cálculo” na procura de paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.
Nosso modo de ser no mundo está sendo moldado por nossas atitudes interiores; aliás, estamos, diariamente, aprendendo como desenvolver atitudes cada vez mais adequadas e coerentes em favor de nós mesmos.
Hábitos preferidos se formam através do tempo e se sedimentam com repetir manobras mentais. O que funcionou muito bem em situações importantes de nossa vida, mantendo nossa ansiedade controlada e sob domínio, provavelmente será reproduzido em outras ocasiões. Por exemplo: se na fase infantil descobrimos que, “quando chorávamos, logo em seguida mamávamos”, essa atitude mental poderá ser perpetuada através de um hábito inconsciente que julgamos irresistível.
A estratégia psíquica passa a ser: “quando tenho um problema, preciso comer algo para resolvê-lo”. O que a princípio foi uma descoberta compensadora e benéfica mais tarde pode ser um mecanismo desnecessário, tomando-se um impulso neurótico e desagradável em nosso dia-a-dia.
Existem diversos casos de obesidade que surgiram no clima de lares onde a mãe é superexigente, perfeccionista e dominadora, forçando constantemente a criança a se alimentar, não levando em conta suas necessidades naturais. Pela insistência materna, ela desenvolve o hábito de comer exageradarnente, prejudicando o desenvolvimento do senso interior, que lhe dá a medida de quando começar e de quando parar de comer.
A bulimia cria para seus dependentes uma barreira que os separa da realidade e funciona como uma falsa proteção e segurança, pois eles constroem seu mundo de explicações falsas por não perceberem os fatos verdadeiros.
Por outro lado, alguns podem argumentar sobre a ação dos distúrbios glandulares ou genéticos, mas, mesmo assim, a causa fundamental dos problemas se encontra no psiquismo humano que, em realidade, é quem comanda todo o cosmo orgânico.
Geralmente, a obesidade nasce da falta de coragem para enfrentar novas experiências; é a compensação que a “criança carente”, existente no adulto, encontra para sentir-se protegida.
“...A lei de conservação lhe prescreve, como um deve!; que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.” ()23
Paralelamente, encontramos também na dependência da comida um vício alicerçado no “medo de viver”. O temor das provas e dos perigos naturais da caminhada terrena pode nos levar a uma suposta fuga.
Os dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho. Interrompem a “procura existencial”, dificultando, assim, o fluxo do desenvolvimento espiritual que acontece

através da busca do novo. A evolução tudo melhora, sempre esteve e sempre estará desenvolvendo, desde os menores reinos da Natureza até as mais complexas estruturas da consciência humana.
O vício aparece constantemente onde há uma inadaptação à vida social. Por incrível que pareça, o viciado é um “conservador”, pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tomando-se, desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça.
Os vícios ou hábitos destrutivos são, em síntese, métodos defensivos que as pessoas assumiram nesta existência, ou mesmo os trazem de outras encarnações, como uma forma inadequada de promover segurança e proteção.
Assim considerando e a fim de nos aprofundar no assunto, para saber lidar melhor com as chamadas viciações humanas, devemos perguntar a nós mesmos:
— Como organizamos nossa personalidade? Como eram as crenças dos adultos com os quais convivemos na infância? Que tipo de atos permitimos ou proibimos entrar nesse processo? Quais as linhas de conduta que nos foram fechadas, ou quais os modelos de vida que priorizamos em nossa organização mental?
Somente aí, avaliando demoradamente os antecedentes de nossa vida, é que estaremos promovendo uma auto-análise proveitosa, para identificarmos nossos padrões de pensamentos deficitários, diferenciando aqueles que nos são úteis daqueles que não nos servem mais. Dessa forma, libertamo-nos das compulsões desgastantes e dos hábitos infelizes.
Não nos esqueçamos, contudo, de que, conforme as — afirmações dos Nobres Espíritos da Codificação, o homem “tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização”, considerando, obviamente, que todo excesso é produto de uma viciação em andamento.





23 Questão 723 – A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?
“Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.”



Livro: "AS DORES DA ALMA  - Francisco do Espírito Santo 


Neto pelo espírito Hammed"

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A morte sem Mistérios






 Por que a morte, sendo tão natural quanto o nascimento, fenômeno corriqueiro ao qual todos estamos sujeitos, sem exceção, ainda é considerada algo sinistro e tão misterioso?
Por que ela é tão incompreendida e causa tanto sofrimento, sobretudo quando surpreende prematuramente nossos entes queridos?
O Espiritismo veio, em boa hora, desmistificar a morte, mostrando a sua verdadeira face, e, o que é mais importante, veio realçar a importância da vida, demonstrando que ela transcende a questão da sobrevivência. Entretanto, mesmo para os que estudam a realidade além-túmulo, a morte dos entes queridos é algo difícil de aceitar e administrar.
Isso mostra quanto ainda somos imaturos, espiritualmente, e quanto temos ainda de desmaterializar nossos pensamentos e sentimentos.

Todas as religiões pregam a imortalidade da alma, mas a Doutrina Espírita foi além: comprovou, cientificamente, a imortalidade e resgatou o espírito da matéria, “matando a morte”. Não se trata mais de convicção religiosa. Trata-se de estar bem ou mal informado, pois, sem prejuízo dos princípios revelados pelo Consolador, o Espírito já foi pesado, medido e fotografado por uma legião de sábios, pesquisadores e cientistas de renome, conforme registrado nos anais da História.

Muito da incompreensão e do temor da morte repousa no desconhecimento da natureza espiritual do homem e no desconhecimento do perispírito, este, o invólucro inseparável da alma ou Espírito, elemento semimaterial, fluídico, indestrutível, que serve de intermediário entre o Espírito e o corpo físico. O estudo das propriedades e das funções do perispírito dilata novos horizontes à Ciência e constitui a chave de uma grande quantidade de fenômenos, preconceituosamente negados pelo materialismo e qualificados por outras crenças como milagres ou sortilégios, entre eles a materialização de Espíritos, confundida com a “ressuscitação” ou “ressurreição” dos mortos.

Denomina-se “morte” o esgotamento ou a cessação da atividade vital nos organismos. Nós, os espíritas, chamamo-la “desencarnação”, palavra que designa, com maior precisão, o evento, pois o que se dá, na realidade, é o desprendimento do Espírito ou do princípio inteligente do corpo físico, que a esse se havia ligado por meio do fenômeno encarnatório.

Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, impondo a eles encarnações sucessivas, com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição, gradualmente, pelo próprio mérito. Logo, a evolução se processa por fases, pois não é possível escalar o cume glorioso da plena vitória espiritual sobre si mesmo num só voo. Assim, podemos comparar o mundo físico a uma escola, a um campo de provas para o Espírito. André Luiz afirma:

[...] O Espírito, eterno nos fundamentos, vale-se da matéria, transitória nas associações, como material didático, sempre mais elevado, no curso incessante da experiência para a integração com a Divindade Suprema. [...]1

O estágio na carne é o buril que esculpe o aperfeiçoamento do ser. Não é uma excursão de lazer a que somos convidados a gozar, à saciedade, na taça da vida, pois os excessos contribuem para a destruição prematura do corpo físico, equiparando-se a um suicídio inconsciente.
Com a desencarnação, o corpo grosseiro é descartado, à semelhança de uma roupa imprestável, que se desprende do perispírito e do Espírito, molécula a
molécula. Decompostos os elementos químicos, esses são restituídos à Natureza para serem reutilizados na construção de outros corpos. Sem a veste carnal, o Espírito, em vibração diferenciada, desaparece dos olhos físicos dos encarnados, como se mudasse de residência, mantendo-se intacto e conservando, em outra dimensão apropriada ao progresso realizado, todo o patrimônio de experiências adquiridas.

O corpo é o instrumento do progresso espiritual. A decomposição dele é uma sábia lei da Natureza, sem a qual não haveria renovação e transformação. A encarnação e a morte constituem ciclos na trajetória das criaturas, que permitem o desenvolvimento delas por etapas, o que proporciona, nos intervalos entre uma e outra existência física, a avaliação e a reavaliação das experiências, o planejamento das futuras encarnações, para o recomeço proveitoso de novas provas.

Se a morte fosse a destruição completa do homem (Espírito encarnado), muito ganhariam com ela os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, do Espírito e dos vícios. É uma ideia materialista que repugna o bom-senso e a lógica. A crença de que após a morte física vem o nada, além de anticientífica, é incompatível com a perfeição, a justiça e a bondade do Criador.

A vida na carne é uma constante preparação para a morte.
Todos sabemos que esta é inexorável e pode acontecer a qualquer instante. Apesar disso, raramente valorizamos a existência e quase sempre desprezamos as oportunidades de crescimento:
A educação para a morte não é nenhuma forma de preparação religiosa para a conquista do Céu. É um processo educacional que tende a ajustar os educandos à realidade da Vida, que não consiste apenas no viver, mas também no existir e no transcender.2

Aqueles que, durante a vida terrena, se esforçarem sinceramente por se melhorar, mesmo errando durante o curso de sua existência, podem aguardar, serenos, a hora de seu retorno para o mundo espiritual, pois verão recompensados seus suores, dores e lágrimas. O Espírito Irmão X (Humberto de Campos) relaciona conselhos muito úteis para os que pretendem morrer bem. Eis o resumo de alguns deles, em forma de decálogo:

1. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais.
2. Evite os abusos do álcool e do fumo.
3. Não se renda à tentação dos narcóticos.
4. Quanto ao sexo, guarde muito cuidado na preservação do seu equilíbrio emotivo.
5. Se tiver dinheiro, não adie doações aos que realmente precisem e observe cautela com testamentos, pois a morte pode chegar de surpresa, deixando-o aflito com pendências judiciais perante os familiares.
6. Não se apegue demasiado aos laços consanguíneos, pois os entes queridos não nos pertencem.
7. Se você já possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça. É muito grande a responsabilidade moral de quem já conhece o caminho, sem equilibrar-se dentro dele.
8. Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer a todos.
9. Trabalhe sempre. O serviço é o melhor dissolvente de nossas mágoas.
10. Ajude-se, através do leal cumprimento de seus deveres.3

Em nossa quadra evolutiva, é normal que sintamos tristeza pela partida, inesperada ou não, dos entes queridos. A lembrança e a saudade geralmente evidenciam o amor que nutrimos por eles, contudo, não devemos nos entregar ao desespero e à tristeza mórbida, sob pena de prejudicarmos o restabelecimento dos recém-desencarnados, pois nossos pensamentos e sentimentos os atingem em cheio.

Ademais, tal comportamento demonstra o nosso egoísmo pelo apego excessivo aos laços familiares, ou ainda a falta de confiança em Deus, de fé no futuro e na imortalidade dos entes queridos, dos quais, a rigor, nunca nos apartamos, havendo, até mesmo, a possibilidade de nos comunicarmos com eles.
É realmente consolador haurir a certeza da imortalidade da alma.
Assimilar esses conhecimentos, adquirir essa convicção eleva a nossa condição de Espíritos, o que nos faz sentir herdeiros do Criador e nos dá mais forças para vencer as dificuldades do dia a dia, permitindo que valorizemos ainda mais a vida.
A maior prova que damos de que realmente internalizamos as noções imortalistas do ser e da reencarnação é recebermos com resignação e coragem a notícia do passamento de nossos entes queridos.

Lamentar exageradamente a partida daqueles a quem amamos é falta de caridade, pois seria exigir a permanência deles na prisão do corpo, fustigados por todo o cortejo de provas da existência física, muitas vezes pelo egoísmo de tê-los junto de nós. Saibamos impor silêncio às nossas dores, entregando-nos ao trabalho do bem, que nos dará forças para prosseguirmos no cumprimento dos deveres. Morrer todos os dias para a existência inferior é uma forma de viver a vida eterna, construindo o futuro glorioso que nos aguarda.

1XAVIER, Francisco C. Obreiros da vida eterna. Pelo Espírito André Luiz. 33. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 19.
2PIRES, J. Herculano. Educação para a morte. 9. ed. São Paulo: Paideia, 2004. p. 23.
3XAVIER, Francisco C. Cartas e crônicas. Pelo Espírito Irmão X. 13. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 4. p. 21-24.

Christiano Torchi 

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O Sermão Profético








O Sermão Profético, também chamado Discurso Escatológico, foi pronunciado por Jesus no monte das Oliveiras, o qual, em razão de sua amplitude, merece estudo mais aprofundado. O texto de Mateus (24:1-31), em seguida reproduzido, anuncia uma Era de Transição (versículos 6 a 26) e outra de Regeneração (versículos 27 a 31), segundo interpretação espírita.1

Introdução – (1) Jesus saiu do Templo, e como se afastava, os discípulos o alcançaram para fazê-lo notar as construções do Templo. (2) Mas ele respondeu-lhes: “Vedes tudo isto? Em verdade vos digo: não ficará aqui pedra sobre pedra: tudo será destruído”. (3) Estando ele sentado no monte das Oliveiras, os discípulos foram pedir-lhe, em particular: “Dize-nos quando vai ser isso, qual o sinal da tua vinda e do fim desta época”. O princípio das dores – (4) Jesus respondeu: “Atenção para que ninguém vos engane. 5Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘O Cristo sou eu’, e enganarão a muitos. (6) Haveis de ouvir falar sobre guerras e rumores de guerras. Cuidado para não vos alarmardes. É preciso que essas coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. (7) Pois se levantará nação contra nação e reino contra reino. E haverá fome e terremotos em todos os lugares. (8) Tudo isso será o princípio das dores”.

(9) Nesse tempo, vos entregarão à tribulação e vos matarão, e sereis odiados de todos os povos por causa do meu nome. (10) E então muitos sucumbirão, haverá traições e guerras intestinas. (11) E surgirão falsos profetas em grande número e enganarão a muitos.

(12) E pelo crescimento da iniquidade, o amor de muitos esfriará. (13) Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. (14) E este Evangelho do Reino será proclamado no mundo inteiro, como testamento para todas as nações. E então virá o fim. A grande tribulação de Jerusalém – (15) Quando, portanto, virdes a abominação da desolação, de que fala o profeta Daniel, instalada no lugar santo – que o leitor entenda! – (16) então, os que estiverem na Judeia fujam para as montanhas, (17) aquele que estiver no terraço, não desça para apanhar as coisas da sua casa, (18) e aquele que estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua veste! (19) Ai daquelas que estiverem grávidas e estiverem amamentando naqueles dias! (20) Pedi que a vossa fuga não aconteça no inverno ou num sábado. (21) Pois naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais.

(22) E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida se salvaria. Mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados. (23) Então, se alguém vos disser: “Olha o Cristo aqui!” ou “ali!”, não creiais. (24) Pois hão de surgir falsos Cristos e falsos profetas, que apresentarão grandes sinais e prodígios, de modo a enganar, se possível, até mesmo os eleitos. (25) Eis que vos preveni. A vinda do Filho do Homem será manifesta – (26) Se, portanto, vos disserem: “Ei-lo no deserto”, não vades até lá; “Ei-lo em lugares retirados”, não creiais. (27) Pois assim como o relâmpago parte do oriente e brilha até o poente, assim será a vinda do Filho do Homem. (28) Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.
A amplitude cósmica desse acontecimento – (29) Logo após a tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. (30) Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. (31) Ele enviará os seus anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra extremidade do céu.

A profecia indica a sucessão de dois grandes acontecimentos na humanidade terrestre: um de sofrimento, denominado Transição, outro de paz, conhecido como Regeneração. Por trás do simbolismo presente no texto evangélico, destacam-se quatro ordens de ideias: um alerta, a descrição da natureza das tribulações, o comportamento dos verdadeiros cristãos perante os acontecimentos e aspectos significativos do reinado da paz. O alerta está relacionado aos falsos profetas (versículos 4-6; 11 e 23-26), pois [...] Em todos os tempos houve homens que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um poder sobre-humano, ou de uma pretensa missão divina. São esses os falsos cristos e os falsos profetas. [...]2

Sabemos, contudo, que o “verdadeiro profeta se reconhece por características mais sérias e exclusivamente morais”. (2) Comuns nos dias atuais, os falsos profetas, encarnados e desencarnados, produzem um clima de intranquilidade e de negatividade por onde passam, à semelhança dos abutres que se alimentam de cadáveres (versículo 28: “onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres”). Emmanuel pondera a respeito com sabedoria:

Essa figura, de alta significação simbológica, é dos mais fortes apelos do Senhor, conclamando os servidores do Evangelho aos movimentos do trabalho santificante. [...]
Um homem que se afirma invariavelmente infeliz fornece a impressão de que respira num sepulcro; todavia, quando procura renovar o próprio caminho, as aves escuras da tristeza negativa se afastam para mais longe. Luta contra os cadáveres de qualquer natureza que se abriguem em teu mundo interior. Deixa que o divino sol da espiritualidade te penetre, pois, enquanto fores ataúde de coisas mortas, serás seguido, de perto, pelas águias da destruição.3

A natureza das tribulações é diversificada: a) Conflitos entre os povos (versículos 6, 7 e 10); b) Guerras (versículo 6) que, “como todo tipo de violência humana, individual ou coletiva, não são resultantes da vontade de Deus, mas sim expressões do egoísmo e do orgulho imperantes nos mundos atrasados como o nosso”;4 c) Flagelos e Catástrofes (versículos 7, 9, 15-21 e 29), alguns decorrentes da ação humana (versículos 7, 9 e 10), outros, como terremotos (versículo 7) e acidentes cósmicos (versículo 29), consequentes das transformações na Natureza. Os flagelos destruidores, naturais ou independentes do homem, devem ser considerados como “[...] provas que dão ao homem oportunidade de exercitar a inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus, permitindo-lhe manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, caso o egoísmo não o domine”.5

Perante qualquer tipo de provação ou calamidade, Jesus ensina qual deve ser o comportamento do verdadeiro cristão: manter-se resguardado na firmeza  da fé, pois quem “perseverar até o fim, esse será salvo” (versículo 13); não ter apego aos bens materiais: “então, os que estiverem na Judeia fujampara as montanhas, aquele que estiver no terraço, não desça para apanhar as coisas da sua casa, e aquele que estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua veste!” (versículos 16 a 18). Demonstrar espírito de sacrifício e de resignação: “Ai daquelas que estiverem grávidas e estiverem amamentando naqueles dias! Pedi que a vossa fuga não aconteça no inverno ou num sábado. Pois naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais” (versículos 19 a 21).

O reinado da paz se instalará, efetivamente, a partir da Regeneração, quando o “Evangelho do Reino [for] proclamado no mundo inteiro, como testamento para todas as nações” (versículo 14). São palavras condizentes com outra profecia, registrada por João, (10:16): “então haverá um só rebanho e um só pastor”. Sendo assim, [...] Jesus anuncia claramente que os homens um dia se unirão por uma crença única; mas, como poderá efetuar-se essa união? A tarefa parece difícil, tendo em vista as diferenças que existem entre as religiões, os antagonismos que elas alimentam entre os seus respectivos adeptos e a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva da verdade. [...] Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se social, política e comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem. [...] Ela se fará pela força das coisas, porque se tornará uma necessidade, a fim de que se estreitem os laços de fraternidade entre as nações [...].6

Os versículos finais da profecia (30 e 31) – “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. Ele enviará os seus anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra extremidade do céu”– sugerem o retorno do Cristo ao Planeta.Kardec analisa, porém, que Jesus “[...] não diz que voltará à Terra com um corpo carnal, nem que personificará o Consolador. Apresenta-se como tendo de vir em Espírito, na glória de seu Pai, para julgar o mérito e o demérito e dar a cada um segundo as suas obras, quando os tempos forem chegados”.7

Referências:

1BÍBLIA DE JERUSALÉM. Diversos tradutores. São Paulo: Paulus, 2004. 3. reimp. Novo Testamento. Cap. Discurso escatológico.
2KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 21, it. 6, p. 394.
3XAVIER, Francisco C. Pão nosso. Pelo Espírito Emmnuel. 29. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 32.
4SOUZA, Juvanir Borges. Tempo de renovação. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Cap. 16, p. 131.
5KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 740.
6______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 17, it. 32, p. 489.
7______. ______. It. 45, p. 498.


Marta Antunes Moura 


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